At? metade dos alimentos do mundo vai para o lixo, diz estudo
1 de setembro de 2020
At? a metade de todo o alimento produzido no mundo acaba indo parar no lixo devido a m?todos falhos de colheita, armazenamento e transporte, assim como de atitudes irrespons?veis de varejistas e consumidores, afirmou um relat?rio na quinta-feira.
O mundo produz cerca de quatro bilh?es de toneladas m?tricas de alimentos por ano, mas entre 1,2 e 2 bilh?es de toneladas n?o s?o consumidos, disse o estudo do Instituto de Engenheiros Mec?nicos, com sede em Londres.
"Esse n?vel de desperd?cio ? uma trag?dia que n?o pode continuar se quisermos ter sucesso no desafio de atender de forma sustent?vel nossas futuras demandas de alimentos", disse.
Nos pa?ses desenvolvidos, como a Gr?-Bretanha, m?todos eficientes de agricultura, transporte e armazenamento indicam que a maior parte do desperd?cio ocorre atrav?s do comportamento varejista e do consumidor.
Os varejistas produzem 1,6 milh?o de toneladas de res?duos alimentares por ano porque rejeitam grupos de frutas e legumes comest?veis que n?o cumprem os crit?rios exatos de tamanho e apar?ncia, disse o estudo da sociedade de engenharia.
"Trinta por cento do que ? colhido do campo nunca realmente atinge o mercado (principalmente o supermercado) devido ? triagem, sele??o de qualidade e por n?o cumprir crit?rios puramente cosm?ticos", disse.
Dos alimentos que chegam ?s prateleiras de supermercados, de 30 a 50 por cento do que ? comprado nos pa?ses desenvolvidos s?o jogados fora pelos consumidores, geralmente devido ? m? compreens?o das datas de "melhor consumido antes" e "usar at?".
Uma data que diz "usar at?" ? colocada quando h? um risco de sa?de associado com o uso do alimento depois dessa data. Um "melhor consumido antes" fala mais sobre a qualidade, quando ela expira, n?o significa, necessariamente, que o alimento seja prejudicial, mas que pode perder parte do sabor e textura.
No entanto, muitos consumidores n?o sabem a diferen?a entre os r?tulos e jogam no lixo alimentos antes que o prazo de validade expire.
POPULA??O CRESCENTE
Na Gr?-Bretanha, cerca de 16,3 bilh?es d?lares em alimentos s?o jogados fora pelas resid?ncias todos os anos, e parte disso ? apta para o consumo, disse o estudo.
J? em pa?ses menos desenvolvidos, como os da ?frica subsaariana ou os do Sudeste Asi?tico, o desperd?cio costuma ocorrer devido ? inefici?ncia na colheita e no armazenamento.
Nos pa?ses do Sudeste Asi?tico, por exemplo, as perdas com o arroz podem ser de 37 a 80 por cento da produ??o, totalizando cerca de 180 milh?es de toneladas por ano, disse o documento.
A Organiza??o das Na??es Unidas (ONU) prev? que a popula??o mundial atinja o pico de cerca de 9,5 bilh?es de pessoas at? 2075, significando que haver? 2,5 bilh?es de pessoas a mais para alimentar.
O aumento populacional, junto com a melhoria da nutri??o e a mudan?a de dietas, pressionar? pelo aumento no fornecimento global de alimentos nas pr?ximas d?cadas.
O aumento no pre?o dos alimentos e das commodities vai levar ? necessidade de reduzir o desperd?cio, tornando a pr?tica de descartar frutas e legumes comest?veis por raz?es cosm?ticas menos vi?veis economicamente.
No entanto, os governos n?o deveriam esperar que o pre?o dos alimentos provoque uma a??o sobre essa pr?tica de desperd?cio, mas produzir pol?ticas que mudem o comportamento do consumidor e conven?am os varejistas a deixar de lado esse modo de agir, disse o estudo.
Pa?ses que se desenvolvem rapidamente, como Brasil e China, v?m aprimorando a infraestrutura para transportar as colheitas, ganhar acesso aos mercados exportadores e melhorar as instala??es de armazenamento, mas precisam evitar os erros cometidos pelas na??es desenvolvidas e garantir que sejam eficientes e bem conservados.
Pa?ses mais pobres exigem investimentos significativos para melhorar sua infraestrutura, disse o relat?rio. Por exemplo, a Eti?pia est? estudando desenvolver uma rede nacional de instala??es para armazenamento de gr?os que deve custar pelo menos 1 bilh?o de d?lares.
