Peixes redondos despertam interesse, aumentando a produ??o e o consumo no pa?s
1 de setembro de 2020
Tambaqui, pacu, pirapitinga e seus h?bridos s?o considerados esp?cies de r?pido crescimento, h?bito alimentar diversificado, f?cil captura e carne de boa qualidade, contribuindo para uma r?pida popularidade de cultivo.
A produ??o e o consumo de peixes redondos (tambaqui, pirapitinga, pacu e seus h?bridos ? cruzamentos dessas esp?cies) cresceram expressivamente no Brasil nos ?ltimos anos, igualando-se ? produ??o de til?pia, com 198 mil toneladas, no ano passado. Dois principais fatores s?o respons?veis por este aumento: a legisla??o ambiental que pro?be a cria??o de til?pia em alguns estados da regi?o Norte e Centro-Oeste e a retomada da produ??o dos peixes redondos em Rond?nia.
Outros fatores tamb?m contribu?ram para o sucesso dessas esp?cies, como a limita??o da oferta de til?pia, com a escassez h?drica de 2015, no Nordeste e Sudeste, principais regi?es produtoras, e o baixo pre?o do pescado, em geral, para o consumidor se comparados a outras prote?nas, como a de carne bovina. Al?m de o peixe redondo ser uma esp?cie de r?pido crescimento, h?bito alimentar diversificado, f?cil captura e carne de boa qualidade, despertando o interesse de novos produtores.
De acordo com a assessora t?cnica de Aquicultura e Pesca da Confedera??o de Agricultura e Pecu?ria do Brasil (CNA), Lilian Figueiredo, por ser considerada uma esp?cie ex?tica, n?o nativa do pa?s, a til?pia n?o pode ser criada em alguns estados da regi?o Norte e Centro-Oeste, segundo a Portaria N? 145/1998 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov?veis (IBAMA). ?A norma diz que esp?cie n?o pode ser cultivada em regi?es banhadas pela Bacia do Araguaia - Tocantins em raz?o de ferir o ecossistema aqu?tico, sendo uma amea?a ? biodiversidade nativa?, observa. A proibi??o abre espa?o no mercado para outros peixes.
Em rela??o ao incremento da produ??o dos peixes redondos em Rond?nia, a assessora t?cnica explica que investimentos do setor privado e pol?ticas p?blicas de incentivos adotadas pelo estado, com desburocratiza??o e desonera??o do licenciamento ambiental, cr?dito facilitado e redu??o do ICMS do pescado e da ra??o, fizeram do tambaqui, um dos principais peixes nativos da regi?o norte, saltar de 19 mil para 63 mil toneladas, de 2013 para 2014. ?Os principais atrativos para os piscicultores s?o as facilidades de obten??o de peixes juvenis, bom potencial de crescimento, alta rusticidade e grande aceita??o do mercado consumidor?, informa.
O secret?rio-executivo da Associa??o Brasileira de Piscicultura (PeixeBR), Francisco Medeiros, acrescenta que Rond?nia, posicionado como principal estado produtor de peixes redondo do pa?s, se beneficia de seu grande potencial h?drico e da disponibilidade de gr?os para ra??o, a pre?os competitivos em rela??o a Mato Grosso. ?Mato Grosso e Rond?nia juntos respondem por quase 50% da produ??o de peixes dessa esp?cie no pa?s?. Medeiros comenta que s?o considerados grandes produtores os estados de Tocantins, Roraima, Amazonas, Acre e Par?; al?m de uma produ??o significativa no Maranh?o, S?o Paulo, Bahia, Piau? e Mato Grosso do Sul.
Mercado - Dono de frigor?fico em Cuiab?, Sidnei Cordeiro tamb?m comemora a boa fase de expans?o da produ??o do peixe redondo. Para ele, a procura aumenta a cada dia e seu abastecimento cresce em regi?es como Campo Grande e S?o Paulo. ?Vendo mais de 60 toneladas por m?s. Podia duplicar minha demanda, mas infelizmente ainda faltam unidades de processamento e oferta do produto?, registra. E acrescenta: ?Podia expandir meu neg?cio para estados onde o consumo dos peixes redondos vem crescendo muito?.
