Ind?stria ainda restringe conilon nos blends de caf?
1 de setembro de 2020
Um ano depois de ter alcan?ado pre?os recorde no pa?s, o caf? conilon retornou a patamares vistos antes da quebra da produ??o nacional, mas as ind?strias do setor ainda n?o voltaram a usar a mat?ria-prima nas mesmas propor??es em seus blends. Antes do forte recuo da colheita em duas safras consecutivas, em decorr?ncia da seca no principal Estado produtor, Esp?rito Santo, as ind?strias que produzem caf? torrado e mo?do tradicional utilizavam, em m?dia, 50% de conilon e 50% de ar?bica em seus blends. Mas com a alta mete?rica dos pre?os do conilon em fun??o da escassez de oferta, passaram a usar entre 80% e 90% de ar?bica na mistura. E, apesar do recuo dos pre?os do conilon, as torrefadoras ainda n?o voltaram a usar a mesma quantia que utilizavam antes. ?O volume de conilon nos blends n?o voltou aos n?veis anteriores?, afirma Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da Associa??o Brasileira da Ind?stria de Caf? (Abic).
Hoje, segundo informa??es das ind?strias de caf?, a propor??o est? em 80% de ar?bica e 20% de conilon. Segundo ele, h? disponibilidade ?normal? de caf?s conilon e de ar?bica no mercado, ?apesar de a safra 2017/18 n?o ter sido t?o grande?, mas a ?ind?stria n?o est? comprando as quantidades que comprava de conilon porque diminuiu a fatia no blend?. O conilon foi substitu?do principalmente por caf?s ar?bica tipo consumo interno duro, considerado de menor qualidade. Esse produto ? geralmente mais caro que o conilon, mas ficou mais barato durante o auge de falta de oferta. Conforme acompanhamento da Abic com base em v?rias fontes do mercado, em outubro de 2016, o conilon capixaba bateu R$ 522 por saca, enquanto o ar?bica consumo interno era negociado a R$ 490,00. No ?ltimo dia 16, segundo o mesmo acompanhamento, a saca do conilon estava em R$ 355,00 e a do ar?bica consumo interno, R$ 440,00.
Para Herszkowicz, ?se houver previsibilidade [na oferta]?, a ind?stria pode voltar a utilizar mais conilon em seus blends. Ele afirma, no entanto, que ?problemas do passado recente? deixam a ind?stria cautelosa. Edimilsom Calegari, gerente geral da Cooperativa dos Cafeicultores de S?o Gabriel (Cooabriel), de S?o Gabriel da Palha (ES), diz que a queda dos pre?os do conilon levar? a ind?stria a usar a esp?cie novamente em maiores quantidades nos blends. Isso, por?m, n?o ocorre do dia para a noite e deve ser uma mudan?a gradativa, uma vez que implica altera??es no sabor do caf?, da mesma forma que o maior uso de ar?bica levou a uma mudan?a no sabor da bebida. Para ele, o recuo das cota??es do conilon pode ser explicado principalmente pela maior oferta de ar?bicas inferiores ? que podem substituir o produto no blend. Essa disponibilidade maior ocorre em fun??o da queda das exporta??es brasileiras de caf? este ano, afirma.
Al?m disso, Calegari considera que a retra??o dos pre?os do conilon se deve ? perspectiva de uma recupera??o na produ??o brasileira da esp?cie na safra 2018/19, que est? em fase de desenvolvimento, gra?as ao clima mais favor?vel que nos ciclos anteriores. Segundo ele, para o Esp?rito Santo, a avalia??o ? de que pode haver um crescimento de 20% a 30% na compara??o com as 5,9 milh?es de sacas colhidas no ano-safra 2017/18. Jorge Luiz Nicchio, presidente do Centro do Com?rcio de Caf? de Vit?ria, tamb?m avalia que a tend?ncia ? que a ind?strias reduzam a fatia de ar?bica nos blends diante da queda dos pre?os do conilon. ?Hoje o conilon est? a R$ 355 a saca. H? um ano estava em R$ 550,00?, diz. ?O conilon caiu mais do que o ar?bica?. O dirigente acredita que as torrefadoras voltar?o a usar 40% de conilon nos blends no pr?ximo ano. ?A ind?stria vai voltar ao blend de 50% de conilon e 50% de ar?bica no caf?. Aos poucos vai voltar?, acrescenta Carlos Alberto Paulino da Costa, presidente da mineira Cooxup?.
