Pesquisa diz que Brasil vai consumir mais caf? do que EUA em 2014
1 de setembro de 2020
Neste m?s de agosto, a empresa de pesquisas Euromonitor International, divulgou a informa??o de que o consumo brasileiro de caf? ultrapassaria o do atual campe?o no seguimento, Estados Unidos. Segundo a empresa, o Brasil chegaria a consumir 1,03 milh?o de toneladas de caf? industrializado em 2014, deixando para tr?s seu rival norte-americano.
O n?mero ? confirmado pela Associa??o Brasileira de Ind?stria de Caf? (Abic). Segundo o diretor executivo da institui??o, Nathan Herszkowicz, o consumo nacional de fato deve alcan?ar 1,03 milh?o de toneladas de caf? industrializado em 2014. A Abic, contudo, n?o confirma a chegada do Pa?s ao primeiro lugar do ranking em 2014. ?H? anos o consumo deles estava estagnado e o nosso crescendo, mas agora o consumo dos Estados Unidos passou a crescer tamb?m. Ent?o, n?s n?o podemos dizer que n?s vamos ultrapassa-los?, explica Nathan. A Abic acompanha, para base de compara??o, pesquisas realizadas por institui??es como o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), que espera que o consumo norte-americano de 2014 atinja o recorde de 25,4 milh?es de sacas, 1,8% mais do que na safra anterior, por isso a diferen?a.
O consumo brasileiro monitorado pela Abic vem apresentando outros dados que chamam a aten??o da Associa??o. O consumo dos caf?s de qualidade tem tido desempenho superior ao pr?prio consumo geral. Em 2014, a parcela de caf?s gourmet deve ter incremento de 15%, frente aos 2% a 3% que devem ser conquistados pelo consumo total. ?O setor de caf?s gourmet tem crescido a dois d?gitos h? muito tempo?, relata o diretor da Abic, que conta com 130 marcas registradas como gourmet.
Para gerar informa??es que estimulem o setor e a entrada de caf?s de melhor qualidade, a Abic faz periodicamente pesquisas para acompanhar a import?ncia de cada seguimento de caf?, dentro de supermercados. ?No in?cio dos anos 2000 n?o havia caf?s gourmet nas prateleiras do supermercado?, revela Nathan. A constata??o foi feita pelo Sindicato da Ind?stria de Caf? do Estado de S?o Paulo (Sindicaf? ? SP), em junho de 2000, quando come?ou a ser realizada a pesquisa quinzenal, em 15 supermercados na cidade de S?o Paulo, para acompanhar a entrada de caf?s superiores gourmets nas ?reas de venda.
Hoje, de acordo com Nathan, os n?meros comprovam a melhoria no setor. ?O que a gente percebe ? que os caf?s superiores ocupam, em m?dia de 8 a 9% da ?rea da categoria caf?s?, conta. O diretor compara o consumo de caf? ao de outra bebida que ganhou status por seus seguimentos de qualidade, o vinho, e explica que hoje, s? o programa da Abic conta com 130 marcas registradas como gourmet.
Falta marketing institucional
O tema da estiagem que abateu regi?es produtoras no in?cio do ano n?o deixa de ser abordado em todas as pontas da cadeia. Segundo o economista Jo?o Batista Staut, que trabalha em com?rcio exterior e marketing h? 20 anos e ? s?cio da empresa P&A, ?o sentimento para o ano de 2015 ? de uma safra tamb?m modesta, porque os cafezais sofreram com a seca de janeiro/fevereiro e mar?o. Pouqu?ssimas chuvas em junho. Per?odo de flora??o com profundo d?ficit h?drico?.
O ritmo da procura por mais qualidade, no entanto, n?o deve cair. ?Quanto ao consumo de caf?s especiais, a demanda continua crescente para os bons caf?s brasileiros de preparo muito bem feito. Eu noto que os compradores que come?am a comprar caf?s brasileiros de qualidade tendem a incrementar seu volume de compra ao longo dos anos?, explica Staut, que tem larga experi?ncia em an?lise sensorial de caf? e na ?rea de qualidade e exporta??o do gr?o.
No mercado interno, ele tamb?m nota avan?os. ?Internamente, n?s temos indicativos de que continuam os investimentos, principalmente de produtores em agregar valor aos seus caf?s, at? para torr?-los?, afirma Staut. Ele ressalta a qualidade do gr?o nacional que pode ser utilizado em uma prepara??o de espresso, filtro ou ser mesclado. ?Um caf? flex, pode ter v?rios bons usos. Se a pessoa souber escolher bem o caf? brasileiro ter? um produto bom em suas m?os?, completa.
Contudo, a respeito do marketing brasileiro, a opini?o de Staut ? que ainda deixamos a desejar. ?N?o h? marketing de caf?s institucionais brasileiros, com raras exce??es. O marketing est? parado, apesar de o governo ter recursos espec?ficos para a cafeicultura?, explica.
Nesse sentido, a falta de trabalhos consistentes para incentivar a divulga??o de produtores de qualidade superior ? tida como ponto fr?gil da cadeia nacional. ?Poderia haver um crescimento consider?vel se houvesse um investimento em marketing mostrando ao consumidor esses caf?s melhores?, diz Staut. ?Falta investimento nesse sentido para atrair o consumidor interno aos bons caf?s. O jovem toma caf? hoje e n?o gosta, porque na maioria das vezes tem acesso a um gr?o ruim ou mal torrado. Ele tem tantas op??es de outras bebidas que se voc? oferecer um caf? sem qualidade, ele n?o vai querer?, finaliza Staut, sobre o caminho sem volta na busca do consumidor por qualidade.
