Lama no Rio Doce ainda prejudica agricultores do Norte do ES
1 de setembro de 2020
Produtores de caf?, cacau, banana, peixe e gado foram os mais afetados.
Somente no estado, 2.500 fam?lias de produtores rurais foram prejudicadas.
Produtores de caf?, cacau, banana, peixe e gado relataram que ainda sofrem com os preju?zos causados pela lama no Rio Doce, ap?s sete meses do desastre. Somente no Esp?rito Santo, mais de 2.500 fam?lias de agricultores foram prejudicadas. Somente em Linhares, s?o 1.377 afetados, segundo a prefeitura do munic?pio.
Nilton Jos? dos Santos ? um desses produtores. Ele contou que reza todos os dias para que a situa??o melhore. Desde quando a lama da mineradora Samarco, cujos donos s?o a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, chegou ? Vila de Reg?ncia, em Linhares, o agricultor de 53 anos e seus vizinhos n?o conseguem produzir nada.
?Faz sete meses que n?o irrigo uma planta. Sem ?gua, morre tudo?, lamenta.
A ?nica fonte dispon?vel para irrigar as planta??es era a ?gua do Rio Doce, que foi contaminada pela lama de rejeitos que vazou da barragem de Fund?o, em Mariana, deixando um rastro de destrui??o, mortes e muito preju?zo em Minas Gerais e no Esp?rito Santo.
A lama gerou preju?zos a produtores de cacau (R$ 14,4 milh?es), criadores de peixe (R$ 19,1 milh?es) e as atividades leiteira e de gado de corte (R$ 6,1 milh?es). Mas o que mais foi abalado com a trag?dia ? a rela??o dos produtores com o rio.
?A gente tinha fartura, morava no para?so, mas a lama destruiu tudo. Ningu?m pesca, ningu?m planta. ?gua para os animais s? chega de carro-pipa. O rio perdeu a serventia?, completa Nilton, que cuida da propriedade de cinco hectares com a ajuda da fam?lia.
Em todo o Esp?rito Santo, cerca de 10 mil fam?lias tiveram a renda afetada pela lama, dos quais 3.023 mil ainda est?o impedidas de retirar o sustento do rio (15% produtores rurais e 70% pescadores), segundo dados da pr?pria Samarco.
A gente tinha fartura, morava no para?so, mas a lama destruiu tudo"
Nilton dos Santos, produtor rural
Cada uma dessas fam?lias vive com a ajuda de um cart?o que d? direito ao recebimento mensal de um sal?rio m?nimo, mais 20% (do sal?rio m?nimo) para cada dependente, al?m do valor de uma cesta b?sica.
? com esse aux?lio que vive um grupo de 12 fam?lias de horticultores, no bairro Maria das Gra?as, em Colatina.
Mesmo utilizando ?gua de po?o artesiano, sem contato direto com o rio, ningu?m conseguia vender as verduras porque os clientes achavam que estavam contaminadas.
?As pessoas ficavam com nojo e desconfiavam do produto. Tivemos que derrubar as plantas e jogar tudo fora?, lamenta Thiago Pratti, que at? hoje precisa explicar que a ?gua que molha as hortas n?o vem do Doce.
Fonte: G1 Esp?rito Santo
Somente no estado, 2.500 fam?lias de produtores rurais foram prejudicadas.
Produtores de caf?, cacau, banana, peixe e gado relataram que ainda sofrem com os preju?zos causados pela lama no Rio Doce, ap?s sete meses do desastre. Somente no Esp?rito Santo, mais de 2.500 fam?lias de agricultores foram prejudicadas. Somente em Linhares, s?o 1.377 afetados, segundo a prefeitura do munic?pio.
Nilton Jos? dos Santos ? um desses produtores. Ele contou que reza todos os dias para que a situa??o melhore. Desde quando a lama da mineradora Samarco, cujos donos s?o a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, chegou ? Vila de Reg?ncia, em Linhares, o agricultor de 53 anos e seus vizinhos n?o conseguem produzir nada.
?Faz sete meses que n?o irrigo uma planta. Sem ?gua, morre tudo?, lamenta.
A ?nica fonte dispon?vel para irrigar as planta??es era a ?gua do Rio Doce, que foi contaminada pela lama de rejeitos que vazou da barragem de Fund?o, em Mariana, deixando um rastro de destrui??o, mortes e muito preju?zo em Minas Gerais e no Esp?rito Santo.
A lama gerou preju?zos a produtores de cacau (R$ 14,4 milh?es), criadores de peixe (R$ 19,1 milh?es) e as atividades leiteira e de gado de corte (R$ 6,1 milh?es). Mas o que mais foi abalado com a trag?dia ? a rela??o dos produtores com o rio.
?A gente tinha fartura, morava no para?so, mas a lama destruiu tudo. Ningu?m pesca, ningu?m planta. ?gua para os animais s? chega de carro-pipa. O rio perdeu a serventia?, completa Nilton, que cuida da propriedade de cinco hectares com a ajuda da fam?lia.
Em todo o Esp?rito Santo, cerca de 10 mil fam?lias tiveram a renda afetada pela lama, dos quais 3.023 mil ainda est?o impedidas de retirar o sustento do rio (15% produtores rurais e 70% pescadores), segundo dados da pr?pria Samarco.
A gente tinha fartura, morava no para?so, mas a lama destruiu tudo"
Nilton dos Santos, produtor rural
Cada uma dessas fam?lias vive com a ajuda de um cart?o que d? direito ao recebimento mensal de um sal?rio m?nimo, mais 20% (do sal?rio m?nimo) para cada dependente, al?m do valor de uma cesta b?sica.
? com esse aux?lio que vive um grupo de 12 fam?lias de horticultores, no bairro Maria das Gra?as, em Colatina.
Mesmo utilizando ?gua de po?o artesiano, sem contato direto com o rio, ningu?m conseguia vender as verduras porque os clientes achavam que estavam contaminadas.
?As pessoas ficavam com nojo e desconfiavam do produto. Tivemos que derrubar as plantas e jogar tudo fora?, lamenta Thiago Pratti, que at? hoje precisa explicar que a ?gua que molha as hortas n?o vem do Doce.
Fonte: G1 Esp?rito Santo