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Jovens capixabas tem visto no campo uma nova oportunidade de trabalho, renda e qualidade de vida
1 de setembro de 2020

Cada vez mais observa-se no meio rural uma nova gera??o de produtores e profissionais que est?o abra?ando o trabalho rural juntamente com seus familiares. Um fato que h? alguns anos n?o era muito comum. S?o jovens que mesmo com a experi?ncia de estudar nos grandes centros, e at? morar na cidade por um per?odo, est?o observando no campo o melhor local para se viver e trabalhar. Matheus Martins, 30 anos, ? um destes jovens. Neto e filho de produtores rurais de Linhares, ele diz que o trabalho no campo ? uma alternativa para uma qualidade de vida melhor. ?A vida na cidade ? muito agitada e eu n?o sou do tipo que gosto de ficar preso em um escrit?rio, por exemplo. Trabalhar em meio ? natureza ? bem melhor e mais prazeroso?, afirma.

O jovem, juntamente com o seu pai, administra a fazenda da fam?lia na regi?o de Brejo Grande, com o gado de corte, o cacau e a seringueira como principais atividades. Formado em administra??o, Matheus levou para a agricultura seu conhecimento adquirido com os estudos, mas nem sempre consegue implantar suas ideias. ?Eu tento aplicar as coisas que vi na faculdade, mas meu pai nem sempre compreende bem minha inten??o e, ?s vezes, nem deixa que eu seguir com algumas opini?es?, diz o jovem que reconhece a experi?ncia do patriarca. ?Ele aprendeu com o trabalho no dia a dia. Eu respeito e sei que a experi?ncia dele ? bem grande. Vamos trocando as nossas experi?ncias e vamos nos entendendo para avan?ar nos resultados?, relata Matheus.

O exemplo de Matheus n?o ? isolado. No Esp?rito Santo, a nova gera??o de produtores rurais est? crescendo. Alternando entre S?o Mateus e Linhares, munic?pios do norte capixaba, a jovem Fernanda Permanhane, 25 anos, ? formada em Rela??es Internacionais, com MBA em Gest?o Empresarial. Na fam?lia, segundo ela, praticamente todo mundo trabalha na agropecu?ria. Hoje, mesmo jovem, j? ? a respons?vel pelas vendas e pelo financeiro dos neg?cios do pai nas ?reas de fruticultura (mam?o), caf?, seringueira e cria??o de cordeiros.
A escolha, segundo Fernanda, foi motivada pelas oportunidades que observou analisando o mercado e as possibilidades dentro dos neg?cios da minha fam?lia. ?Meu pai ? empreendedor, est? sempre inovando, investindo em diferentes culturas e buscando melhorias. Eu sempre o acompanhei em reuni?es e palestras e assim fui me interessando pelo setor e vendo como eu poderia participar. Percebi que poderia contribuir aplicando os conhecimentos adquiridos na faculdade e no MBA, profissionalizando a empresa familiar?, diz Permanhane.

A decis?o de permanecer na atividade agropecu?ria est? sendo um per?odo de grande crescimento e aprendizado para a jovem. Quando iniciou, procurou conhecer um pouco de cada setor e fez v?rios cursos conversando e buscando informa??es. Depois, foi assumindo alguns setores nos neg?cios do pai. ?? gratificante perceber as mudan?as que conseguimos implantar e contribuir pela melhoria da empresa. Embora a responsabilidade seja grande, tenho o suporte do meu pai para tudo. Estar em uma empresa familiar ? bom porque a gente tem liberdade, mas tamb?m tem suas dificuldades, que com conversa vai se ajeitando. Ainda temos muitos desafios, tanto dentro da fazenda, como reduzir custos, melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, agregar valor aos produtos, quanto fora da fazenda, que vamos buscando participando de debates, reuni?es, de associa??es e ?rg?os representativos do setor? destaca Fernanda.

Para avan?ar na gest?o rural, Fernanda participa de entidades de classe e cursos voltados para o empreendedorismo. A jovem foi uma das selecionadas pela Federa??o da Agricultura e pecu?ria do Esp?rito Santo (FAES) para o curso CNA Jovem, programa da Confedera??o da Agricultura e Pecu?ria do Brasil e do Servi?o Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), que objetivou formar novas lideran?as do agroneg?cio em todo pa?s reunindo pessoas ligadas ? agricultura de vinte e quatro estados brasileiros que passaram por encontros e treinamentos do segmento rural. ?Todos os debates e projetos elaborados nos proporcionaram um maior entendimento do setor, ampliaram nossa vis?o de futuro, nos tornando cada vez mais respons?veis por contribuir pelas mudan?as necess?rias no agro?, diz a jovem.

Percebendo este crescimento, a Federa??o desenvolveu um programa denominado FAES Jovem, que re?ne um grupo de jovens que representam junto ? federa??o os jovens do campo, desenvolvendo a??es que beneficiem e fortale?am o trabalho rural. De acordo com Dyovanna Depolo, coordenadora do FAES Jovem, a iniciativa veio de fora do Estado e foi inspirada no CNA Jovem. Os integrantes do programa t?m entre 18 e 35 anos e s?o de diversos munic?pios do Esp?rito Santo e tiveram o seu primeiro encontro em Linhares, no m?s de agosto, onde realizaram um semin?rio que discutiu os principais desafios que o setor agr?cola do Esp?rito Santo enfrenta. Para J?lio Rocha, presidente da Faes, esta nova fase que a agricultura capixaba tem vivenciado, com a ades?o dos jovens, ? de grande import?ncia n?o s? para as fam?lias que vivem no campo como tamb?m para o agroneg?cio. ?Eu vejo que os jovens v?o implantar uma nova mentalidade no meio rural no Esp?rito Santo?, disse Rocha.

Muito otimista com esta nova gera??o, o presidente destaca que a Federa??o tem buscado oportunizar meios que incentivem ainda mais a perman?ncia dos jovens do campo. J?lio citou o exemplo de um Curso Superior em Agroneg?cio que j? est? em fase de implanta??o; o projeto Agrinho, que neste ano atingiu 70 mil jovens de seiscentas escolas p?blicas de 56 munic?pios no Estado; e o Faes Jovem que j? est? em desenvolvimento. ?N?s queremos fazer uma transforma??o no meio rural. Ampliar a participa??o do jovem no meio rural, com qualidade de vida, qualifica??o, melhore oportunidade de ganhos e renova??o de lideran?as. Esta juventude com a compet?ncia que tem vai revolucionar as lavouras capixabas?, concluiu J?lio Rocha.

Fonte: Revista Campo Vivo

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