Ibama reavalia agrot?xicos e sua rela??o com desaparecimento de abelhas
1 de setembro de 2020
Mesmo na aus?ncia de levantamentos oficiais, alguns registros sobre a redu??o do n?mero de abelhas em v?rias partes do pa?s, em decorr?ncia de quatro tipos de agrot?xico, levaram o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov?veis (Ibama) a restringir o uso de importantes inseticidas na agropecu?ria brasileira, principalmente para as culturas de algod?o, soja e trigo.
Al?m de reduzir as formas de aplica??o desses produtos, que n?o podem ser mais disseminados via a?rea, o ?rg?o ambiental iniciou o processo de reavalia??o das subst?ncias imidacloprido, tiametoxam, clotianidina e fipronil. Esses ingredientes ativos foram apontados em estudos e pesquisas realizadas nos ?ltimos dois anos pelo Ibama como nocivos ?s abelhas.
Segundo o engenheiro M?rcio Rodrigues de Freitas, coordenador-geral de Avalia??o e Controle de Subst?ncias Qu?micas do Ibama, a decis?o n?o foi baseada apenas na preocupa??o com a pr?tica ap?cola, mas, principalmente, com os impactos sobre a produ??o agr?cola e o meio ambiente.
Estudo da Organiza??o das Na??es Unidas para a Agricultura e Alimenta??o (FAO), publicado em 2004, mostrou que as abelhas s?o respons?veis por pelo menos 73% da poliniza??o das culturas e plantas. ?Algumas culturas, como a do caf?, poderiam ter perdas de at? 60% na aus?ncia de agentes polinizadores?, explicou o engenheiro.
A primeira subst?ncia a passar pelo processo de reavalia??o ser? o imidacloprido, que responde por cerca de 60% do total comercializado dos quatro ingredientes sob monitoramento. A medida afeta, neste primeiro momento, quase 60 empresas que usam a subst?ncia em suas f?rmulas. Dados divulgados pelo Ibama revelam que, em 2010, praticamente 2 mil toneladas do ingrediente foram comercializadas no pa?s.
A reavalia??o ? consequ?ncia das pesquisas que mostraram a rela??o entre o uso desses agrot?xicos e a mortandade das abelhas. De acordo com Freitas, nos casos de mortandade identificados, o agente causal era uma das subst?ncias que est?o sendo reavaliadas. Al?m disso, em 80% das ocorr?ncias, havia sido feita a aplica??o a?rea.
O engenheiro explicou que a reavalia??o deve durar, pelo menos, 120 dias, e vai apontar o n?vel de nocividade e onde est? o problema. ?? o processo de reavalia??o que vai dizer quais medidas precisaremos adotar para reduzir riscos. Podemos chegar ? conclus?o de que precisa banir o produto totalmente, para algumas culturas ou apenas as formas de aplica??o ou a ?poca em que ? aplicado e at? a dose usada?, acrescentou.
Mesmo com as restri??es de uso, j? em vigor, tais como a proibi??o da aplica??o a?rea e o uso das subst?ncias durante a florada, os produtos continuam no mercado. Juntos, os agrot?xicos sob a mira do Ibama respondem por cerca de 10% do mercado de inseticidas no pa?s. Mas existem culturas e pragas que dependem exclusivamente dessas f?rmulas, como o caso do trigo, que n?o tem substituto para a aplica??o a?rea.
Hoje (25), o ?rg?o ambiental j? sentiu as primeiras press?es por parte de fabricantes e produtores que alertaram os t?cnicos sobre os impactos econ?micos que a medida pode causar, tanto do ponto de vista da produ??o quanto de contratos j? firmados com empresas que fazem a aplica??o a?rea.
Freitas disse que as rea??es da ind?stria s?o naturais e, em tom tranquilizador, explicou que o trabalho de reavalia??o ? feito em conjunto com a Ag?ncia Nacional de Vigil?ncia Sanit?ria (Anvisa) e com o Minist?rio da Agricultura ? ?rg?os que tamb?m s?o respons?veis pela autoriza??o e registro de agrot?xicos no pa?s. ?Por isso vamos levar em considera??o todas as vari?veis que dizem respeito ? sa?de p?blica e ao impacto econ?mico sobre o agroneg?cio, sobre substitutos e ver se h? resist?ncia de pragas a esses substitutos e seus custos?, explicou o engenheiro.
No Brasil, a rela??o entre o uso dessas subst?ncias nas lavouras e o desaparecimento de abelhas come?ou a ser identificada h? pouco mais de quatro anos. O diagn?stico foi feito em outros continentes, mas, at? hoje, nenhum pa?s proibiu totalmente o uso dos produtos, mesmo com alguns mantendo restri??es r?gidas.
