Nova Zel?ndia pretende investir em l?cteos no Brasil
1 de setembro de 2020
A Nova Zel?ndia quer firmar parceria com o Brasil para a coopera??o agropecu?ria, sobretudo no segmento de l?cteos, em que o pa?s ? refer?ncia. A proposta prev? a troca de conhecimentos para aumentar a produtividade dos rebanhos, mas os neozelandeses tamb?m querem refor?ar la?os comerciais com o Brasil, de olho em um mercado interno de mais de 200 milh?es de habitantes. "Queremos discutir onde podemos trabalhar juntos no mercado internacional e como podemos ajudar fazendeiros de ambos os pa?ses a serem mais rent?veis e bem-sucedidos", afirmou ? reportagem o emiss?rio do pa?s para Assuntos de Com?rcio em Agricultura, Mike Petersen.
Para discutir as propostas, o emiss?rio se encontrou com a secret?ria de Rela??es Internacionais do Minist?rio da Agricultura, Tatiana Palermo, na manh? desta segunda-feira, 10. Tamb?m em Bras?lia, Petersen deve participar de audi?ncia p?blica no Senado. Embora n?o integre o governo neozeland?s, o emiss?rio atua em defesa dos interesses de produtores de seu pa?s.
O enviado afirma que a Nova Zel?ndia est? disposta a compartilhar experi?ncias de produ??o que tornaram o pa?s, um pequeno arquip?lago no oceano pac?fico, um dos maiores exportadores de leite e derivados do mundo. "Como n?o temos a mesma dimens?o territorial que o Brasil, desenvolvemos tecnologias que nos tornaram bastante eficientes", conta Petersen. Dentre os conhecimentos, o emiss?rio cita t?cnicas de plantio e de manejo de pastos, desenvolvidas para aumentar a efici?ncia no 1,7 milh?o de hectares em que a atividade leiteira ? praticada.
Em l?cteos, a produtividade da Nova Zel?ndia ? significativamente maior do que a do Brasil. O pa?s produziu 21,7 bilh?es de litros de leite com 5 milh?es de vacas em lacta??o em 2014, enquanto o Brasil precisou de mais de 16 milh?es de cabe?as para os seus 27,4 bilh?es de litros do produto. Os n?meros s?o estimativas da Informa Economics FNP com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE) e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em ingl?s). "A produ??o brasileira em termos absolutos ? muito alta, mas certamente h? espa?o para melhorias", destaca Petersen.
Embora a visita tenha foco na troca de know-how, o emiss?rio est? de olho em oportunidades comerciais e de investimento. "Seria tolo de minha parte afirmar que n?o temos interesse em aumentar o com?rcio com o Brasil, mas estamos fazendo isso de modo diferente agora", afirma. Dito isto, Petersen n?o se refere ?s exporta??es diretas ao Brasil, mas ? parceria corporativa entre a Fonterra e a Nestl?, chamada Dairy Partners Americas, para produzir e atender ? demanda de pa?ses latino-americanos. Neozelandesa, a Fonterra ? a quarta maior companhia do segmento do mundo em faturamento, segundo o Rabobank, e processa mais de 90% do leite captado em seu pa?s. "Pode haver algumas processadoras de menor porte interessadas em vir ao Brasil, mas acho que ? mais prov?vel que seja a Fonterra a agir, e eles j? est?o aqui", disse.
Do ponto de vista dos produtores, Petersen diz que neozelandeses t?m interesse em vir ao Brasil para trabalhar com agricultura, empregando seus sistemas agr?colas tradicionais. "Acredito que isso deve continuar acontecendo, sobretudo com a disponibilidade e os pre?os da terra no Pa?s", explica. Em sua viagem, o enviado especial visitou a fazenda Kiwi Pecu?ria, em Goi?s, que gera a maior parte de sua receita por meio da atividade leiteira e ? administrada por um neozeland?s. Petersen deixa o Pa?s na madrugada desta ter?a-feira, 11, ap?s ter visitado Col?mbia, Costa Rica e Panam? com finalidades similares.
TPP
Al?m de focar na expans?o comercial na Am?rica Latina, Petersen participa ativamente das discuss?es para a Parceria Econ?mica Estrat?gica Trans-Pac?fico (TPP, na sigla em ingl?s), que est? em fase final de negocia??o. Segundo ele, o acordo ainda "n?o ? bom o suficiente" para a Nova Zel?ndia, mas apresenta avan?os. A parceria seria firmada em julho, mas foi adiada por causa de diverg?ncias em algumas quest?es, como o livre com?rcio de l?cteos - principal interesse do pa?s.
