Mapa identifica 45 marcas de azeite fraudados
1 de setembro de 2020
O Minist?rio da Agricultura Pecu?ria e Abastecimento (Mapa) identificou irregularidades em 45 marcas de azeite entre 140 coletadas nos ?ltimos dois anos. As amostras foram colhidas em 12 estados e no Distrito Federal, num total de 322.329 litros (dos quais 114.750 litros considerados conformes e 207.579 litros com problemas). A equipe de fiscaliza??o inspecionou 279 amostras de 214 lotes.
Do total, 38,7% dos lotes tinham problemas e 79% das irregularidades eram relacionadas a baixa qualidade (produto ruim vendido como bom).
A fraude mais comum praticada por empresas envazadoras ? a utiliza??o de ?leo vegetal com azeite lampante, que tem cheiro forte e acidez elevada, (extra?do de azeitonas deterioradas ou fermentadas) e que n?o deve ser destinado ? alimenta??o. No Paran?, foram identificadas empresas que vendiam produto como azeite de oliva, mas com composi??o de 85% de ?leo de soja e 15% de lampante. As fraudadoras foram autuadas, multadas em at? R$ 532 mil por irregularidade encontrada e os produtos foram apreendidos para descarte. As empresas tamb?m foram denunciadas ao Minist?rio P?blico. O pr?ximo passo ? a abertura de inqu?rito policial.
Entre as marcas que apresentaram irregularidades est?o a Astorga, Carrefour, Almeirim, Conde de Torres, entre outras. E entre as marcas que passaram nos testes, encontram-se Andorinha, Aro, Apolo, Borges, Belo Porto, Carrefour Discount e outras.
O azeite de oliva virgem pode ser classificado em tr?s tipos: o extra virgem (acidez entre 0,8% e 2%), virgem (acidez menor que 0,8%), lampante (acidez maior que 2%). Os dois primeiros podem ser consumidos in natura, mantendo todos os aspectos ben?ficos ao organismo. O terceiro, tipo lampante, deve ser refinado para ser consumido, quando passa a ser classificado como azeite de oliva refinado. A an?lise ? complexa, exige treinamento e equipamentos sofisticados. As an?lises tamb?m apontaram azeites desclassificados (que podem n?o ser considerados como azeite) e fora de tipo (n?o tem boa qualidade).
Os estados onde foram registradas mais irregularidades foram S?o Paulo, Paran?, Santa Catarina e o Distrito Federal, onde se concentram o maior n?mero de empresas que envazam o produto. Os envazadores, que importam a granel, principalmente da Argentina, foram os que apresentaram maiores irregularidades.
Segundo o secret?rio de Defesa Agropecu?ria do Mapa, Luis Rangel, os resultados obtidos com a fiscaliza??o do azeite de oliva demonstram a efici?ncia das a??es de fiscaliza??o, evitando que esses produtos cheguem ? mesa do consumidor?. As an?lises s?o realizadas pelos Laborat?rios Nacionais Agropecu?rios (LANAGRO) do Rio Grande do Sul e de Goi?s.
O Mapa intensificou a fiscaliza??o de azeite de oliva, desde a semana passada, coletando amostras direcionadas, junto ?s empresas que apresentaram irregularidades nos ?ltimos dois anos. Os resultados de 2017 ser?o divulgados posteriormente. Apenas na primeira semana de abril de 2017, foram recolhidos 243 mil litros do produto com suspeita de fraude.
O Brasil ? o terceiro maior importador de azeite de oliva do mundo, segundo dados do Comit? Ole?cola Internacional (COI). Em 2016, importamos cerca de 50 milh?es de toneladas do produto.
Dicas
Para o consumidor evitar ser enganado, a primeira coisa na qual deve prestar aten??o ? o pre?o: desconfie se estiver muito abaixo do padr?o. Verificar no r?tulo o local em que foi envazado, se no pa?s de origem, por exemplo, pode dificultar fraude, como misturas. Al?m disso, especifica??es como o termo tempero em letras mi?das e, em destaque, azeite de oliva. N?o se trata de azeite adicionado de especiarias, mas de tempero vendido como azeite de oliva. Qualquer adi??o ou mistura com outros ?leos vegetais requer que o produto seja rotulado como ??leo misto ou composto?, devendo o consumidor ser obrigatoriamente informado sobre os percentuais que comp?em a mistura. Tamb?m ? importante estar atento ? data de validade e aos ingredientes contidos.
