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Ovinocultores investem na produ??o de carne
O tempo em que a ovinocultura se resumia a uma pequena cria??o destinada ? extra??o de l? e abate para consumo caseiro parece estar ficando para tr?s. Com o aumento da demanda pela carne por consumidores exigentes e o surgimento de frigor?ficos especializados no abate de cordeiros (animais com at? um ano de vida), produtores est?o se profissionalizando e investindo em melhoramento gen?tico, nutri??o, sanidade e gest?o do neg?cio com o objetivo de abocanhar uma fatia deste mercado, hoje abastecido praticamente por importa??es do Uruguai e Nova Zel?ndia.

"De 2005 a 2007 a ovinocultura estourou, mas quem se mant?m at? hoje na atividade teve de se profissionalizar", diz o presidente da Associa??o Paulista de Criadores de Ovinos (Aspaco), Arnaldo dos Santos Vieira Filho. "A ovinocultura atraiu muita gente interessada em ter um giro r?pido, mas, como toda atividade rural comercial, exige dedica??o em tempo integral", diz Vieira Filho, que preside a C?mara Setorial de Caprinos e Ovinos do Estado de S?o Paulo e ? vice-presidente da Associa??o Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco).

Segundo Vieira Filho, embora o Rio Grande do Sul tenha o maior rebanho ovino do Pa?s, S?o Paulo ?, hoje, o polo da gen?tica. "O rebanho paulista, estimado em aproximadamente 500 mil cabe?as, cresceu 97% nos ?ltimos 20 anos. E o produtor est? entendendo que se n?o houver animais melhoradores no plantel, n?o haver? bons cordeiros para o abate." Em S?o Paulo, a m?dia de idade de abate ? de seis meses, mas criat?rios eficientes conseguem abater cordeiros com 90, 100 dias.

"Criar como se fazia antigamente ? invi?vel", diz o produtor Jos? Maur?cio Lima Verde, de Piratininga (SP), que possui rebanho de 300 matrizes. Ele conta que desde 2001 vem investindo na compra de reprodutores de elite. "Al?m disso, temos investido nas pastagens, com aduba??o e irriga??o, o que reduz gastos com ra??o", explica Lima. Segundo a Aspaco, em m?dia, pode-se colocar de 15 a 20 ovelhas por hectare; com manejo intensivo da ?rea, a lota??o pode chegar a 40 animais por hectare. H? cinco anos Lima adotou o confinamento dos animais. "Foi uma evolu??o. Melhora a qualidade do rebanho e forne?o aos frigor?ficos um produto de ponta, ? altura do produto importado."

De olho no mercado, em 2003, o produtor Nelson Varela, de Pedra Bela (SP), trocou a cria??o de gado pela ovinocultura. De l? para c? seu rebanho passou de 200 matrizes para cerca de mil ovelhas das ra?as dorper e santa in?s. No ano passado o produtor abateu 950 cordeiros. "E a procura s? cresce. N?o consigo atender a todos que me ligam em busca de animais", diz. Por isso, pretende, em dois anos, aumentar o plantel para 1.500 matrizes e elevar em 50% a produ??o de cordeiros.

Varela conta que quando come?ou a trabalhar com ovinos investiu em gen?tica, com a compra de bons reprodutores. "Fa?o cruzamentos entre reprodutores da ra?a dorper e matrizes santa in?s. O resultado ? um borrego que rende mais carne", explica.

Profissionalismo

H? 25 anos na atividade, o criador Fernando Gottardi, de Ara?atuba (SP), acredita que o setor est? se profissionalizando, apoiado em uma boa gest?o da propriedade e em investimentos em manejo, sanidade, nutri??o e gen?tica. "Essa ? a base da atividade. Quem est? se mantendo no ramo tem consci?ncia disso", diz o criador, cujo plantel ? de 2 mil animais. Para Gottardi, o fato de a ind?stria ser exigente estimula a profissionaliza??o do produtor.

"A ind?stria adota crit?rios de qualidade e o produtor tem de seguir tais crit?rios. Isso padroniza o abate e torna o setor mais competitivo, porque s? produzindo uma carne de qualidade temos como competir com o produto importado", diz Gottardi, que coordena o projeto de ovinos do Marfrig. "H? oito meses o Marfrig instalou uma unidade de abate exclusiva para cordeiros em Promiss?o (SP). At? agora, j? s?o mais de 100 produtores parceiros. E todos preocupados em produzir com qualidade, porque, do contr?rio, o frigor?fico n?o abate."

Para o respons?vel do projeto de cordeiros do Marfrig, Ricardo Maluf, a demanda por fornecedores mostra o crescimento da atividade. "Estamos sempre buscando novos fornecedores, que atendam aos nossos crit?rios de padroniza??o para a produ??o de uma carne de qualidade diferenciada. O animal precisa ser bem acabado e bem terminado." Em 2009 o frigor?fico abateu 16 mil cordeiros e trabalhou com 96 produtores, de S?o Paulo, Rio Grande do Sul, Paran?, Mato Grosso do Sul, Minas, Goi?s e Mato Grosso.

Maluf explica que o frigor?fico s? abate cordeiros 100% terminados em confinamento. A safra de cordeiro ? de novembro a fevereiro, mas, para ter oferta o ano inteiro, o Marfrig investiu em um confinamento pr?prio, em Getulina (SP), onde s?o mantidos 2 mil cordeiros. "N?o h? volume suficiente para atender a demanda."

"Hoje, a aceita??o da carne ? muito boa e a demanda ? crescente, tanto no mercado interno quanto externo. Temos que crescer de forma organizada e eficiente para atender a essa demanda reprimida", diz Vieira Filho, da Aspaco.



Fonte: Estad?o

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