"Esse n?vel de investimento ser? necess?rio para diversas commodities e em v?rios pa?ses, e os esfor?os coordenados ser?o essenciais", disse o relat?rio.
Fonte: Campo Vivo
O mundo produz cerca de quatro bilh?es de toneladas m?tricas de alimentos por ano, mas entre 1,2 e 2 bilh?es de toneladas n?o s?o consumidos, disse o estudo do Instituto de Engenheiros Mec?nicos, com sede em Londres.
"Esse n?vel de desperd?cio ? uma trag?dia que n?o pode continuar se quisermos ter sucesso no desafio de atender de forma sustent?vel nossas futuras demandas de alimentos", disse.
Nos pa?ses desenvolvidos, como a Gr?-Bretanha, m?todos eficientes de agricultura, transporte e armazenamento indicam que a maior parte do desperd?cio ocorre atrav?s do comportamento varejista e do consumidor.
Os varejistas produzem 1,6 milh?o de toneladas de res?duos alimentares por ano porque rejeitam grupos de frutas e legumes comest?veis que n?o cumprem os crit?rios exatos de tamanho e apar?ncia, disse o estudo da sociedade de engenharia.
"Trinta por cento do que ? colhido do campo nunca realmente atinge o mercado (principalmente o supermercado) devido ? triagem, sele??o de qualidade e por n?o cumprir crit?rios puramente cosm?ticos", disse.
Dos alimentos que chegam ?s prateleiras de supermercados, de 30 a 50 por cento do que ? comprado nos pa?ses desenvolvidos s?o jogados fora pelos consumidores, geralmente devido ? m? compreens?o das datas de "melhor consumido antes" e "usar at?".
Uma data que diz "usar at?" ? colocada quando h? um risco de sa?de associado com o uso do alimento depois dessa data. Um "melhor consumido antes" fala mais sobre a qualidade, quando ela expira, n?o significa, necessariamente, que o alimento seja prejudicial, mas que pode perder parte do sabor e textura.
No entanto, muitos consumidores n?o sabem a diferen?a entre os r?tulos e jogam no lixo alimentos antes que o prazo de validade expire.
POPULA??O CRESCENTE
Na Gr?-Bretanha, cerca de 16,3 bilh?es d?lares em alimentos s?o jogados fora pelas resid?ncias todos os anos, e parte disso ? apta para o consumo, disse o estudo.
J? em pa?ses menos desenvolvidos, como os da ?frica subsaariana ou os do Sudeste Asi?tico, o desperd?cio costuma ocorrer devido ? inefici?ncia na colheita e no armazenamento.
Nos pa?ses do Sudeste Asi?tico, por exemplo, as perdas com o arroz podem ser de 37 a 80 por cento da produ??o, totalizando cerca de 180 milh?es de toneladas por ano, disse o documento.
A Organiza??o das Na??es Unidas (ONU) prev? que a popula??o mundial atinja o pico de cerca de 9,5 bilh?es de pessoas at? 2075, significando que haver? 2,5 bilh?es de pessoas a mais para alimentar.
O aumento populacional, junto com a melhoria da nutri??o e a mudan?a de dietas, pressionar? pelo aumento no fornecimento global de alimentos nas pr?ximas d?cadas.
O aumento no pre?o dos alimentos e das commodities vai levar ? necessidade de reduzir o desperd?cio, tornando a pr?tica de descartar frutas e legumes comest?veis por raz?es cosm?ticas menos vi?veis economicamente.
No entanto, os governos n?o deveriam esperar que o pre?o dos alimentos provoque uma a??o sobre essa pr?tica de desperd?cio, mas produzir pol?ticas que mudem o comportamento do consumidor e conven?am os varejistas a deixar de lado esse modo de agir, disse o estudo.
Pa?ses que se desenvolvem rapidamente, como Brasil e China, v?m aprimorando a infraestrutura para transportar as colheitas, ganhar acesso aos mercados exportadores e melhorar as instala??es de armazenamento, mas precisam evitar os erros cometidos pelas na??es desenvolvidas e garantir que sejam eficientes e bem conservados.
Pa?ses mais pobres exigem investimentos significativos para melhorar sua infraestrutura, disse o relat?rio. Por exemplo, a Eti?pia est? estudando desenvolver uma rede nacional de instala??es para armazenamento de gr?os que deve custar pelo menos 1 bilh?o de d?lares.
"Esse n?vel de investimento ser? necess?rio para diversas commodities e em v?rios pa?ses, e os esfor?os coordenados ser?o essenciais", disse o relat?rio.
Fonte: Campo Vivo