Novo sal?rio m?nimo de R$ 622,00 impacta no custo de produ??o no campo
1 de setembro de 2020
O novo sal?rio m?nimo de R$ 622,00, que come?ou a valer no dia 1? de janeiro, provoca impacto no custo de produ??o no campo. Mesmo para os Estados que n?o utilizam a refer?ncia nacional, e sim um sal?rio m?nimo regional, a tend?ncia ? de alta nas despesas com m?o de obra. Em S?o Paulo, a escassez de gente para trabalhar no campo est? levando produtores a conceder reajustes acima do que ? definido pelo governo.
No passado, quando a infla??o era alta, o reajuste do sal?rio m?nimo acabava aumentando o consumo dos alimentos. No caso da carne, a demanda tamb?m causava alta no pre?o da arroba do boi. Com a economia estabilizada, a situa??o mudou.
Segundo o analista do Centro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada (Cepea), S?rgio de Zen, os custos com a m?o de obra na pecu?ria, s?o maiores.
? Em 2003, a m?o de obra pesava 12% no custo total. Hoje, pesa 24%. Como foi aumentando o valor do sal?rio m?nimo, o produtor continuou usando este indexador para o sal?rio dos funcion?rios. Ent?o teve cada vez mais o encarecimento da m?o de obra ? explica.
Alguns Estados, como S?o Paulo, n?o usam o sal?rio m?nimo como refer?ncia porque j? adotam o sal?rio m?nimo regional. Mesmo assim, a tend?ncia ? de alta nos custos com a m?o de obra.
O trabalhador rural Juarez dos Reis veio do Paran? com a mulher e quatro filhos. Conseguiu emprego em um s?tio em Sorocaba, no interior de S?o Paulo, onde faz a ordenha das vacas. H? um ano, ganhava R$ 800, em seguida passou para R$ 900 e em dezembro recebeu um novo aumento, para R$ 1 mil por m?s. N?o paga aluguel e tem outros benef?cios.
? Emprego na cidade ? dif?cil, principalmente para uma pessoa que tem que pagar aluguel. E para pagar aluguel, com sal?rio da cidade, n?o compensa. ? melhor ficar na ?rea rural ? diz Reis.
? As crian?as no s?tio crescem mais ? vontade, tem mais sa?de tamb?m. E na cidade temos preocupa??o com escolha, viol?ncia. N?o trocaria o campo pela cidade de jeito nenhum ? afirma Eliana dos Reis, esposa de Juarez.
Junta, a fam?lia Reis tem renda de R$ 1,8 mil por m?s. Para evitar que os funcion?rios voltem para a cidade, o patr?o deles, o produtor de leite Jos? Carlos Rodrigues, acaba pagando mais pela m?o de obra. O reajuste para os empregados no ?ltimo ano chegou a 25%.
? Eu dou casa, ?gua, luz, leite e o que ele ganha no pagamento dele ? livre. Eles podem plantar em volta da casa, tem quintal, casa grande, transporte que leva para escola, tudo por conta da prefeitura ? afirma Rodrigues.
A agr?noma da prefeitura de Sorocaba, Jana?na Tonolli, confirma o aumento dos custos com a m?o de obra.
? Eles t?m que dar um incentivo maior do que a ind?stria. Isso seria a moradia, ?gua, luz e at? cursos. Muitos produtores oferecem cursos na ?rea. Tratoristas, por exemplo, ganham muito bem. Vale a pena investir nessa ?rea, porque se ganha mais que na cidade ? explica Jana?na.
Para o presidente da Sociedade Rural Brasileira, Ces?rio Ramalho, o aumento dos custos acabar? refletindo no pre?o dos produtos.
? Os sal?rios est?o subindo muito al?m da infla??o e isso gera custo. Certamente teremos aumento no pre?o dos produtos finais, apesar de ainda existir muita informalidade e trabalho sem carteira assinada. O fato ? que se trata de um custo novo que se soma ?s despesas que teremos com o novo C?digo Florestal e com a j? conhecida infraestrutura deficiente, que suga a renda do agroneg?cio brasileiro ? avalia Ramalho.
Fonte: Canal Rural
No passado, quando a infla??o era alta, o reajuste do sal?rio m?nimo acabava aumentando o consumo dos alimentos. No caso da carne, a demanda tamb?m causava alta no pre?o da arroba do boi. Com a economia estabilizada, a situa??o mudou.
Segundo o analista do Centro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada (Cepea), S?rgio de Zen, os custos com a m?o de obra na pecu?ria, s?o maiores.
? Em 2003, a m?o de obra pesava 12% no custo total. Hoje, pesa 24%. Como foi aumentando o valor do sal?rio m?nimo, o produtor continuou usando este indexador para o sal?rio dos funcion?rios. Ent?o teve cada vez mais o encarecimento da m?o de obra ? explica.
Alguns Estados, como S?o Paulo, n?o usam o sal?rio m?nimo como refer?ncia porque j? adotam o sal?rio m?nimo regional. Mesmo assim, a tend?ncia ? de alta nos custos com a m?o de obra.
O trabalhador rural Juarez dos Reis veio do Paran? com a mulher e quatro filhos. Conseguiu emprego em um s?tio em Sorocaba, no interior de S?o Paulo, onde faz a ordenha das vacas. H? um ano, ganhava R$ 800, em seguida passou para R$ 900 e em dezembro recebeu um novo aumento, para R$ 1 mil por m?s. N?o paga aluguel e tem outros benef?cios.
? Emprego na cidade ? dif?cil, principalmente para uma pessoa que tem que pagar aluguel. E para pagar aluguel, com sal?rio da cidade, n?o compensa. ? melhor ficar na ?rea rural ? diz Reis.
? As crian?as no s?tio crescem mais ? vontade, tem mais sa?de tamb?m. E na cidade temos preocupa??o com escolha, viol?ncia. N?o trocaria o campo pela cidade de jeito nenhum ? afirma Eliana dos Reis, esposa de Juarez.
Junta, a fam?lia Reis tem renda de R$ 1,8 mil por m?s. Para evitar que os funcion?rios voltem para a cidade, o patr?o deles, o produtor de leite Jos? Carlos Rodrigues, acaba pagando mais pela m?o de obra. O reajuste para os empregados no ?ltimo ano chegou a 25%.
? Eu dou casa, ?gua, luz, leite e o que ele ganha no pagamento dele ? livre. Eles podem plantar em volta da casa, tem quintal, casa grande, transporte que leva para escola, tudo por conta da prefeitura ? afirma Rodrigues.
A agr?noma da prefeitura de Sorocaba, Jana?na Tonolli, confirma o aumento dos custos com a m?o de obra.
? Eles t?m que dar um incentivo maior do que a ind?stria. Isso seria a moradia, ?gua, luz e at? cursos. Muitos produtores oferecem cursos na ?rea. Tratoristas, por exemplo, ganham muito bem. Vale a pena investir nessa ?rea, porque se ganha mais que na cidade ? explica Jana?na.
Para o presidente da Sociedade Rural Brasileira, Ces?rio Ramalho, o aumento dos custos acabar? refletindo no pre?o dos produtos.
? Os sal?rios est?o subindo muito al?m da infla??o e isso gera custo. Certamente teremos aumento no pre?o dos produtos finais, apesar de ainda existir muita informalidade e trabalho sem carteira assinada. O fato ? que se trata de um custo novo que se soma ?s despesas que teremos com o novo C?digo Florestal e com a j? conhecida infraestrutura deficiente, que suga a renda do agroneg?cio brasileiro ? avalia Ramalho.
Fonte: Canal Rural