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Impactos da seca causam preju?zos ? cafeicultura capixaba
1 de setembro de 2020


A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quarta-feira (20) a primeira estimativa para a safra de caf? em 2016. A previs?o ? de que, por causa da seca, haja uma quebra de 35% na produ??o esperada do caf? conilon capixaba, considerando o crescimento m?dio dos ?ltimos anos na produ??o dessa esp?cie e os impactos de dois anos consecutivos de severa estiagem. J? para o ar?bica a estimativa ? que haja um crescimento de 17,93% na produ??o em rela??o ? 2015. Os dados foram coletados pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assist?ncia T?cnica e Extens?o Rural (Incaper).

Para amenizar os sucessivos impactos da escassez h?drica na agropecu?ria capixaba, o Governo do Estado est? fazendo o maior investimento da hist?ria do Esp?rito Santo em reserva??o de ?gua e pesquisa aplicada. Nos pr?ximos tr?s anos, ser?o investidos R$ 60 milh?es na constru??o de barragens no interior do Estado. Al?m disso, recentemente, a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), lan?ou o edital ?+ Pesquisa AgroCapixaba?, que prev? um investimento de R$ 14 milh?es em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inova??o que contribuam para o desenvolvimento sustent?vel do agroneg?cio capixaba.

Estimativa da safra

Devem ser colhidas no Esp?rito Santo em torno de 11,1 milh?es de sacas de caf?, sendo entre 3,36 milh?es e 3,57 milh?es de sacas de ar?bica, e entre 7,47 milh?es e 7,93 milh?es de sacas de conilon. Fazendo um paralelo entre a produ??o de 2015 e 2016, verifica-se o acr?scimo de 4,33% na produ??o geral do Esp?rito Santo, com acr?scimo de 17,93% para o caf? ar?bica e decr?scimo de 0,82% para o caf? conilon. Por?m, em an?lise feita pelo Incaper, se o Estado n?o tivesse sofrido com os problemas clim?ticos, como seca, m? distribui??o de chuva, altas temperaturas e grande insola??o, a expectativa para 2016 era de colher cerca de 11,5 milh?es de sacas, somente de caf? conilon.

A produ??o prevista nesta primeira estimativa est? 4,33% maior do que o que foi colhido em 2015 (10,7 milh?es de sacas), mas isso gra?as ao ar?bica. ?Foi registrado um crescimento na produ??o de ar?bica e uma redu??o do conilon. Isso porque, no geral, na regi?o onde se planta ar?bica houve uma melhor distribui??o da chuva. A seca interferiu menos no ar?bica, que j? vinha h? dois anos com safra baixa? explicou Rom?rio Gava Ferr?o, pesquisador do Incaper e coordenador do programa estadual de cafeicultura.

No cen?rio nacional, de acordo com a primeira estimativa de 2016, a safra brasileira de caf? deve ser em m?dia 20% maior. O Brasil deve colher em torno de 50 milh?es de sacas. A produ??o do Esp?rito Santo, que correspondia a 27% do total produzido no pa?s, deve cair para 22%. ?O Esp?rito Santo deve crescer apenas 4,33%, puxado pelo ar?bica. Esses n?meros comprovam o grave problema que o conilon capixaba tem enfrentado devido ? seca e refor?a a import?ncia de nossas a??es de constru??o de barragens, reflorestamento e de investimentos em pesquisa?, destaca o secret?rio de Estado da Agricultura, Octaciano Neto.

No caso espec?fico do conilon, o Esp?rito Santo experimentava um franco crescimento. Em duas d?cadas, a produ??o do robusta no Estado cresceu em m?dia 15% ao ano. O crescimento dos ?ltimos dez anos ficou entre 8% e 9% ao ano. Mas diante deste cen?rio de estiagem, que se arrastou pelos ?ltimos dois anos, houve uma ruptura dessa produ??o crescente.

O caso t?cnico do Conilon

As quest?es clim?ticas afetam as lavoura de conilon em v?rios aspectos t?cnicos, principalmente se faltar ?gua nas ?pocas de forma??o e enchimento dos gr?os. A seca dos dois ?ltimos anos, a falta d??gua para a irriga??o e as altas temperaturas levaram ? diminui??o do crescimento da planta, tanto vertical como horizontal (crescimento dos ramos produtivos).

O vigor da planta diminuiu, assim como a ?rea foliar. Al?m de folhas menores, houve queda de folhas. A planta faz menos fotoss?ntese e tem menos reserva de energia para o gr?o. A indu??o floral tamb?m foi comprometida pela estiagem. Al?m da menor quantidade de flores, houve abortamento, o que afeta a fertiliza??o e a fecunda??o (transforma??o da flor em fruto). Quanto aos frutos, eles s?o menos numerosos, menores e podem cair. O desequil?brio pode levar ainda ao maior ataque de pragas como a cochonilha da roseta, lagarta da haste e ?caro vermelho. E mais: a falta d??gua pode retardar as aduba??es, e a escassez de alimento para a planta interfere no seu desenvolvimento e no do fruto. De maneira geral, o d?ficit h?drico afeta n?o apenas a produtividade, mas tamb?m a qualidade final do produto.

​Fonte: SEAG​

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