"Acredito que os obst?culos podem ser superados, mas isso vai exigir que todos os envolvidos cedam em alguns pontos", disse. Segundo o representante, se quest?es referentes ao com?rcio de autom?veis forem resolvidas, todos os demais temas devem ser acertados e a parceria ser? firmada. "O acordo de l?cteos n?o ? exatamente o que prev?amos no in?cio das negocia??es, mas certamente ? um termo a partir do qual gostar?amos de progredir", diz. Participam da parceria os Estados Unidos, Jap?o, Austr?lia, Canad?, M?xico, Chile, Brunei, Mal?sia, Peru, Cingapura e Vietn?, al?m da Nova Zel?ndia.
Fonte: Milk Point
Para discutir as propostas, o emiss?rio se encontrou com a secret?ria de Rela??es Internacionais do Minist?rio da Agricultura, Tatiana Palermo, na manh? desta segunda-feira, 10. Tamb?m em Bras?lia, Petersen deve participar de audi?ncia p?blica no Senado. Embora n?o integre o governo neozeland?s, o emiss?rio atua em defesa dos interesses de produtores de seu pa?s.
O enviado afirma que a Nova Zel?ndia est? disposta a compartilhar experi?ncias de produ??o que tornaram o pa?s, um pequeno arquip?lago no oceano pac?fico, um dos maiores exportadores de leite e derivados do mundo. "Como n?o temos a mesma dimens?o territorial que o Brasil, desenvolvemos tecnologias que nos tornaram bastante eficientes", conta Petersen. Dentre os conhecimentos, o emiss?rio cita t?cnicas de plantio e de manejo de pastos, desenvolvidas para aumentar a efici?ncia no 1,7 milh?o de hectares em que a atividade leiteira ? praticada.
Em l?cteos, a produtividade da Nova Zel?ndia ? significativamente maior do que a do Brasil. O pa?s produziu 21,7 bilh?es de litros de leite com 5 milh?es de vacas em lacta??o em 2014, enquanto o Brasil precisou de mais de 16 milh?es de cabe?as para os seus 27,4 bilh?es de litros do produto. Os n?meros s?o estimativas da Informa Economics FNP com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE) e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em ingl?s). "A produ??o brasileira em termos absolutos ? muito alta, mas certamente h? espa?o para melhorias", destaca Petersen.
Embora a visita tenha foco na troca de know-how, o emiss?rio est? de olho em oportunidades comerciais e de investimento. "Seria tolo de minha parte afirmar que n?o temos interesse em aumentar o com?rcio com o Brasil, mas estamos fazendo isso de modo diferente agora", afirma. Dito isto, Petersen n?o se refere ?s exporta??es diretas ao Brasil, mas ? parceria corporativa entre a Fonterra e a Nestl?, chamada Dairy Partners Americas, para produzir e atender ? demanda de pa?ses latino-americanos. Neozelandesa, a Fonterra ? a quarta maior companhia do segmento do mundo em faturamento, segundo o Rabobank, e processa mais de 90% do leite captado em seu pa?s. "Pode haver algumas processadoras de menor porte interessadas em vir ao Brasil, mas acho que ? mais prov?vel que seja a Fonterra a agir, e eles j? est?o aqui", disse.
Do ponto de vista dos produtores, Petersen diz que neozelandeses t?m interesse em vir ao Brasil para trabalhar com agricultura, empregando seus sistemas agr?colas tradicionais. "Acredito que isso deve continuar acontecendo, sobretudo com a disponibilidade e os pre?os da terra no Pa?s", explica. Em sua viagem, o enviado especial visitou a fazenda Kiwi Pecu?ria, em Goi?s, que gera a maior parte de sua receita por meio da atividade leiteira e ? administrada por um neozeland?s. Petersen deixa o Pa?s na madrugada desta ter?a-feira, 11, ap?s ter visitado Col?mbia, Costa Rica e Panam? com finalidades similares.
TPP
Al?m de focar na expans?o comercial na Am?rica Latina, Petersen participa ativamente das discuss?es para a Parceria Econ?mica Estrat?gica Trans-Pac?fico (TPP, na sigla em ingl?s), que est? em fase final de negocia??o. Segundo ele, o acordo ainda "n?o ? bom o suficiente" para a Nova Zel?ndia, mas apresenta avan?os. A parceria seria firmada em julho, mas foi adiada por causa de diverg?ncias em algumas quest?es, como o livre com?rcio de l?cteos - principal interesse do pa?s.
"Acredito que os obst?culos podem ser superados, mas isso vai exigir que todos os envolvidos cedam em alguns pontos", disse. Segundo o representante, se quest?es referentes ao com?rcio de autom?veis forem resolvidas, todos os demais temas devem ser acertados e a parceria ser? firmada. "O acordo de l?cteos n?o ? exatamente o que prev?amos no in?cio das negocia??es, mas certamente ? um termo a partir do qual gostar?amos de progredir", diz. Participam da parceria os Estados Unidos, Jap?o, Austr?lia, Canad?, M?xico, Chile, Brunei, Mal?sia, Peru, Cingapura e Vietn?, al?m da Nova Zel?ndia.
Fonte: Milk Point