Pre?o do caf? conilon supera o do ar?bica no Brasil
1 de setembro de 2020
Indicadores do Cepea registram situa??o pela primeira vez
O pre?o interno do caf? conilon superou o do ar?bica nesta quinta-feira (20/10), fato in?dito na s?rie hist?rica dos indicadores do Centro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada (Cepea). A refer?ncia do conilon, com base no Esp?rito Santo fechou em R$ 518,58 a saca de 60 quilos enquanto o ar?bica, baseado no Estado de S?o Paulo, encerrou a R$ 507,50 a saca.
Os n?meros mostram movimenta??es opostas nos dois indicadores na quinta-feira. O valor para o ar?bica recuou 1% e o do conilon subiu 1,21% no dia. No acumulado do m?s de outubro, o Cepea registra altas de 0,88% no ar?bica e de 12,83% no conilon.
Os diferenciais entre as duas variedades vinham caindo nos ?ltimos meses, principalmente em fun??o do conilon, que registra n?veis recorde de pre?o. A produ??o da variedade foi bastante prejudicada pela forte estiagem no Esp?rito Santo, principal produtor da variedade, e tamb?m em Rond?nia.
Nas lavouras capixabas, o IBGE estima uma produ??o 32,4% menor neste ano, de 304,165 mil toneladas ou 5,069 milh?es de sacas. ?Com a quebra de safra, h? menos produto dispon?vel e h? um efeito direto no pre?o. As duas ?ltimas safras foram muito ruins?, lembra o pesquisador do Cepea, Renato Garcia Ribeiro.
E, depois de duas safras prejudicadas pelo clima, a produ??o da pr?xima tamb?m ? cercada pela incerteza, avalia o pesquisador. As lavouras floresceram, mas as chuvas n?o t?m ocorrido com grande intensidade nas regi?es produtoras. A produ??o a ser colhida a partir de abril e maio de 2017 ainda ? uma inc?gnita.
?Mesmo que haja um cen?rio perfeito de chuvas e tratos culturais, ainda ? uma incerteza porque as lavouras sofreram demais. At? chegar a pr?xima safra, vai ter cada vez menos produto dispon?vel?, diz ele.
Quase toda a produ??o brasileira de caf? conilon ? destinada ao mercado interno, como parte dos blends que chegam ao varejo. A escassez da mat?ria-prima ? fator de preocupa??o para a ind?stria, j? que pressiona custos e pode levar a repasses de pre?os para o consumidor final.
O pesquisador do Cepea lembra que uma alternativa ? refor?ar a presen?a dos ar?bicas no processamento da bebida. Ribeiro acredita que essa situa??o j? refletenos pre?os de caf?s considerados intermedi?rios, cujas diferen?as tamb?m est?o menores em rela??o aos tipos mais finos.
Usando a pr?pria refer?ncia da institui??o, ele explica que, enquanto um ar?bica de melhor qualidade tem m?dia de R$ 507, o gr?o bebida rio j? pode ser encontrado no mercado por R$ 450 a saca de 60 quilos. ?O pr?prio caf? intermedi?rio, que ? de consumo interno, tamb?m tem tido reflexo das cota??es. Mas ? importante destacar que tem um certo limite nessa mistura. Se acabar o conilon, ? preciso ficar atento em como o mercado vai reagir?, diz o pesquisador.
Fonte: Revista Globo Rural
O pre?o interno do caf? conilon superou o do ar?bica nesta quinta-feira (20/10), fato in?dito na s?rie hist?rica dos indicadores do Centro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada (Cepea). A refer?ncia do conilon, com base no Esp?rito Santo fechou em R$ 518,58 a saca de 60 quilos enquanto o ar?bica, baseado no Estado de S?o Paulo, encerrou a R$ 507,50 a saca.
Os n?meros mostram movimenta??es opostas nos dois indicadores na quinta-feira. O valor para o ar?bica recuou 1% e o do conilon subiu 1,21% no dia. No acumulado do m?s de outubro, o Cepea registra altas de 0,88% no ar?bica e de 12,83% no conilon.
Os diferenciais entre as duas variedades vinham caindo nos ?ltimos meses, principalmente em fun??o do conilon, que registra n?veis recorde de pre?o. A produ??o da variedade foi bastante prejudicada pela forte estiagem no Esp?rito Santo, principal produtor da variedade, e tamb?m em Rond?nia.
Nas lavouras capixabas, o IBGE estima uma produ??o 32,4% menor neste ano, de 304,165 mil toneladas ou 5,069 milh?es de sacas. ?Com a quebra de safra, h? menos produto dispon?vel e h? um efeito direto no pre?o. As duas ?ltimas safras foram muito ruins?, lembra o pesquisador do Cepea, Renato Garcia Ribeiro.
E, depois de duas safras prejudicadas pelo clima, a produ??o da pr?xima tamb?m ? cercada pela incerteza, avalia o pesquisador. As lavouras floresceram, mas as chuvas n?o t?m ocorrido com grande intensidade nas regi?es produtoras. A produ??o a ser colhida a partir de abril e maio de 2017 ainda ? uma inc?gnita.
?Mesmo que haja um cen?rio perfeito de chuvas e tratos culturais, ainda ? uma incerteza porque as lavouras sofreram demais. At? chegar a pr?xima safra, vai ter cada vez menos produto dispon?vel?, diz ele.
Quase toda a produ??o brasileira de caf? conilon ? destinada ao mercado interno, como parte dos blends que chegam ao varejo. A escassez da mat?ria-prima ? fator de preocupa??o para a ind?stria, j? que pressiona custos e pode levar a repasses de pre?os para o consumidor final.
O pesquisador do Cepea lembra que uma alternativa ? refor?ar a presen?a dos ar?bicas no processamento da bebida. Ribeiro acredita que essa situa??o j? refletenos pre?os de caf?s considerados intermedi?rios, cujas diferen?as tamb?m est?o menores em rela??o aos tipos mais finos.
Usando a pr?pria refer?ncia da institui??o, ele explica que, enquanto um ar?bica de melhor qualidade tem m?dia de R$ 507, o gr?o bebida rio j? pode ser encontrado no mercado por R$ 450 a saca de 60 quilos. ?O pr?prio caf? intermedi?rio, que ? de consumo interno, tamb?m tem tido reflexo das cota??es. Mas ? importante destacar que tem um certo limite nessa mistura. Se acabar o conilon, ? preciso ficar atento em como o mercado vai reagir?, diz o pesquisador.
Fonte: Revista Globo Rural