Pre?os do caf? robusta devem voltar a ter eleva??o em junho
1 de setembro de 2020
Os pre?os do caf? robusta devem voltar a subir a partir do m?s de junho, quando a safra deve voltar aos patamares normais. Em abril de 2009, a m?dia mensal do caf? robusta estava em R$ 200,20 a saca tipo 6 peneira 13, enquanto no mesmo per?odo deste ano os neg?cios foram fechados 21% mais baixos. A safra 2010/2011 apresentou comercializa??o a R$ 155 a saca, e no fim de abril caiu para R$ 145 (o tipo 7/8 bica corrida), queda de R$ 10 por saca.
"Basicamente, ? influ?ncia da cota??o internacional. Com a entrada da atual safra o pre?o caiu", afirmou Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Associa??o Brasileira da Ind?stria do Caf? (Abic). "No entanto, a demanda est? permanente e vem atendendo [ao mercado] interno e externo. A demanda mundial cresce 2% ao ano", acrescenta.
Para Gil Barabach, analista da Safras & Mercado, o pre?o do caf? robusta caiu em fun??o de um aumento na oferta mundial, que agora foi retomado pela produ??o do Vietn?. "Eles [vietnamitas] ? quem ditam o ritmo. Apesar de o pre?o ter ca?do, a renda brasileira se manteve porque o Brasil p?de subir os pre?os", diz.
Segundo o analista, a tend?ncia ? de que o volume da oferta aumente em junho. Por enquanto, a safra nova ? de poucos gr?os, panorama que deve se alterar a partir do pr?ximo m?s.
Herszkowicz ressalta que os produtores do caf? conilon (robusta) ainda t?m lucratividade. "N?o h? nada de anormal com o setor. Os pre?os n?o ficam no pico a vida toda", pontuou.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com a bienalidade positiva do caf?, a safra 2010/2011 deve crescer 19%. Mas o mercado est? otimista e aposta em um crescimento entre 19% e 25%.
"O Pa?s pode colher uma safra [2010/2011] recorde, entre 51,6 a 54,2 milh?es de sacas", disse o analista da Safras. Na temporada 2009/2010, que termina no pr?ximo m?s, a colheita foi de 43,2 milh?es de sacas. O analista atribui o bom cen?rio, al?m da bienalidade, ? contribui??o da chuva. "Apesar do excesso, a chuva foi importante para a produ??o", diz.
Acompanhada pela nova safra est? a exporta??o, que tamb?m ter? aumento. De acordo com Guilherme Braga, diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Caf? do Brasil (CeCaf?), a exporta??o no segundo semestre pode chegar a 17 milh?es de sacas embarcadas. "Neste mesmo per?odo, em 2009, exportamos cerca de um milh?o a menos", afirma.
Otimista, Braga aposta, at? o fim de 2010, em 31 milh?es de sacas exportadas, volume maior que o acumulado dos ?ltimos 12 meses, quando o Pa?s comercializou 29.938.979 sacas de caf?, equivalente ? receita de US$ 4,5 bilh?es. Para o diretor-geral do CeCaf?, o acr?scimo nas vendas para o exterior est? ligado ? produ??o de 47 milh?es de sacas. Esse n?mero aponta aumento de 19,2%, ante as 39,5 milh?es de sacas de 2009. A bienalidade da cultura de caf? ? intercalada entre um ciclo alto e baixo. Se a safra for comparada a 2008, quando a bienalidade tamb?m foi positiva, o crescimento ? de 2,85%.
Produ??o do robusta
O Esp?rito Santo representa mais de 22% da produ??o nacional de caf?, conforme atestou Antonio Joaquim de Souza Neto, presidente da Cooperativa Agr?ria dos Cafeicultores de S?o Gabriel. Na opini?o do produtor, a produ??o de robusta apresentou problema em virtude de tr?s meses (dezembro, janeiro e fevereiro) de seca no fim do ano passado. "Estamos a 200 metros de altitude, ao norte do Esp?rito Santo, onde ? muito quente. Com a falta da chuva, n?o houve enchimento do gr?o, fato que determinou perda de 30% no peso", explicou. Por isso, o presidente disse que s? conseguiu colher 35 sacos de 80 litros, enquanto que o normal ? 45 sacos.
Outro agravante foi ocasionado, segundo Souza Neto, pelo aumento nos custos de produ??o: "A?, pode-se somar m?o de obra mais cara; mais defensivos agr?colas; energia e combust?vel", afirmou o produtor.
O pre?o atual do conillon est? em torno de R$ 156, enquanto o ar?bica (depende da variedade) est? por volta de R$ 213. Souza Neto paga, atualmente, R$ 6 cada por saco de 80 litros.
