Incaper desenvolve pesquisa sobre praga que atinge lavouras do Estado
Pesquisadores do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assist?ncia T?cnica e Extens?o Rural (Incaper) identificam, pela primeira vez no Esp?rito Santo, 27 esp?cies de cochonilhas que atingem as lavouras do Estado. O reconhecimento destes insetos significa uma das etapas para se chegar ? descoberta de alternativas de controle da praga sem o uso de agrot?xicos. A id?ia ? encontrar os inimigos naturais da cochonilha e, a partir da?, combat?-la de forma equilibrada.
O estudo, iniciado em 2003 pelos pesquisadores do Incaper Jos? Aires Ventura, Mark Culik e David Martins, ? de extrema relev?ncia para a produ??o agr?cola do Estado, j? que as cochonilhas s?o pequenos insetos que sugam a seiva das plantas, podendo se tornar pragas potenciais em importantes culturas como o caf?, o abacaxi e o mam?o, e prejudicar grande parte da colheita. Al?m disso, as cochonilhas tamb?m s?o vetoras (transmissoras) de importantes doen?as de plantas causadas por v?rus.
As cochonilhas encontradas s?o da Fam?lia Diaspididae, caracterizada por ter esp?cies com aspecto farin?ceo (p? branco) e de terem carapa?a. A maioria tamb?m est? presente em outras ?reas do mundo, mas foram registradas pela primeira vez no Esp?rito Santo, e cinco dessas esp?cies ainda n?o haviam sido identificadas no Brasil.
Estrat?gias
O pesquisador Jos? Aires Ventura explica que o resultado das an?lises das cochonilhas ser? fundamental para estabelecer melhores estrat?gias de controle da praga sem agredir o meio ambiente e evitar o desequil?brio ambiental. "O excessivo uso de agrot?xicos nas planta??es para controle das cochonilhas acaba matando, tamb?m, insetos ben?ficos (predadores), que podem ajudar no controle desta e de outras pragas agr?colas", explicou.
Isso faz com que as pragas apare?am com maior intensidade, chegando muitas vezes a criar resist?ncia aos inseticidas, levando os agricultores a aumentar cada vez mais as quantidades de produtos qu?micos.
Por este motivo, no momento est?o sendo estudadas pelo Incaper v?rias esp?cies de inimigos naturais das cochonilhas, sendo algumas ainda n?o conhecidas pela ci?ncia. O objetivo final da pesquisa ? criar artificialmente estes inimigos naturais para serem usados no controle biol?gico das pragas, evitando assim o uso de agrot?xicos nas planta??es.
De acordo com o pesquisador Mark Cluik, a descoberta de quais esp?cies de cochonilhas ocorrem no Estado viabiliza a busca de melhores alternativas para manejo destas pragas e facilita a continuidade das pesquisas, uma vez que ser? poss?vel a coleta de informa??es em estudos j? existentes no mundo.
A pesquisa tem o apoio da Funda??o de Apoio ? Ci?ncia e Tecnologia do Estado do Esp?rito Santo (Fapes), vinculada ? Secretaria de Estado da Ci?ncia e Tecnologia (Sect), e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico (CNPq), vinculado ao Minist?rio da Ci?ncia e Tecnologia.
Al?m disso, destaca-se tamb?m a contribui??o importante da pesquisadora e especialista em taxonomia (identifica??o) de cochonilhas da Funda??o Estadual de Pesquisa Agropecu?ria (Fepagro) do Rio Grande do Sul, Vera Wolff.
Danos provocados pela praga
De acordo com o pesquisador Jos? Aires Ventura, a presen?a da cochonilha na planta??o de abacaxi provoca a doen?a conhecida como "a murcha do abacaxizeiro", que chega a causar perdas de at? 90% na produ??o.
J? no cafezal, a praga ? conhecida como "cochonilha da roseta", e ? um complexo de cinco esp?cies diferentes do inseto. A infesta??o causa a queda dos pequenos gr?os, o que dificulta a colheita e proporciona altas perdas.
