No ES, cafeicultores recepam lavouras e ficam sem produ??o at? 2018
1 de setembro de 2020
A seca no Esp?rito Santo segue gerando s?rios preju?zos para os produtores de caf? conilon do estado. Alguns cafeicultores capixabas est?o adotando a recepa ? poda baixa da lavoura, que promove a renova??o total da planta ?, e esperam produ??o apenas para 2018. J? outros t?m optado por novas op??es de cultivo, principalmente, a pimenta-do-reino e aproveitado bons resultados financeiros ? 60 quilos do tempero ? vendido por cerca de R$ 1800, enquanto que o caf? est? em cerca de R$ 400 a saca ?.
Segundo o consultor e produtor de caf?, em Nova Ven?cia (ES), Rog?rio Chiabai, a poda das plantas foi a ?ltima alternativa encontrada com o agravamento da seca no estado, principalmente no Norte e Noroeste. "Acreditamos que com a recepa dos cafezais podemos salvar essas plantas mais antigas e ter produ??o em 2018, mas isso s? deve acontecer se tivermos chuvas ainda neste ano. Algumas lavouras mais novas j? foram perdidas", afirma. "Em 30 anos trabalhando com cafeicultura no estado, nunca vi um cen?rio como esse", ressalta Chiabai. (Veja imagens de lavouras do estado abaixo).
As principais estimativas da safra 2016/17 de caf? do Esp?rito Santo apontam para mais uma queda na produ??o. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), inclusive, revisou sua mais recente proje??o de safra para baixo para o caf? conilon. Em todo o Brasil, s?o esperadas 9,4 milh?es de sacas, o que representa uma diminui??o de 16% sobre os n?meros de 2015.
Ainda assim, o Esp?rito Santo deve seguir como o maior produtor de conilon do pa?s, com expectativa de colheita de 5,95 milh?es de sacas, o que representa decr?scimo de 23,3% em rela??o ? safra de 2015. Essa produ??o ? oriunda de um parque cafeeiro em produ??o de 260,06 mil hectares. A pesquisa indica uma produtividade m?dia de 22,89 sacas por hectare no estado.
O analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalh?es, acredita em produ??o para o Esp?rito Santo nesta temporada entre 5 milh?es e 5,5 milh?es de sacas, ap?s visitas em diversas propriedades. "A situa??o ? bem complicada no estado. N?o me lembro de chuvas representativas no cintur?o produtivo at? agora neste ano e mesmo que tenhamos precipita??es abundantes nos pr?ximos meses, 2017 ser? mais um ano de safra ruim. A expectativa ? de melhora apenas em 2018", afirma. Os principais institutos meteorol?gicos apontam maior probabilidade de chuvas no estado apenas no segundo semestre.
Em todo o ano de 2015, as planta??es capixabas enfrentaram uma das maiores secas dos ?ltimos 50 anos, que impactou a produ??o agr?cola de diversos setores. Essas adversidades clim?ticas continuam sendo registradas, principalmente, nas regi?es Norte e Noroeste do estado. Em uma medida preventiva, em meio ao risco de desabastecimento, e com suas reservas de ?gua extremamente baixas, o Governo priorizou o consumo humano e proibiu a irriga??o das lavouras em algumas cidades. Cerca de 80% das planta??es de caf? conilon do estado utilizam sistemas de irriga??o.
No in?cio deste m?s, a Justi?a do estado proibiu o uso de ?gua por irriga??o nas lavouras da cidade de Rio Bananal. A pol?cia chegou a lacrar bombas em algumas fazendas. Al?m da decis?o judicial, uma resolu??o da AGERH (Ag?ncia Estadual de Recursos H?dricos) do estado pro?be a irriga??o, em qualquer hor?rio, no munic?pio do Norte do estado.
Al?m da recepa nos cafezais, alguns produtores do estado tamb?m t?m optado por atitudes mais dr?sticas, como adotar novas op??es de cultivo, principalmente, a pimenta-do-reino, que tem remunerado bem nos ?ltimos anos. Em 2015, a produ??o da pimenta no estado teve acr?scimo de 82,5%, com expans?o de 50% na ?rea colhida. Enquanto que o caf? diminuiu 20,2%, com ?rea colhida 0,8% menor.
"A pimenta o reino n?o precisa de tanta m?o de obra e muita ?gua para sua produ??o. Al?m disso, ela tem apresentado bons pre?os nos ?ltimos anos e isso tem encantado o produtor. A saca do caf? conilon ? vendida em cerca R$ 400, enquanto que o quilo da pimenta sai por at? R$ 30,00. Ou seja, R$ 1800,00 a saca de 60 kg", explica Marcus Magalh?es.
O Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assist?ncia T?cnica e Extens?o Rural) tem orientado os produtores a diversificar as planta??es e manter mais de uma cultura em sua lavoura.
Fonte: Jhonatas Simi?o - Safra ES
Segundo o consultor e produtor de caf?, em Nova Ven?cia (ES), Rog?rio Chiabai, a poda das plantas foi a ?ltima alternativa encontrada com o agravamento da seca no estado, principalmente no Norte e Noroeste. "Acreditamos que com a recepa dos cafezais podemos salvar essas plantas mais antigas e ter produ??o em 2018, mas isso s? deve acontecer se tivermos chuvas ainda neste ano. Algumas lavouras mais novas j? foram perdidas", afirma. "Em 30 anos trabalhando com cafeicultura no estado, nunca vi um cen?rio como esse", ressalta Chiabai. (Veja imagens de lavouras do estado abaixo).
As principais estimativas da safra 2016/17 de caf? do Esp?rito Santo apontam para mais uma queda na produ??o. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), inclusive, revisou sua mais recente proje??o de safra para baixo para o caf? conilon. Em todo o Brasil, s?o esperadas 9,4 milh?es de sacas, o que representa uma diminui??o de 16% sobre os n?meros de 2015.
Ainda assim, o Esp?rito Santo deve seguir como o maior produtor de conilon do pa?s, com expectativa de colheita de 5,95 milh?es de sacas, o que representa decr?scimo de 23,3% em rela??o ? safra de 2015. Essa produ??o ? oriunda de um parque cafeeiro em produ??o de 260,06 mil hectares. A pesquisa indica uma produtividade m?dia de 22,89 sacas por hectare no estado.
O analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalh?es, acredita em produ??o para o Esp?rito Santo nesta temporada entre 5 milh?es e 5,5 milh?es de sacas, ap?s visitas em diversas propriedades. "A situa??o ? bem complicada no estado. N?o me lembro de chuvas representativas no cintur?o produtivo at? agora neste ano e mesmo que tenhamos precipita??es abundantes nos pr?ximos meses, 2017 ser? mais um ano de safra ruim. A expectativa ? de melhora apenas em 2018", afirma. Os principais institutos meteorol?gicos apontam maior probabilidade de chuvas no estado apenas no segundo semestre.
Em todo o ano de 2015, as planta??es capixabas enfrentaram uma das maiores secas dos ?ltimos 50 anos, que impactou a produ??o agr?cola de diversos setores. Essas adversidades clim?ticas continuam sendo registradas, principalmente, nas regi?es Norte e Noroeste do estado. Em uma medida preventiva, em meio ao risco de desabastecimento, e com suas reservas de ?gua extremamente baixas, o Governo priorizou o consumo humano e proibiu a irriga??o das lavouras em algumas cidades. Cerca de 80% das planta??es de caf? conilon do estado utilizam sistemas de irriga??o.
No in?cio deste m?s, a Justi?a do estado proibiu o uso de ?gua por irriga??o nas lavouras da cidade de Rio Bananal. A pol?cia chegou a lacrar bombas em algumas fazendas. Al?m da decis?o judicial, uma resolu??o da AGERH (Ag?ncia Estadual de Recursos H?dricos) do estado pro?be a irriga??o, em qualquer hor?rio, no munic?pio do Norte do estado.
Al?m da recepa nos cafezais, alguns produtores do estado tamb?m t?m optado por atitudes mais dr?sticas, como adotar novas op??es de cultivo, principalmente, a pimenta-do-reino, que tem remunerado bem nos ?ltimos anos. Em 2015, a produ??o da pimenta no estado teve acr?scimo de 82,5%, com expans?o de 50% na ?rea colhida. Enquanto que o caf? diminuiu 20,2%, com ?rea colhida 0,8% menor.
"A pimenta o reino n?o precisa de tanta m?o de obra e muita ?gua para sua produ??o. Al?m disso, ela tem apresentado bons pre?os nos ?ltimos anos e isso tem encantado o produtor. A saca do caf? conilon ? vendida em cerca R$ 400, enquanto que o quilo da pimenta sai por at? R$ 30,00. Ou seja, R$ 1800,00 a saca de 60 kg", explica Marcus Magalh?es.
O Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assist?ncia T?cnica e Extens?o Rural) tem orientado os produtores a diversificar as planta??es e manter mais de uma cultura em sua lavoura.
Fonte: Jhonatas Simi?o - Safra ES