OIC diz que decis?o do Brasil de aumentar estoques de caf? ? correta
1 de setembro de 2020
A decis?o do Brasil de aumentar os estoques p?blicos de caf? em resposta ? queda dos pre?os mundiais para o produto est? correta, disse nesta quinta-feira o diretor-executivo da Organiza??o Internacional do Caf? (OIC), o brasileiro Rob?rio Oliveira Silva.
No entanto, ele alertou em uma carta publicada ao final da confer?ncia anual da OIC, em Belo Horizonte, que n?o devem ser repetidos os erros do passado que conduziram a um excesso de oferta e a distor??es do mercado.
Os pre?os de refer?ncia do caf? ar?bica ca?ram 30 por cento no ?ltimo ano e est?o em cerca de metade dos registrados em 2011, quando superaram 3 d?lares por libra-peso.
Em agosto, o governo brasileiro anunciou um programa de constru??o de estoques de caf? --contratos de op??o de venda-- para ajudar a sustentar os pre?os, algo semelhante ao feito em 2009, quando as cota??es ca?ram drasticamente.
O governo se ofereceu para comprar 3 milh?es de sacas de caf? em tr?s leil?es diferentes --a primeira parte do programa, para 1 milh?o de sacas, ser? realizada na sexta-feira.
Atualmente, o Brasil tem estoques p?blicos de cerca de 1,6 milh?o de sacas de caf?, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
"Eu acho que o governo brasileiro est? fazendo a coisa certa na constru??o de a??es para regular o fluxo de colheita", disse Silva.
Alguns analistas e autoridades do setor cafeeiro questionam a efic?cia de tais medidas. Analistas dizem que, ao proteger cafeicultores no maior produtor mundial de caf?, o governo faz com que a oferta n?o se alinhe ? demanda, e um excedente ? criado.
Em 2001, os pre?os do caf? ca?ram para 44 centavos de d?lar por libra-peso na bolsa de Nova York, depois que os pa?ses produtores decidiram acabar com um acordo internacional para manter o caf?, limitando as exporta??es para sustentar os pre?os.
Na ?poca o Brasil tinha acumulado grandes estoques de caf?, superiores a 17 milh?es de sacas. O chamado plano de reten??o s? empurrou os pre?os para baixo, dizem muitos analistas.
"Hoje enfrentamos desafios igualmente assustadores que devem ser abordados... N?s n?o olhamos para o nosso passado com nostalgia, para uma era com cotas de exporta??o e de interven??o no mercado", disse Silva em comunicado.
PRODU??O MAIOR
Pelas estimativas da OIC, o mundo vai produzir 144,4 milh?es de sacas de caf? este ano, um aumento de 7,6 por cento ante a ?ltima temporada. Isso supera em muito o crescimento da demanda de pouco mais de 2 por cento ao ano, segundo estimativas da organiza??o.
Quando perguntado se a OIC acreditava que o mundo estava produzindo caf? em n?veis al?m da demanda e, assim correr o risco da gera??o de um excedente, o chefe de opera??es da organiza??o, Mauricio Galindo, disse que "o mercado estava se adaptando aos novos fundamentos de oferta e demanda".
"Podemos esperar que os fluxos de exporta??o sejam um desafio (para os pre?os), mas n?s estamos olhando para a demanda no futuro. O mercado emergente cresceu e representa mais de 50 por cento do consumo global de caf?, e o crescimento da economia dos EUA vai come?ar a voltar", disse ele.
O consumo de caf? dos EUA expandiu 1 por cento este ano e consumo europeu em 0,6 por cento, em compara??o com o consumo dos mercados emergentes, que cresce 4,7 por cento.
"O consumo de caf? no mercado emergente vai colocar press?o sobre o abastecimento do robusta, devido ? demanda por caf? instant?neo", disse Galindo.
Fonte: Campo Vivo
No entanto, ele alertou em uma carta publicada ao final da confer?ncia anual da OIC, em Belo Horizonte, que n?o devem ser repetidos os erros do passado que conduziram a um excesso de oferta e a distor??es do mercado.
Os pre?os de refer?ncia do caf? ar?bica ca?ram 30 por cento no ?ltimo ano e est?o em cerca de metade dos registrados em 2011, quando superaram 3 d?lares por libra-peso.
Em agosto, o governo brasileiro anunciou um programa de constru??o de estoques de caf? --contratos de op??o de venda-- para ajudar a sustentar os pre?os, algo semelhante ao feito em 2009, quando as cota??es ca?ram drasticamente.
O governo se ofereceu para comprar 3 milh?es de sacas de caf? em tr?s leil?es diferentes --a primeira parte do programa, para 1 milh?o de sacas, ser? realizada na sexta-feira.
Atualmente, o Brasil tem estoques p?blicos de cerca de 1,6 milh?o de sacas de caf?, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
"Eu acho que o governo brasileiro est? fazendo a coisa certa na constru??o de a??es para regular o fluxo de colheita", disse Silva.
Alguns analistas e autoridades do setor cafeeiro questionam a efic?cia de tais medidas. Analistas dizem que, ao proteger cafeicultores no maior produtor mundial de caf?, o governo faz com que a oferta n?o se alinhe ? demanda, e um excedente ? criado.
Em 2001, os pre?os do caf? ca?ram para 44 centavos de d?lar por libra-peso na bolsa de Nova York, depois que os pa?ses produtores decidiram acabar com um acordo internacional para manter o caf?, limitando as exporta??es para sustentar os pre?os.
Na ?poca o Brasil tinha acumulado grandes estoques de caf?, superiores a 17 milh?es de sacas. O chamado plano de reten??o s? empurrou os pre?os para baixo, dizem muitos analistas.
"Hoje enfrentamos desafios igualmente assustadores que devem ser abordados... N?s n?o olhamos para o nosso passado com nostalgia, para uma era com cotas de exporta??o e de interven??o no mercado", disse Silva em comunicado.
PRODU??O MAIOR
Pelas estimativas da OIC, o mundo vai produzir 144,4 milh?es de sacas de caf? este ano, um aumento de 7,6 por cento ante a ?ltima temporada. Isso supera em muito o crescimento da demanda de pouco mais de 2 por cento ao ano, segundo estimativas da organiza??o.
Quando perguntado se a OIC acreditava que o mundo estava produzindo caf? em n?veis al?m da demanda e, assim correr o risco da gera??o de um excedente, o chefe de opera??es da organiza??o, Mauricio Galindo, disse que "o mercado estava se adaptando aos novos fundamentos de oferta e demanda".
"Podemos esperar que os fluxos de exporta??o sejam um desafio (para os pre?os), mas n?s estamos olhando para a demanda no futuro. O mercado emergente cresceu e representa mais de 50 por cento do consumo global de caf?, e o crescimento da economia dos EUA vai come?ar a voltar", disse ele.
O consumo de caf? dos EUA expandiu 1 por cento este ano e consumo europeu em 0,6 por cento, em compara??o com o consumo dos mercados emergentes, que cresce 4,7 por cento.
"O consumo de caf? no mercado emergente vai colocar press?o sobre o abastecimento do robusta, devido ? demanda por caf? instant?neo", disse Galindo.
Fonte: Campo Vivo