Na Europa, de forma geral, n?o ? permitida a aplica??o a?rea desses produtos. Na Alemanha, esse tipo de aplica??o s? pode ser feito com autoriza??o especial. Nos Estados Unidos a aplica??o ? permitida, mas com restri??o na ?poca de flora??o. Os norte-americanos tamb?m est?o reavaliando os agrot?xicos compostos por uma das quatro subst?ncias.
Fonte: Ag?ncia Brasil
Al?m de reduzir as formas de aplica??o desses produtos, que n?o podem ser mais disseminados via a?rea, o ?rg?o ambiental iniciou o processo de reavalia??o das subst?ncias imidacloprido, tiametoxam, clotianidina e fipronil. Esses ingredientes ativos foram apontados em estudos e pesquisas realizadas nos ?ltimos dois anos pelo Ibama como nocivos ?s abelhas.
Segundo o engenheiro M?rcio Rodrigues de Freitas, coordenador-geral de Avalia??o e Controle de Subst?ncias Qu?micas do Ibama, a decis?o n?o foi baseada apenas na preocupa??o com a pr?tica ap?cola, mas, principalmente, com os impactos sobre a produ??o agr?cola e o meio ambiente.
Estudo da Organiza??o das Na??es Unidas para a Agricultura e Alimenta??o (FAO), publicado em 2004, mostrou que as abelhas s?o respons?veis por pelo menos 73% da poliniza??o das culturas e plantas. ?Algumas culturas, como a do caf?, poderiam ter perdas de at? 60% na aus?ncia de agentes polinizadores?, explicou o engenheiro.
A primeira subst?ncia a passar pelo processo de reavalia??o ser? o imidacloprido, que responde por cerca de 60% do total comercializado dos quatro ingredientes sob monitoramento. A medida afeta, neste primeiro momento, quase 60 empresas que usam a subst?ncia em suas f?rmulas. Dados divulgados pelo Ibama revelam que, em 2010, praticamente 2 mil toneladas do ingrediente foram comercializadas no pa?s.
A reavalia??o ? consequ?ncia das pesquisas que mostraram a rela??o entre o uso desses agrot?xicos e a mortandade das abelhas. De acordo com Freitas, nos casos de mortandade identificados, o agente causal era uma das subst?ncias que est?o sendo reavaliadas. Al?m disso, em 80% das ocorr?ncias, havia sido feita a aplica??o a?rea.
O engenheiro explicou que a reavalia??o deve durar, pelo menos, 120 dias, e vai apontar o n?vel de nocividade e onde est? o problema. ?? o processo de reavalia??o que vai dizer quais medidas precisaremos adotar para reduzir riscos. Podemos chegar ? conclus?o de que precisa banir o produto totalmente, para algumas culturas ou apenas as formas de aplica??o ou a ?poca em que ? aplicado e at? a dose usada?, acrescentou.
Mesmo com as restri??es de uso, j? em vigor, tais como a proibi??o da aplica??o a?rea e o uso das subst?ncias durante a florada, os produtos continuam no mercado. Juntos, os agrot?xicos sob a mira do Ibama respondem por cerca de 10% do mercado de inseticidas no pa?s. Mas existem culturas e pragas que dependem exclusivamente dessas f?rmulas, como o caso do trigo, que n?o tem substituto para a aplica??o a?rea.
Hoje (25), o ?rg?o ambiental j? sentiu as primeiras press?es por parte de fabricantes e produtores que alertaram os t?cnicos sobre os impactos econ?micos que a medida pode causar, tanto do ponto de vista da produ??o quanto de contratos j? firmados com empresas que fazem a aplica??o a?rea.
Freitas disse que as rea??es da ind?stria s?o naturais e, em tom tranquilizador, explicou que o trabalho de reavalia??o ? feito em conjunto com a Ag?ncia Nacional de Vigil?ncia Sanit?ria (Anvisa) e com o Minist?rio da Agricultura ? ?rg?os que tamb?m s?o respons?veis pela autoriza??o e registro de agrot?xicos no pa?s. ?Por isso vamos levar em considera??o todas as vari?veis que dizem respeito ? sa?de p?blica e ao impacto econ?mico sobre o agroneg?cio, sobre substitutos e ver se h? resist?ncia de pragas a esses substitutos e seus custos?, explicou o engenheiro.
No Brasil, a rela??o entre o uso dessas subst?ncias nas lavouras e o desaparecimento de abelhas come?ou a ser identificada h? pouco mais de quatro anos. O diagn?stico foi feito em outros continentes, mas, at? hoje, nenhum pa?s proibiu totalmente o uso dos produtos, mesmo com alguns mantendo restri??es r?gidas.
Na Europa, de forma geral, n?o ? permitida a aplica??o a?rea desses produtos. Na Alemanha, esse tipo de aplica??o s? pode ser feito com autoriza??o especial. Nos Estados Unidos a aplica??o ? permitida, mas com restri??o na ?poca de flora??o. Os norte-americanos tamb?m est?o reavaliando os agrot?xicos compostos por uma das quatro subst?ncias.
Fonte: Ag?ncia Brasil