Fonte: ABIC
Hoje, segundo informa??es das ind?strias de caf?, a propor??o est? em 80% de ar?bica e 20% de conilon. Segundo ele, h? disponibilidade ?normal? de caf?s conilon e de ar?bica no mercado, ?apesar de a safra 2017/18 n?o ter sido t?o grande?, mas a ?ind?stria n?o est? comprando as quantidades que comprava de conilon porque diminuiu a fatia no blend?. O conilon foi substitu?do principalmente por caf?s ar?bica tipo consumo interno duro, considerado de menor qualidade. Esse produto ? geralmente mais caro que o conilon, mas ficou mais barato durante o auge de falta de oferta. Conforme acompanhamento da Abic com base em v?rias fontes do mercado, em outubro de 2016, o conilon capixaba bateu R$ 522 por saca, enquanto o ar?bica consumo interno era negociado a R$ 490,00. No ?ltimo dia 16, segundo o mesmo acompanhamento, a saca do conilon estava em R$ 355,00 e a do ar?bica consumo interno, R$ 440,00.
Para Herszkowicz, ?se houver previsibilidade [na oferta]?, a ind?stria pode voltar a utilizar mais conilon em seus blends. Ele afirma, no entanto, que ?problemas do passado recente? deixam a ind?stria cautelosa. Edimilsom Calegari, gerente geral da Cooperativa dos Cafeicultores de S?o Gabriel (Cooabriel), de S?o Gabriel da Palha (ES), diz que a queda dos pre?os do conilon levar? a ind?stria a usar a esp?cie novamente em maiores quantidades nos blends. Isso, por?m, n?o ocorre do dia para a noite e deve ser uma mudan?a gradativa, uma vez que implica altera??es no sabor do caf?, da mesma forma que o maior uso de ar?bica levou a uma mudan?a no sabor da bebida. Para ele, o recuo das cota??es do conilon pode ser explicado principalmente pela maior oferta de ar?bicas inferiores ? que podem substituir o produto no blend. Essa disponibilidade maior ocorre em fun??o da queda das exporta??es brasileiras de caf? este ano, afirma.
Al?m disso, Calegari considera que a retra??o dos pre?os do conilon se deve ? perspectiva de uma recupera??o na produ??o brasileira da esp?cie na safra 2018/19, que est? em fase de desenvolvimento, gra?as ao clima mais favor?vel que nos ciclos anteriores. Segundo ele, para o Esp?rito Santo, a avalia??o ? de que pode haver um crescimento de 20% a 30% na compara??o com as 5,9 milh?es de sacas colhidas no ano-safra 2017/18. Jorge Luiz Nicchio, presidente do Centro do Com?rcio de Caf? de Vit?ria, tamb?m avalia que a tend?ncia ? que a ind?strias reduzam a fatia de ar?bica nos blends diante da queda dos pre?os do conilon. ?Hoje o conilon est? a R$ 355 a saca. H? um ano estava em R$ 550,00?, diz. ?O conilon caiu mais do que o ar?bica?. O dirigente acredita que as torrefadoras voltar?o a usar 40% de conilon nos blends no pr?ximo ano. ?A ind?stria vai voltar ao blend de 50% de conilon e 50% de ar?bica no caf?. Aos poucos vai voltar?, acrescenta Carlos Alberto Paulino da Costa, presidente da mineira Cooxup?.
Fonte: ABIC