O caf? tipo ar?bica, que representa 75,1% da produ??o total, est? calculado em 35,3 milh?es de sacas, ante 28,9 milh?es do ?ltimo ano. O crescimento ? de 22,3%. J? o conilon ou robusta t?m ?ndices equivalentes a 11,7 milh?es de sacas.
Fonte: Campo Vivo
"Basicamente, ? influ?ncia da cota??o internacional. Com a entrada da atual safra o pre?o caiu", afirmou Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Associa??o Brasileira da Ind?stria do Caf? (Abic). "No entanto, a demanda est? permanente e vem atendendo [ao mercado] interno e externo. A demanda mundial cresce 2% ao ano", acrescenta.
Para Gil Barabach, analista da Safras & Mercado, o pre?o do caf? robusta caiu em fun??o de um aumento na oferta mundial, que agora foi retomado pela produ??o do Vietn?. "Eles [vietnamitas] ? quem ditam o ritmo. Apesar de o pre?o ter ca?do, a renda brasileira se manteve porque o Brasil p?de subir os pre?os", diz.
Segundo o analista, a tend?ncia ? de que o volume da oferta aumente em junho. Por enquanto, a safra nova ? de poucos gr?os, panorama que deve se alterar a partir do pr?ximo m?s.
Herszkowicz ressalta que os produtores do caf? conilon (robusta) ainda t?m lucratividade. "N?o h? nada de anormal com o setor. Os pre?os n?o ficam no pico a vida toda", pontuou.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com a bienalidade positiva do caf?, a safra 2010/2011 deve crescer 19%. Mas o mercado est? otimista e aposta em um crescimento entre 19% e 25%.
"O Pa?s pode colher uma safra [2010/2011] recorde, entre 51,6 a 54,2 milh?es de sacas", disse o analista da Safras. Na temporada 2009/2010, que termina no pr?ximo m?s, a colheita foi de 43,2 milh?es de sacas. O analista atribui o bom cen?rio, al?m da bienalidade, ? contribui??o da chuva. "Apesar do excesso, a chuva foi importante para a produ??o", diz.
Acompanhada pela nova safra est? a exporta??o, que tamb?m ter? aumento. De acordo com Guilherme Braga, diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Caf? do Brasil (CeCaf?), a exporta??o no segundo semestre pode chegar a 17 milh?es de sacas embarcadas. "Neste mesmo per?odo, em 2009, exportamos cerca de um milh?o a menos", afirma.
Otimista, Braga aposta, at? o fim de 2010, em 31 milh?es de sacas exportadas, volume maior que o acumulado dos ?ltimos 12 meses, quando o Pa?s comercializou 29.938.979 sacas de caf?, equivalente ? receita de US$ 4,5 bilh?es. Para o diretor-geral do CeCaf?, o acr?scimo nas vendas para o exterior est? ligado ? produ??o de 47 milh?es de sacas. Esse n?mero aponta aumento de 19,2%, ante as 39,5 milh?es de sacas de 2009. A bienalidade da cultura de caf? ? intercalada entre um ciclo alto e baixo. Se a safra for comparada a 2008, quando a bienalidade tamb?m foi positiva, o crescimento ? de 2,85%.
Produ??o do robusta
O Esp?rito Santo representa mais de 22% da produ??o nacional de caf?, conforme atestou Antonio Joaquim de Souza Neto, presidente da Cooperativa Agr?ria dos Cafeicultores de S?o Gabriel. Na opini?o do produtor, a produ??o de robusta apresentou problema em virtude de tr?s meses (dezembro, janeiro e fevereiro) de seca no fim do ano passado. "Estamos a 200 metros de altitude, ao norte do Esp?rito Santo, onde ? muito quente. Com a falta da chuva, n?o houve enchimento do gr?o, fato que determinou perda de 30% no peso", explicou. Por isso, o presidente disse que s? conseguiu colher 35 sacos de 80 litros, enquanto que o normal ? 45 sacos.
Outro agravante foi ocasionado, segundo Souza Neto, pelo aumento nos custos de produ??o: "A?, pode-se somar m?o de obra mais cara; mais defensivos agr?colas; energia e combust?vel", afirmou o produtor.
O pre?o atual do conillon est? em torno de R$ 156, enquanto o ar?bica (depende da variedade) est? por volta de R$ 213. Souza Neto paga, atualmente, R$ 6 cada por saco de 80 litros.
O caf? tipo ar?bica, que representa 75,1% da produ??o total, est? calculado em 35,3 milh?es de sacas, ante 28,9 milh?es do ?ltimo ano. O crescimento ? de 22,3%. J? o conilon ou robusta t?m ?ndices equivalentes a 11,7 milh?es de sacas.
Fonte: Campo Vivo