Fonte: Campo Vivo
Do total, 38,7% dos lotes tinham problemas e 79% das irregularidades eram relacionadas a baixa qualidade (produto ruim vendido como bom).
A fraude mais comum praticada por empresas envazadoras ? a utiliza??o de ?leo vegetal com azeite lampante, que tem cheiro forte e acidez elevada, (extra?do de azeitonas deterioradas ou fermentadas) e que n?o deve ser destinado ? alimenta??o. No Paran?, foram identificadas empresas que vendiam produto como azeite de oliva, mas com composi??o de 85% de ?leo de soja e 15% de lampante. As fraudadoras foram autuadas, multadas em at? R$ 532 mil por irregularidade encontrada e os produtos foram apreendidos para descarte. As empresas tamb?m foram denunciadas ao Minist?rio P?blico. O pr?ximo passo ? a abertura de inqu?rito policial.
Entre as marcas que apresentaram irregularidades est?o a Astorga, Carrefour, Almeirim, Conde de Torres, entre outras. E entre as marcas que passaram nos testes, encontram-se Andorinha, Aro, Apolo, Borges, Belo Porto, Carrefour Discount e outras.
O azeite de oliva virgem pode ser classificado em tr?s tipos: o extra virgem (acidez entre 0,8% e 2%), virgem (acidez menor que 0,8%), lampante (acidez maior que 2%). Os dois primeiros podem ser consumidos in natura, mantendo todos os aspectos ben?ficos ao organismo. O terceiro, tipo lampante, deve ser refinado para ser consumido, quando passa a ser classificado como azeite de oliva refinado. A an?lise ? complexa, exige treinamento e equipamentos sofisticados. As an?lises tamb?m apontaram azeites desclassificados (que podem n?o ser considerados como azeite) e fora de tipo (n?o tem boa qualidade).
Os estados onde foram registradas mais irregularidades foram S?o Paulo, Paran?, Santa Catarina e o Distrito Federal, onde se concentram o maior n?mero de empresas que envazam o produto. Os envazadores, que importam a granel, principalmente da Argentina, foram os que apresentaram maiores irregularidades.
Segundo o secret?rio de Defesa Agropecu?ria do Mapa, Luis Rangel, os resultados obtidos com a fiscaliza??o do azeite de oliva demonstram a efici?ncia das a??es de fiscaliza??o, evitando que esses produtos cheguem ? mesa do consumidor?. As an?lises s?o realizadas pelos Laborat?rios Nacionais Agropecu?rios (LANAGRO) do Rio Grande do Sul e de Goi?s.
O Mapa intensificou a fiscaliza??o de azeite de oliva, desde a semana passada, coletando amostras direcionadas, junto ?s empresas que apresentaram irregularidades nos ?ltimos dois anos. Os resultados de 2017 ser?o divulgados posteriormente. Apenas na primeira semana de abril de 2017, foram recolhidos 243 mil litros do produto com suspeita de fraude.
O Brasil ? o terceiro maior importador de azeite de oliva do mundo, segundo dados do Comit? Ole?cola Internacional (COI). Em 2016, importamos cerca de 50 milh?es de toneladas do produto.
Dicas
Para o consumidor evitar ser enganado, a primeira coisa na qual deve prestar aten??o ? o pre?o: desconfie se estiver muito abaixo do padr?o. Verificar no r?tulo o local em que foi envazado, se no pa?s de origem, por exemplo, pode dificultar fraude, como misturas. Al?m disso, especifica??es como o termo tempero em letras mi?das e, em destaque, azeite de oliva. N?o se trata de azeite adicionado de especiarias, mas de tempero vendido como azeite de oliva. Qualquer adi??o ou mistura com outros ?leos vegetais requer que o produto seja rotulado como ??leo misto ou composto?, devendo o consumidor ser obrigatoriamente informado sobre os percentuais que comp?em a mistura. Tamb?m ? importante estar atento ? data de validade e aos ingredientes contidos.
Fonte: Campo Vivo