Fonte: Caf? Point
O n?mero ? confirmado pela Associa??o Brasileira de Ind?stria de Caf? (Abic). Segundo o diretor executivo da institui??o, Nathan Herszkowicz, o consumo nacional de fato deve alcan?ar 1,03 milh?o de toneladas de caf? industrializado em 2014. A Abic, contudo, n?o confirma a chegada do Pa?s ao primeiro lugar do ranking em 2014. ?H? anos o consumo deles estava estagnado e o nosso crescendo, mas agora o consumo dos Estados Unidos passou a crescer tamb?m. Ent?o, n?s n?o podemos dizer que n?s vamos ultrapassa-los?, explica Nathan. A Abic acompanha, para base de compara??o, pesquisas realizadas por institui??es como o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), que espera que o consumo norte-americano de 2014 atinja o recorde de 25,4 milh?es de sacas, 1,8% mais do que na safra anterior, por isso a diferen?a.
O consumo brasileiro monitorado pela Abic vem apresentando outros dados que chamam a aten??o da Associa??o. O consumo dos caf?s de qualidade tem tido desempenho superior ao pr?prio consumo geral. Em 2014, a parcela de caf?s gourmet deve ter incremento de 15%, frente aos 2% a 3% que devem ser conquistados pelo consumo total. ?O setor de caf?s gourmet tem crescido a dois d?gitos h? muito tempo?, relata o diretor da Abic, que conta com 130 marcas registradas como gourmet.
Para gerar informa??es que estimulem o setor e a entrada de caf?s de melhor qualidade, a Abic faz periodicamente pesquisas para acompanhar a import?ncia de cada seguimento de caf?, dentro de supermercados. ?No in?cio dos anos 2000 n?o havia caf?s gourmet nas prateleiras do supermercado?, revela Nathan. A constata??o foi feita pelo Sindicato da Ind?stria de Caf? do Estado de S?o Paulo (Sindicaf? ? SP), em junho de 2000, quando come?ou a ser realizada a pesquisa quinzenal, em 15 supermercados na cidade de S?o Paulo, para acompanhar a entrada de caf?s superiores gourmets nas ?reas de venda.
Hoje, de acordo com Nathan, os n?meros comprovam a melhoria no setor. ?O que a gente percebe ? que os caf?s superiores ocupam, em m?dia de 8 a 9% da ?rea da categoria caf?s?, conta. O diretor compara o consumo de caf? ao de outra bebida que ganhou status por seus seguimentos de qualidade, o vinho, e explica que hoje, s? o programa da Abic conta com 130 marcas registradas como gourmet.
Falta marketing institucional
O tema da estiagem que abateu regi?es produtoras no in?cio do ano n?o deixa de ser abordado em todas as pontas da cadeia. Segundo o economista Jo?o Batista Staut, que trabalha em com?rcio exterior e marketing h? 20 anos e ? s?cio da empresa P&A, ?o sentimento para o ano de 2015 ? de uma safra tamb?m modesta, porque os cafezais sofreram com a seca de janeiro/fevereiro e mar?o. Pouqu?ssimas chuvas em junho. Per?odo de flora??o com profundo d?ficit h?drico?.
O ritmo da procura por mais qualidade, no entanto, n?o deve cair. ?Quanto ao consumo de caf?s especiais, a demanda continua crescente para os bons caf?s brasileiros de preparo muito bem feito. Eu noto que os compradores que come?am a comprar caf?s brasileiros de qualidade tendem a incrementar seu volume de compra ao longo dos anos?, explica Staut, que tem larga experi?ncia em an?lise sensorial de caf? e na ?rea de qualidade e exporta??o do gr?o.
No mercado interno, ele tamb?m nota avan?os. ?Internamente, n?s temos indicativos de que continuam os investimentos, principalmente de produtores em agregar valor aos seus caf?s, at? para torr?-los?, afirma Staut. Ele ressalta a qualidade do gr?o nacional que pode ser utilizado em uma prepara??o de espresso, filtro ou ser mesclado. ?Um caf? flex, pode ter v?rios bons usos. Se a pessoa souber escolher bem o caf? brasileiro ter? um produto bom em suas m?os?, completa.
Contudo, a respeito do marketing brasileiro, a opini?o de Staut ? que ainda deixamos a desejar. ?N?o h? marketing de caf?s institucionais brasileiros, com raras exce??es. O marketing est? parado, apesar de o governo ter recursos espec?ficos para a cafeicultura?, explica.
Nesse sentido, a falta de trabalhos consistentes para incentivar a divulga??o de produtores de qualidade superior ? tida como ponto fr?gil da cadeia nacional. ?Poderia haver um crescimento consider?vel se houvesse um investimento em marketing mostrando ao consumidor esses caf?s melhores?, diz Staut. ?Falta investimento nesse sentido para atrair o consumidor interno aos bons caf?s. O jovem toma caf? hoje e n?o gosta, porque na maioria das vezes tem acesso a um gr?o ruim ou mal torrado. Ele tem tantas op??es de outras bebidas que se voc? oferecer um caf? sem qualidade, ele n?o vai querer?, finaliza Staut, sobre o caminho sem volta na busca do consumidor por qualidade.
Fonte: Caf? Point