Pecu?ria teve valores recordes e surpreendeu mercado no ?ltimo ano
1 de setembro de 2020
O ano de 2010 surpreendeu todos os agentes do setor pecu?rio, com pre?os recordes. Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica) mostram que o volume de abate mensal nos primeiros nove meses do ?ltimo ano foi maior que em igual per?odo de 2009. Em mar?o, a diferen?a chegou a 13%, em abril, a 12%, em maio, esteve a 10% e, em setembro, o aumento sobre o mesmo m?s de 2009 foi de apenas 1,16%.
O peso m?dio das carca?as subiu cerca de 2% no primeiro semestre, em julho, estabilizou, e, em agosto e setembro, as carca?as pesaram, em m?dia, 0,5% menos que em igual per?odo do ano anterior. A queda de peso das carca?as no in?cio do segundo semestre indica que o mercado estava absorvendo animais mais leves e isso teria impacto no curto prazo.
Apesar do aumento do volume abatido, a percep??o de agentes de mercado era de oferta enxuta ao longo em 2010, especialmente no segundo semestre, agravada pela estiagem severa no Centro-Sul do pa?s. Essa percep??o, de fato, era corroborada pelos fortes reajustes dos pre?os da arroba e da carne.
Ap?s apura??o de todos os dados de abate durante nove meses, foi constatado que a for?a motriz do mercado foi mesmo a demanda, sobretudo a do brasileiro. Quanto ?s exporta??es, o volume embarcado de janeiro a dezembro de 2010 foi 2,72% maior que o do mesmo per?odo de 2009. A oferta, portanto, foi coadjuvante. Ainda que crescente, aparentava ser pequena, dado o comparativo com o ritmo de vendas.
Com sucessivas altas de maio a novembro, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa acumulou alta de 47,2%, avan?ando de R$ 79,56 para R$ 117,18, sendo este o maior valor da s?rie do Cepea (Centro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada), iniciada em julho de 1997, em termos reais e valores deflacionados pelo IGP-DI. No mesmo per?odo, a carne com osso negociada no atacado da Grande S?o Paulo valorizou 51,4%, considerando-se a carca?a casada de boi. O pre?o m?dio do quilo a prazo passou de R$ 4,86 para R$ 7,36, tamb?m recorde real da s?rie do Cepea iniciada em 2001. Para o traseiro, o ganho foi de 49%, para o dianteiro, de 53% e, para a ponta de agulha, de 60%.
Ap?s os picos em 2010 e 2011, tanto a carne quanto a arroba perderam sustenta??o, voltando a ter alguns reajustes positivos apenas no final da segunda semana de dezembro. Resistentes aos patamares que os pre?os atingiram, especialmente dos cortes menos nobres, consumidores passaram a buscar alternativas, o que acabou motivando, inclusive, forte valoriza??o tamb?m das carnes de frango e su?na. O frango resfriado e a carca?a comum su?na valorizaram 43,8% e 18,8%, respectivamente, no segundo semestre.
Nesse contexto, a cautela dos operadores das duas pontas esteve acentuada. Em grande parte do ano, as cota??es da arroba oscilaram conforme a entrada e sa?da de compradores do mercado. Muitos neg?cios ocorreram basicamente quando havia urg?ncia do comprador ou do vendedor.
A compra de animais de outros estados para abate em S?o Paulo, bem como a escala de animais de confinamentos pr?prios e contratados, seguiram a tend?ncia j? observada em anos anteriores. No entanto, esse volume, acrescido dos arremates no spot, acabou n?o sendo suficiente para preencher as escalas de abate dada a demanda, o que resultou nas sucessivas altas ao longo de meses.
A estiagem nas principais ?reas pecu?rias tamb?m agravou dificuldade de negocia??o de frigor?ficos, ficando marcada na hist?ria de 2010. As condi??es desfavor?veis das pastagens tamb?m interferiram nas negocia??es de reposi??o. Em meados desse ano, a procura por esses animais desaqueceu, principalmente por bezerros.
Fonte: Campo Vivo
O peso m?dio das carca?as subiu cerca de 2% no primeiro semestre, em julho, estabilizou, e, em agosto e setembro, as carca?as pesaram, em m?dia, 0,5% menos que em igual per?odo do ano anterior. A queda de peso das carca?as no in?cio do segundo semestre indica que o mercado estava absorvendo animais mais leves e isso teria impacto no curto prazo.
Apesar do aumento do volume abatido, a percep??o de agentes de mercado era de oferta enxuta ao longo em 2010, especialmente no segundo semestre, agravada pela estiagem severa no Centro-Sul do pa?s. Essa percep??o, de fato, era corroborada pelos fortes reajustes dos pre?os da arroba e da carne.
Ap?s apura??o de todos os dados de abate durante nove meses, foi constatado que a for?a motriz do mercado foi mesmo a demanda, sobretudo a do brasileiro. Quanto ?s exporta??es, o volume embarcado de janeiro a dezembro de 2010 foi 2,72% maior que o do mesmo per?odo de 2009. A oferta, portanto, foi coadjuvante. Ainda que crescente, aparentava ser pequena, dado o comparativo com o ritmo de vendas.
Com sucessivas altas de maio a novembro, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa acumulou alta de 47,2%, avan?ando de R$ 79,56 para R$ 117,18, sendo este o maior valor da s?rie do Cepea (Centro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada), iniciada em julho de 1997, em termos reais e valores deflacionados pelo IGP-DI. No mesmo per?odo, a carne com osso negociada no atacado da Grande S?o Paulo valorizou 51,4%, considerando-se a carca?a casada de boi. O pre?o m?dio do quilo a prazo passou de R$ 4,86 para R$ 7,36, tamb?m recorde real da s?rie do Cepea iniciada em 2001. Para o traseiro, o ganho foi de 49%, para o dianteiro, de 53% e, para a ponta de agulha, de 60%.
Ap?s os picos em 2010 e 2011, tanto a carne quanto a arroba perderam sustenta??o, voltando a ter alguns reajustes positivos apenas no final da segunda semana de dezembro. Resistentes aos patamares que os pre?os atingiram, especialmente dos cortes menos nobres, consumidores passaram a buscar alternativas, o que acabou motivando, inclusive, forte valoriza??o tamb?m das carnes de frango e su?na. O frango resfriado e a carca?a comum su?na valorizaram 43,8% e 18,8%, respectivamente, no segundo semestre.
Nesse contexto, a cautela dos operadores das duas pontas esteve acentuada. Em grande parte do ano, as cota??es da arroba oscilaram conforme a entrada e sa?da de compradores do mercado. Muitos neg?cios ocorreram basicamente quando havia urg?ncia do comprador ou do vendedor.
A compra de animais de outros estados para abate em S?o Paulo, bem como a escala de animais de confinamentos pr?prios e contratados, seguiram a tend?ncia j? observada em anos anteriores. No entanto, esse volume, acrescido dos arremates no spot, acabou n?o sendo suficiente para preencher as escalas de abate dada a demanda, o que resultou nas sucessivas altas ao longo de meses.
A estiagem nas principais ?reas pecu?rias tamb?m agravou dificuldade de negocia??o de frigor?ficos, ficando marcada na hist?ria de 2010. As condi??es desfavor?veis das pastagens tamb?m interferiram nas negocia??es de reposi??o. Em meados desse ano, a procura por esses animais desaqueceu, principalmente por bezerros.
Fonte: Campo Vivo