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Pre?o do leite no varejo do Brasil ? o mais baixo do mundo
1 de setembro de 2020

Mesmo assim, margem de lucro obtida pelo setor no Pa?s chega a ser 80% mais elevado em produtos como o leite em p?, de acordo com dados da Leite Brasil

O produtor de leite no Brasil segue em uma situa??o bastante complicada, dado a baixa margem de lucro obtida frente ao valor de venda final do produto ao consumidor. Segundo levantamento da Associa??o Brasileira dos Produtores de Leite (Leite Brasil), alguns itens, como o leite em p?, chegam a receber uma margem de lucro superior a 80% nas redes varejistas.


O estudo tamb?m demonstrou que o pre?o do leite no varejo do Brasil est? entre os mais baratos do mundo. Enquanto o valor do leite longa-vida ? cotado a US$ 1 na cidade de S?o Paulo, Pequim na China, figura como a cidade mais cara, vendendo o mesmo produto a US$ 3,76.

Mesmo com o lucro dos varejistas, o presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez, afirma que o pre?o do produto no pa?s ainda ? baixo. "Na cidade de S?o Paulo se paga mais caro em quase tudo, aluguel, transporte, alimenta??o. J? o leite consumido ? um dos mais baratos do mundo. Esse valor est? na contram?o do alto custo de vida dos paulistanos, que hoje vivem na 10? cidade mais cara do mundo", afirmou.


Depois da China, o lugar onde o leite ? mais caro ? T?quio, no Jap?o, com US$ 2,70, e o terceiro ? ocupado por Sydney, na Austr?lia, com US$ 1,83 o litro. Em uma amostragem de 16 cidades importantes dos EUA, 11 delas possuem o litro de leite mais caro que em S?o Paulo. O pre?o mais barato foi encontrado em St. Louis e Cleveland, com US$ 0,91 por litro, e o maior em Honolulu, com US$ 1,90.

"Existe uma s?rie de fatores que influenciam o pre?o do leite e que muda a cada temporada", disse Rubez, salientando que os fatores considerados mais poderosos na forma??o dos pre?os deste alimento s?o a redu??o da oferta de mat?ria-prima, as margens dos supermercados, o custo de produ??o de leite e derivados e a renda do consumidor. A soma destes fatores representa 84% das for?as que influenciam a varia??o dos pre?os. Outras variantes citadas foram estoques, importa??es, pre?os internacionais de l?cteos e de commodities.

"Em cada pa?s, os fatores que pesam no n?vel de pre?os do leite v?m de for?as diferentes, mas os impactos exercidos pelas distor??es nas pol?ticas internas e comerciais s?o muito fortes. Mesmo assim, eles acabam praticando pre?os superiores aos do Brasil", garantiu Rubez.

O presidente da entidade afirmou que apesar dos valores mais baixos no Brasil, os produtores seguem com baixa lucratividade ou nenhuma. Em seu levantamento os dois fatores que limitam o setor ? a margem de lucro dos supermercados, e a falta de uni?o. "As redes varejistas possuem margens muito altas. H? tr?s anos tentamos conversar com eles para entrar em um acordo, eles concordaram, mas n?o cumpriram nada do que aceitaram. E com isso se o produtor elevar a sua margem, junto a margem da industria e do varejo, ficar? muito caro, e o consumo cair?", completou o executivo.

Rubez afirmou que as redes varejistas chegam a colocar uma margem de lucro superior a 80% em alguns itens, como o leite em p?, 61% no leite pasteurizado e 27% no longa vida. "Se o setor fosse unido n?s tentar?amos represar as entregas, deixando um d?ficit. Entretanto os produtores n?o sabem nem a cota??o do dia, imagina se organizar para isso".

Por fim, Rubez afirmou que o consumo de leite no Brasil segue abaixo do que a sugest?o do Minist?rio da Sa?de, e deve fechar o ano com 161 litros por habitante ano, contra os 200 litros sugeridos. J? a produ??o brasileira fechar? com 30 bilh?es de litros.


Argentina

Enquanto o produtor brasileiro briga por pre?os melhores, as importa??es de leite em p? da Argentina continua competindo com nosso produto. Tanto que representantes do setor leiteiro nacional se re?nem nos pr?ximos dias para avaliar a proposta apresentada pelos exportadores argentinos para limita??o volunt?ria dos volumes de leite em p? vendidos ao Brasil. O acordo bilateral entre o setor privado dos dois pa?ses, com aval dos governos, venceu em abril deste ano e n?o foi renovado devido os argentinos terem proposto aumentar a cota de 3,3 mil toneladas mensais para 4,4 mil toneladas.

Vicente Nogueira, coordenador da c?mara do leite da Organiza??o das Cooperativas Brasileiras (OCB), disse que a proposta n?o ? t?o "indecorosa" como a inicial, mas n?o ser? aceita pelo setor privado brasileiro. Os n?meros da Secretaria de Com?rcio Exterior (Secex) mostram que no acumulado at? setembro as importa??es brasileiras de leite em p? cresceram 88% em volume para 65,6 mil toneladas.

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