Poss?veis impactos do novo v?rus da Influenza Avi?ria no setor av?cola
1 de setembro de 2020
Baseada nas notifica??es transmitidas ? Organiza??o Mundial de Sa?de Animal (OIE), a Organiza??o Mundial da Sa?de (OMS) observa que os casos mundiais de Influenza Avi?ria decorrentes do subtipo H5N1 se encontram dentro do n?vel esperado e acrescenta que, com o avan?ar da Primavera no Hemisf?rio Norte o n?mero de ocorr?ncias deve decrescer.
N?o ?, entretanto, o que ocorre com o subtipo H7N9, cuja circula??o na China (e agora j? em Taiwan). Pois ele parece fugir ao padr?o sazonal normal observado em outros surtos de Influenza Avi?ria de Baixa Patogenicidade (IABP) causados nas aves por v?rus do tipo H7. Da? a recomenda??o de que se reforce globalmente a vigil?ncia em torno da Influenza em animais (sobretudo nas aves) e no homem.
E, efetivamente, h? bons motivos para preocupa??o. Pois enquanto em quase 10 anos de casos de Influenza Avi?ria do tipo H5N1foram oficialmente notificadas 628 ocorr?ncias da doen?a em humanos, em cerca de um m?s o H7N9 j? registra 109 casos, n?mero apontado pela OMS na ?ltima sexta-feira, 26 de abril.
? verdade que os casos humanos fatais de H7N9 v?m sendo proporcionalmente menores que os de H5N1. Neste, at? agora, a propor??o ? de 59,5% (374 mortes em 628 casos); no H7N9 est?, por ora, em 20,2% (22 mortes em 109). Mas os desafios agora s?o significativamente maiores, pois enquanto o H5N1 (v?rus de alta patogenicidade) se manifestava claramente nas aves, denunciando sua presen?a no meio ambiente, o H7N9, por ser de baixa patogenicidade, na maioria das vezes passa despercebido na avicultura, o que significa que pode estar se disseminando muito al?m do sudeste asi?tico.
Mas a quest?o principal, at? aqui, ? o n?mero de vidas humanas perdidas em consequ?ncia da infec??o ocasionada pelo v?rus, fato que, em ?ltima inst?ncia, est? levando a popula??o chinesa a uma generalizada redu??o no consumo de carne de frango, ainda que esteja claro (e as autoridades de sa?de insistem em ressaltar esse fato) que a transmiss?o s? ocorre atrav?s do contato direto com aves vivas doentes.
O efeito dessa redu??o ser? a desacelera??o da ind?stria av?cola chinesa, com poss?veis efeitos sobre as importa??es. Neste caso, o que est? sendo previsto ? a redu??o das compras externas n?o s? das carnes av?colas, mas tamb?m de mat?rias-primas como milho e soja. Algo que, se efetivamente ocorrer, deve afetar significativamente as exporta??es brasileiras.
E n?o ? pouco o que est? em jogo. No ano passado, conforme dados da SECEX/MDIC, a China foi a quarta maior importadora da carne de frango do Brasil, gerando receita pr?xima da US$500 milh?es. J? as importa??es de soja brasileira foram muit?ssimo mais representativas: a China foi a principal importadora do Brasil e suas compras ultrapassaram a casa dos US$12 bilh?es. Ou seja: ? torcer para que o atual surto de H7N9 seja rapidamente debelado.
Fonte: Campo Vivo
N?o ?, entretanto, o que ocorre com o subtipo H7N9, cuja circula??o na China (e agora j? em Taiwan). Pois ele parece fugir ao padr?o sazonal normal observado em outros surtos de Influenza Avi?ria de Baixa Patogenicidade (IABP) causados nas aves por v?rus do tipo H7. Da? a recomenda??o de que se reforce globalmente a vigil?ncia em torno da Influenza em animais (sobretudo nas aves) e no homem.
E, efetivamente, h? bons motivos para preocupa??o. Pois enquanto em quase 10 anos de casos de Influenza Avi?ria do tipo H5N1foram oficialmente notificadas 628 ocorr?ncias da doen?a em humanos, em cerca de um m?s o H7N9 j? registra 109 casos, n?mero apontado pela OMS na ?ltima sexta-feira, 26 de abril.
? verdade que os casos humanos fatais de H7N9 v?m sendo proporcionalmente menores que os de H5N1. Neste, at? agora, a propor??o ? de 59,5% (374 mortes em 628 casos); no H7N9 est?, por ora, em 20,2% (22 mortes em 109). Mas os desafios agora s?o significativamente maiores, pois enquanto o H5N1 (v?rus de alta patogenicidade) se manifestava claramente nas aves, denunciando sua presen?a no meio ambiente, o H7N9, por ser de baixa patogenicidade, na maioria das vezes passa despercebido na avicultura, o que significa que pode estar se disseminando muito al?m do sudeste asi?tico.
Mas a quest?o principal, at? aqui, ? o n?mero de vidas humanas perdidas em consequ?ncia da infec??o ocasionada pelo v?rus, fato que, em ?ltima inst?ncia, est? levando a popula??o chinesa a uma generalizada redu??o no consumo de carne de frango, ainda que esteja claro (e as autoridades de sa?de insistem em ressaltar esse fato) que a transmiss?o s? ocorre atrav?s do contato direto com aves vivas doentes.
O efeito dessa redu??o ser? a desacelera??o da ind?stria av?cola chinesa, com poss?veis efeitos sobre as importa??es. Neste caso, o que est? sendo previsto ? a redu??o das compras externas n?o s? das carnes av?colas, mas tamb?m de mat?rias-primas como milho e soja. Algo que, se efetivamente ocorrer, deve afetar significativamente as exporta??es brasileiras.
E n?o ? pouco o que est? em jogo. No ano passado, conforme dados da SECEX/MDIC, a China foi a quarta maior importadora da carne de frango do Brasil, gerando receita pr?xima da US$500 milh?es. J? as importa??es de soja brasileira foram muit?ssimo mais representativas: a China foi a principal importadora do Brasil e suas compras ultrapassaram a casa dos US$12 bilh?es. Ou seja: ? torcer para que o atual surto de H7N9 seja rapidamente debelado.
Fonte: Campo Vivo