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Planta??o de cana cresce sem desalojar alimento, diz estudo
Cientistas refutam tese de que cultivo de vegetais para fazer biocombust?veis afeta comida; preocupa??o maior ? com encarecimento da terra

A ideia que h? uma guerra por espa?o acontecendo no interior do Brasil entre o plantio de comida e a produ??o de biocombust?veis ? errada, dizem especialistas. A expans?o do cultivo de cana-de-a??car para produzir etanol n?o afetou, at? hoje, ?reas de cultivo de alimentos, segundo os estudos.

"At? aconteceram mudan?as localizadas de cultura, mas no todo n?o foi significativo. Existem 200 milh?es de hectares de pasto no Brasil. N?o s?o os cinco milh?es que a cana ocupa que v?o fazer falta", diz Roberto Schaeffer, especialista em energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autor de um trabalho sobre o assunto na ?ltima edi??o da revista cient?fica "Renewable Energy". O Brasil tem 60 milh?es de hectares dedicados ? agricultura (veja tabela ? direita).

Segundo cientistas como Schaeffer ou Jos? Goldemberg, f?sico da Universidade de S?o Paulo e um dos pais do Pro?lcool (que tamb?m publicou um estudo recentemente sobre o tema na revista "Energy Policy") ? justamente para cima dos pastos -e n?o dos cultivos de alimentos- que a cana avan?a, com algumas exce??es nos anos 1970 e em alguns poucos locais atualmente. Os dados mostram que os plantios de caf?, laranja ou feij?o n?o se alteraram com o crescimento das planta??es de cana mesmo em S?o Paulo, grande produtor nacional de etanol (veja ao lado).

Isso n?o significa que o Brasil esteja produzindo menos carne. Goldemberg lembra que a densidade dos rebanhos vem crescendo. S? entre 2004 e 2005, passou de 128 cabe?as por quil?metro quadrado para 141 nos pastos paulistas. Segundo ele, ainda h? muito espa?o para ganhos em produtividade. Uma efici?ncia maior poderia evitar inclusive que a pecu?ria se expandisse em fun??o do desmate da Amaz?nia, como vem acontecendo no pa?s.

Al?m disso, a produtividade das planta??es da cana vem crescendo com o avan?o da biotecnologia. Ou seja, os produtores podem fazer mais etanol sem aumentar seus plantios.

Mesmo porque o pre?o das terras de algumas regi?es de plantio de cana est? subindo r?pido (Ribeir?o Preto, Franca e Bauru, no interior paulista, por exemplo, tiveram uma valoriza??o de mais de 160% entre 2001 e 2006). O mesmo acontece no norte do Paran?.

Isso pode ser, por?m, um sinal de que plantar est? ficando caro, trazendo risco de aumento no pre?o dos alimentos no supermercado. "H? algum fundamento em ficar preocupado. Hoje n?o h? problema, mas, se as pol?ticas n?o forem apropriadas, em alguns lugares eles podem aparecer. ? bom ficar de olho aberto", diz Schaeffer.



Fonte: Agrolink

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