A cochonilha tamb?m impede a exporta??o do mam?o para os Estados Unidos, por ser considerada uma praga quarenten?ria, ou seja, representa riscos para a produ??o agr?cola daquele Pa?s por n?o existir em seu territ?rio. O produto brasileiro ? fiscalizado e, caso seja encontrado sequer um inseto, toda a produ??o ? incinerada ou devolvida para o Brasil.
Pesquisa ? reconhecida internacionalmente
Os resultados dos estudos desenvolvidos pelos pesquisadores do Incaper Jos? Aires Ventura, Mark Culik e David Martins com cochonilhas do Esp?rito Santo chamou a aten??o de estudiosos norte-americanos. O estudo foi publicado no Journal of Insect Science, da conceituada University of Wisconsin nos Estados Unidos.
A publica??o tamb?m foi disponibilizada pela universidade nas principais bibliotecas do mundo, como a Senckenberg, em Frankfurt, na Alemanha; no National Museum of Natural History, em Paris, na Fran?a; no Field Museum of Natural History, em Chicago, nos Estados Unidos; na Linneau Society, em Londres, na Inglaterra e nas Universidades do Arizona e Washington, tamb?m nos Estados Unidos.
A pesquisa est? dispon?vel na internet, pelo site www.insectscience.org, que ? acessado por cientistas do mundo inteiro.
Segundo o diretor-presidente do Incaper, Gilmar Dadalto, o sucesso das pesquisas ? fruto dos investimentos do Governo do Estado no fortalecimento da ci?ncia e da tecnologia e demonstra o reconhecimento da import?ncia das pesquisas desenvolvidas pelo Incaper.
Dadalto afirma ainda que os resultados publicados nos Estados Unidos demonstram a ampla biodiversidade existente no Esp?rito Santo e o quanto ainda se precisa pesquisar para encontrar novos caminhos no manejo das pragas e doen?as sem agredir o meio ambiente. "Destas pesquisas certamente surgir?o novas tecnologias e produtos que contribuir?o para uma melhor qualidade de vida no meio rural e alimentos mais saud?veis para a popula??o".
Fonte: Campo Vivo
O estudo, iniciado em 2003 pelos pesquisadores do Incaper Jos? Aires Ventura, Mark Culik e David Martins, ? de extrema relev?ncia para a produ??o agr?cola do Estado, j? que as cochonilhas s?o pequenos insetos que sugam a seiva das plantas, podendo se tornar pragas potenciais em importantes culturas como o caf?, o abacaxi e o mam?o, e prejudicar grande parte da colheita. Al?m disso, as cochonilhas tamb?m s?o vetoras (transmissoras) de importantes doen?as de plantas causadas por v?rus.
As cochonilhas encontradas s?o da Fam?lia Diaspididae, caracterizada por ter esp?cies com aspecto farin?ceo (p? branco) e de terem carapa?a. A maioria tamb?m est? presente em outras ?reas do mundo, mas foram registradas pela primeira vez no Esp?rito Santo, e cinco dessas esp?cies ainda n?o haviam sido identificadas no Brasil.
Estrat?gias
O pesquisador Jos? Aires Ventura explica que o resultado das an?lises das cochonilhas ser? fundamental para estabelecer melhores estrat?gias de controle da praga sem agredir o meio ambiente e evitar o desequil?brio ambiental. "O excessivo uso de agrot?xicos nas planta??es para controle das cochonilhas acaba matando, tamb?m, insetos ben?ficos (predadores), que podem ajudar no controle desta e de outras pragas agr?colas", explicou.
Isso faz com que as pragas apare?am com maior intensidade, chegando muitas vezes a criar resist?ncia aos inseticidas, levando os agricultores a aumentar cada vez mais as quantidades de produtos qu?micos.