Divino C?sar dos Santos, piscicultor tamb?m em Cuiab?, cultiva peixes redondos h? 12 anos e rebate o dono do frigor?fico. Ele explica que sua produ??o chega a 200 toneladas ano e poderia crescer mais. ?Sou apenas um, dos milhares de produtores de pescado na regi?o. Peixe n?o falta. O que existe ? uma discuss?o sobre o valor justo a ser pago aos produtores, pelos comerciantes?, diverge. Divino C?sar celebra o aumento do consumo e acredita que o pre?o final do peixe em rela??o a outras prote?nas, principalmente carne bovina, ajuda o produto a ser mais consumido.
Benef?cios da prote?na - Tanto a assessora t?cnica Lilian Figueiredo quanto o secret?rio executivo da PeixeBR Francisco Medeiros acreditam que h? um potencial de crescimento da produ??o de peixe no Brasil devido ao constante aumento da demanda por alimentos nutritivos e saud?veis, entre os quais se incluem o pescado.
O peixe ? um alimento muito nutritivo. Sua composi??o tem 20% de prote?na, al?m de possuir amino?cidos essenciais em quantidades e propor??es ideais para atender ?s necessidades org?nicas. Esses elementos tamb?m s?o imprescind?veis para a sa?de da pele, cabelos e unhas. ?Ainda tem como vantagens adicionais, ser um alimento de f?cil digest?o, ter baixo teor de gordura, com destaque para as gorduras do tipo Omega 3?, explica a nutricionista Priscila Acioli Lima.
A especialista acrescenta que essas gorduras atuam como anti-inflamat?rios que auxiliam na redu??o do risco de doen?as cardiovasculares, na diminui??o do colesterol ruim (LDL), de triglicer?deos e tamb?m facilitam na redu??o da obesidade. Por todos esses benef?cios, a nutricionista recomenda consumir peixe, no m?nimo, duas vezes na semana.
Fonte: Assessoria de Comunica??o CNA
A produ??o e o consumo de peixes redondos (tambaqui, pirapitinga, pacu e seus h?bridos ? cruzamentos dessas esp?cies) cresceram expressivamente no Brasil nos ?ltimos anos, igualando-se ? produ??o de til?pia, com 198 mil toneladas, no ano passado. Dois principais fatores s?o respons?veis por este aumento: a legisla??o ambiental que pro?be a cria??o de til?pia em alguns estados da regi?o Norte e Centro-Oeste e a retomada da produ??o dos peixes redondos em Rond?nia.
Outros fatores tamb?m contribu?ram para o sucesso dessas esp?cies, como a limita??o da oferta de til?pia, com a escassez h?drica de 2015, no Nordeste e Sudeste, principais regi?es produtoras, e o baixo pre?o do pescado, em geral, para o consumidor se comparados a outras prote?nas, como a de carne bovina. Al?m de o peixe redondo ser uma esp?cie de r?pido crescimento, h?bito alimentar diversificado, f?cil captura e carne de boa qualidade, despertando o interesse de novos produtores.
De acordo com a assessora t?cnica de Aquicultura e Pesca da Confedera??o de Agricultura e Pecu?ria do Brasil (CNA), Lilian Figueiredo, por ser considerada uma esp?cie ex?tica, n?o nativa do pa?s, a til?pia n?o pode ser criada em alguns estados da regi?o Norte e Centro-Oeste, segundo a Portaria N? 145/1998 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov?veis (IBAMA). ?A norma diz que esp?cie n?o pode ser cultivada em regi?es banhadas pela Bacia do Araguaia - Tocantins em raz?o de ferir o ecossistema aqu?tico, sendo uma amea?a ? biodiversidade nativa?, observa. A proibi??o abre espa?o no mercado para outros peixes.
