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Nova praga do eucalipto chega ao Brasil na regi?o de Curitiba
O percevejo bronzeado (Thaumastocoris peregrinus), inseto nativo da Austr?lia, foi localizado em ?rvores de eucalipto na beira da Rodovia BR 277, j? no per?metro urbano de Curitiba. O inseto tem se dispersado rapidamente e pode causar danos em plantios de eucalipto, com reflexos importantes em uma cadeia produtiva respons?vel pela mat?ria prima de diversas ind?strias do Pa?s: papel e celulose, energia, serraria, entre outros.

O percevejo bronzeado ? um inseto sugador que, com sua alimenta??o, reduz a capacidade da ?rvore realizar fotoss?ntese. Dependendo da densidade populacional, pode desfolhar de forma parcial ou total a ?rvore, com possibilidade de lev?-la ? morte. As folhas ficam com aspecto bronzeado e progressivamente, o sintoma afeta toda copa.

Segundo o pesquisador Leonardo Barbosa, da Embrapa Florestas, ?estudos sobre esta esp?cie ainda s?o bem recentes no Brasil. Os primeiros casos de infesta??o datam de 2008 no Rio Grande do Sul e S?o Paulo?. Pa?ses como ?frica do Sul, Zimb?bue, Argentina e Uruguai tamb?m j? registraram incid?ncia da praga. S? no Estado de S?o Paulo, s?o mais de 40 munic?pios que j? detectaram o percevejo bronzeado, inclusive local com plantios de eucalipto com fins comerciais. Neste estado, pesquisas indicam que a dispers?o do inseto est? seguindo o caminho das estradas por onde s?o transportadas as toras de eucalipto, possibilitando a amplia??o do n?mero de locais infestados. No Brasil, as esp?cies mais atingidas s?o o Eucaliptos camaldulensis e os clones h?bridos de Eucaliptos urograndis.

Um projeto de amplitude nacional, coordenado pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais ? Ipef, com a participa??o da FCA/Unesp, Esalq/USP, Embrapa Florestas e Embrapa Meio Ambiente come?a a estudar a din?mica da praga e o desenvolvimento de estrat?gias para seu manejo integrado.

O pesquisador e supervisor do Laborat?rio de Quarentena ?Costa Lima? da Embrapa Meio Ambiente (Jaguari?na, SP), Luiz Alexandre Nogueira de S?, falou sobre a importa??o de agentes de controle biol?gico: normas vigentes e a situa??o da importa??o de inimigos naturais das pragas ex?ticas no pa?s.

Conforme o pesquisador, a Embrapa prop?s o controle biol?gico dessa praga por meio da importa??o de vespinhas e parasit?ides provenientes da Austr?lia ou ?frica do Sul. ?Inicialmente, esse ? o m?todo de controle mais adequado e menos impactante no ecossistema florestal. Planejamos a importa??o e cria??o em laborat?rio e posterior libera??o nos hortos florestais de eucalipto do parasit?ide Cleruchoides noackae, conhecido como um mirm?ride? informa S?.

Essa praga, de origem australiana foi encontrada na ?frica em 2004 apresentando grande potencial de dano, como a desfolha e clorose nas ?rvores. E, desde novembro de 2005, j? estava em ?reas nos arredores de Buenos Aires, na Argentina e tamb?m no Uruguai.

Em fevereiro de 2008 foi detectada no Brasil, em Jaguari?na, sem a manifesta??o de danos esperados para o ver?o. Foi encaminhado, ent?o, um alerta fitossanit?rio pelo Protef para v?rias empresas florestais sobre o poss?vel risco de introdu??o nas planta??es localizadas em regi?es fronteiri?as.

Caracter?sticas do percevejo bronzeado

O pesquisador explica que a praga mede cerca de tr?s mil?metros e coloca seus ovos sobre as folhas. Quando eles eclodem, as ninfas passam a sugar a seiva da planta. Inicialmente, as folhas atingidas ficam esbranqui?adas. Com o tempo, a planta passa a tons marrons ou avermelhados. Da? o nome do inseto de percevejo ?bronzeado?. Quanto ? sua biologia, a reprodu??o ? sexuada - presen?a de machos e f?meas. Cada f?mea pode ovipositar 60 ovos, em m?dia. Os ovos s?o pretos e colocados agrupados na folha. A fase ninfal dura aproximadamente 35 dias, podendo ter v?rias gera??es ao longo do ano, quando o clima ? favor?vel ao inseto. O dano se verifica com a queda de folhas, que pode ser total nas plantas mais suscet?veis, como a esp?cie Eucaliptos camaldulensis. Por?m, o percevejo se adaptou muito bem aos clones h?bridos como o ?urograndis?, muito plantado no Brasil.

A praga tamb?m foi detectada em 2008 em dois munic?pios do estado do Rio Grande do Sul e durante o inverno n?o provocou danos. A tend?ncia ? que se disperse durante o ver?o. A preocupa??o aumentou em raz?o da sua ocorr?ncia tamb?m no estado de S?o Paulo. Em Jaguari?na, depois de dois meses, as ?rvores apresentaram-se inteiramente desfolhadas. Uma vistoria confirmou a presen?a do inseto tamb?m em Campinas, SP, na regi?o do Aeroporto Internacional de Viracopos e no entorno de S?o Paulo, principalmente na regi?o de Barueri e em outros munic?pios do estado: Itu, Sorocaba, Piracicaba, Santa B?rbara do Oeste, Limeira, Anhembi, Botucatu e Avar?.

?Como a dissemina??o do inseto parece seguir o tra?ado das rodovias, a tend?ncia ? que se espalhe pelo oeste paulista, al?m de poder atingir os estados do Paran?, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul?, acredita S?.

Tamb?m em 2009 foram localizados adultos da praga em ?rvores de eucalipto na Rodovia BR 277, j? no per?metro urbano de Curitiba, PR pelo pesquisador Leonardo Barbosa da Embrapa Florestas (Colombo, PR).

J? foram realizadas vistorias em alguns munic?pios mineiros sem que o inseto fosse encontrado at? o momento.


Fonte: Site Campo Vivo

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