Por este motivo, no momento est?o sendo estudadas pelo Incaper v?rias esp?cies de inimigos naturais das cochonilhas, sendo algumas ainda n?o conhecidas pela ci?ncia. O objetivo final da pesquisa ? criar artificialmente estes inimigos naturais para serem usados no controle biol?gico das pragas, evitando assim o uso de agrot?xicos nas planta??es.
De acordo com o pesquisador Mark Cluik, a descoberta de quais esp?cies de cochonilhas ocorrem no Estado viabiliza a busca de melhores alternativas para manejo destas pragas e facilita a continuidade das pesquisas, uma vez que ser? poss?vel a coleta de informa??es em estudos j? existentes no mundo.
A pesquisa tem o apoio da Funda??o de Apoio ? Ci?ncia e Tecnologia do Estado do Esp?rito Santo (Fapes), vinculada ? Secretaria de Estado da Ci?ncia e Tecnologia (Sect), e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico (CNPq), vinculado ao Minist?rio da Ci?ncia e Tecnologia.
Al?m disso, destaca-se tamb?m a contribui??o importante da pesquisadora e especialista em taxonomia (identifica??o) de cochonilhas da Funda??o Estadual de Pesquisa Agropecu?ria (Fepagro) do Rio Grande do Sul, Vera Wolff.
Danos provocados pela praga
De acordo com o pesquisador Jos? Aires Ventura, a presen?a da cochonilha na planta??o de abacaxi provoca a doen?a conhecida como "a murcha do abacaxizeiro", que chega a causar perdas de at? 90% na produ??o.
J? no cafezal, a praga ? conhecida como "cochonilha da roseta", e ? um complexo de cinco esp?cies diferentes do inseto. A infesta??o causa a queda dos pequenos gr?os, o que dificulta a colheita e proporciona altas perdas.
A cochonilha tamb?m impede a exporta??o do mam?o para os Estados Unidos, por ser considerada uma praga quarenten?ria, ou seja, representa riscos para a produ??o agr?cola daquele Pa?s por n?o existir em seu territ?rio. O produto brasileiro ? fiscalizado e, caso seja encontrado sequer um inseto, toda a produ??o ? incinerada ou devolvida para o Brasil.
Pesquisa ? reconhecida internacionalmente
Os resultados dos estudos desenvolvidos pelos pesquisadores do Incaper Jos? Aires Ventura, Mark Culik e David Martins com cochonilhas do Esp?rito Santo chamou a aten??o de estudiosos norte-americanos. O estudo foi publicado no Journal of Insect Science, da conceituada University of Wisconsin nos Estados Unidos.
A publica??o tamb?m foi disponibilizada pela universidade nas principais bibliotecas do mundo, como a Senckenberg, em Frankfurt, na Alemanha; no National Museum of Natural History, em Paris, na Fran?a; no Field Museum of Natural History, em Chicago, nos Estados Unidos; na Linneau Society, em Londres, na Inglaterra e nas Universidades do Arizona e Washington, tamb?m nos Estados Unidos.
A pesquisa est? dispon?vel na internet, pelo site www.insectscience.org, que ? acessado por cientistas do mundo inteiro.
Segundo o diretor-presidente do Incaper, Gilmar Dadalto, o sucesso das pesquisas ? fruto dos investimentos do Governo do Estado no fortalecimento da ci?ncia e da tecnologia e demonstra o reconhecimento da import?ncia das pesquisas desenvolvidas pelo Incaper.
Dadalto afirma ainda que os resultados publicados nos Estados Unidos demonstram a ampla biodiversidade existente no Esp?rito Santo e o quanto ainda se precisa pesquisar para encontrar novos caminhos no manejo das pragas e doen?as sem agredir o meio ambiente. "Destas pesquisas certamente surgir?o novas tecnologias e produtos que contribuir?o para uma melhor qualidade de vida no meio rural e alimentos mais saud?veis para a popula??o".
Fonte: Campo Vivo