Em rela??o ao incremento da produ??o dos peixes redondos em Rond?nia, a assessora t?cnica explica que investimentos do setor privado e pol?ticas p?blicas de incentivos adotadas pelo estado, com desburocratiza??o e desonera??o do licenciamento ambiental, cr?dito facilitado e redu??o do ICMS do pescado e da ra??o, fizeram do tambaqui, um dos principais peixes nativos da regi?o norte, saltar de 19 mil para 63 mil toneladas, de 2013 para 2014. ?Os principais atrativos para os piscicultores s?o as facilidades de obten??o de peixes juvenis, bom potencial de crescimento, alta rusticidade e grande aceita??o do mercado consumidor?, informa.
O secret?rio-executivo da Associa??o Brasileira de Piscicultura (PeixeBR), Francisco Medeiros, acrescenta que Rond?nia, posicionado como principal estado produtor de peixes redondo do pa?s, se beneficia de seu grande potencial h?drico e da disponibilidade de gr?os para ra??o, a pre?os competitivos em rela??o a Mato Grosso. ?Mato Grosso e Rond?nia juntos respondem por quase 50% da produ??o de peixes dessa esp?cie no pa?s?. Medeiros comenta que s?o considerados grandes produtores os estados de Tocantins, Roraima, Amazonas, Acre e Par?; al?m de uma produ??o significativa no Maranh?o, S?o Paulo, Bahia, Piau? e Mato Grosso do Sul.
Mercado - Dono de frigor?fico em Cuiab?, Sidnei Cordeiro tamb?m comemora a boa fase de expans?o da produ??o do peixe redondo. Para ele, a procura aumenta a cada dia e seu abastecimento cresce em regi?es como Campo Grande e S?o Paulo. ?Vendo mais de 60 toneladas por m?s. Podia duplicar minha demanda, mas infelizmente ainda faltam unidades de processamento e oferta do produto?, registra. E acrescenta: ?Podia expandir meu neg?cio para estados onde o consumo dos peixes redondos vem crescendo muito?.
Divino C?sar dos Santos, piscicultor tamb?m em Cuiab?, cultiva peixes redondos h? 12 anos e rebate o dono do frigor?fico. Ele explica que sua produ??o chega a 200 toneladas ano e poderia crescer mais. ?Sou apenas um, dos milhares de produtores de pescado na regi?o. Peixe n?o falta. O que existe ? uma discuss?o sobre o valor justo a ser pago aos produtores, pelos comerciantes?, diverge. Divino C?sar celebra o aumento do consumo e acredita que o pre?o final do peixe em rela??o a outras prote?nas, principalmente carne bovina, ajuda o produto a ser mais consumido.
Benef?cios da prote?na - Tanto a assessora t?cnica Lilian Figueiredo quanto o secret?rio executivo da PeixeBR Francisco Medeiros acreditam que h? um potencial de crescimento da produ??o de peixe no Brasil devido ao constante aumento da demanda por alimentos nutritivos e saud?veis, entre os quais se incluem o pescado.
O peixe ? um alimento muito nutritivo. Sua composi??o tem 20% de prote?na, al?m de possuir amino?cidos essenciais em quantidades e propor??es ideais para atender ?s necessidades org?nicas. Esses elementos tamb?m s?o imprescind?veis para a sa?de da pele, cabelos e unhas. ?Ainda tem como vantagens adicionais, ser um alimento de f?cil digest?o, ter baixo teor de gordura, com destaque para as gorduras do tipo Omega 3?, explica a nutricionista Priscila Acioli Lima.
A especialista acrescenta que essas gorduras atuam como anti-inflamat?rios que auxiliam na redu??o do risco de doen?as cardiovasculares, na diminui??o do colesterol ruim (LDL), de triglicer?deos e tamb?m facilitam na redu??o da obesidade. Por todos esses benef?cios, a nutricionista recomenda consumir peixe, no m?nimo, duas vezes na semana.
Fonte: Assessoria de Comunica??o CNA