Procaf?: Traqueomicose avan?a em lavouras de caf? conillon no Espirito Santo
1 de setembro de 2020
A traqueomicose, uma doen?a que ataca o tronco de cafeeiros conillon, vem aumentando seu ataque e j? causa preju?zos, matando as plantas em muitas lavouras do Norte do Espirito Santo e ?rea contigua do Sul da Bahia.
Identificada a partir de 2012 em Pirapora-MG e a partir de 2014 na regi?o Norte do ES, a doen?a ganha import?ncia nas regi?es produtores de caf? conillon e j? causa preocupa??o, aos cafeicultores e aos t?cnicos que os assistem.
Ainda existem duvidas, mas, apesar do pouco tempo, j? se aprendeu bastante sobre o comportamento da doen?a. Traqueomicose significa doen?a causada por fungos, que atinge os vasos da planta. No Brasil n?o vinha tendo problemas s?rios com este tipo de doen?a em cafeeiros. At? faz uns 6 anos atr?s era observada, apenas, uma fusariose branda em cafeeiros ar?bica, que ocorre em plantas bem velhas e progride lentamente, sem apresentar problemas de natureza econ?mica significativa.
Os problemas do ataque em troncos de cafeeiros conillon, verificados nos ?ltimos anos, levam ? morte parcial ou de um todo de plantas, sintomas semelhantes ?queles causados pela tem?vel doen?a traqueomicose ou murcha vascular ou CWD (coffee wilt disease), a qual provoca severos preju?zos na cafeicultura de robusta, em diversos pa?ses africanos ? no Congo, em Uganda e Ruanda, sendo causada pelo fungo Fusarium xylarioides ou Gibberella xilarioides, transmitida, de uma planta a outra, pelos utens?lios de poda, como fac?es.
Em visitas a campo, feitas recentemente, nas ?reas de conillon em Aracruz, Linhares e Jaguar?, Norte do ES, foi poss?vel verificar a crescente gravidade de ataque, justamente pelo uso em maior escala de podas em cafeeiros conillon. Observou-se que plantas novas, onde ainda n?o foram feitas podas, a doen?a n?o aparece. J?, nos cafeeiros podados, seja naqueles onde se recepa hastes para a sua troca por novas, seja naqueles onde se faz o corte da ramagem lateral, para a colheita de ramos, as ferramentas(serra ou foicinha) usadas, ao ferir o tronco facilitam a contamina??o, levando o fungo de uma planta doente pra outra sadia. Nesse sentido, pode-se ver, bem no inicio, o desenvolvimento de les?es junto aos ferimentos. Nas mesmas lavouras, logo abaixo dos cafeeiros doentes, mudas que nascem junto a eles ficam sadias, evidenciando que o fungo n?o consegue atacar via ra?zes.
As plantas atacadas mostram, inicialmente, uma ou mais hastes com folhas amareladas, depois segue-se a murcha e seca da copa. Ao se cortar o tronco pode-se ver o tecido dos vasos e lenho escuros.
Outra observa??o interessante foi a de que cafeeiros de certos clones s?o muito suscept?veis, enquanto de outros, ao lado, se mostrar praticamente sem a doen?a. Este ? o caso dos clones LB 1 e P1, muito suscept?veis e do A1, este quase sem ataque.
Quanto ao agente causal, por duas vezes foi identificada a presen?a de Fusarium nos tecidos doentes do tronco, porem ainda n?o se tem uma identifica??o perfeita. Alguns t?cnicos da regi?o levantaram a hip?tese de causa abi?tica, no entanto, as caracter?sticas de ocorr?ncia da doen?a, em apenas parte da planta, de atacar cafeeiros s? depois de iniciadas as podas e, ainda, de ocorrer em plantas de certos clones e de outros n?o, embora vizinhas, d?o certeza da causa bi?tica da doen?a.
Com base nas observa??es feitas podem ser indicadas medidas de preven??o/controle conforme em seguida - 1- Desinfetar as ferramentas usadas para as podas ? Usar ?gua sanit?ria dilu?da em ?gua, podendo-se complementar por desinfec??o de partes podadas 2- Eliminar plantas no inicio da doen?a, quando a planta mostra os sintomas iniciais, para evitar a contamina??o de outras, pelas podas. 3- Replantar plantas que morrem com a doen?a.4- Observar o comportamento de cada clone e usar apenas clones que tenham resist?ncia. 5- Adotar sistemas de manejo com menos podas.(plantios mais juntos, com condu??o de poucas hastes (uma ou duas/pl).
Fonte: Not?cias Agr?colas
Identificada a partir de 2012 em Pirapora-MG e a partir de 2014 na regi?o Norte do ES, a doen?a ganha import?ncia nas regi?es produtores de caf? conillon e j? causa preocupa??o, aos cafeicultores e aos t?cnicos que os assistem.
Ainda existem duvidas, mas, apesar do pouco tempo, j? se aprendeu bastante sobre o comportamento da doen?a. Traqueomicose significa doen?a causada por fungos, que atinge os vasos da planta. No Brasil n?o vinha tendo problemas s?rios com este tipo de doen?a em cafeeiros. At? faz uns 6 anos atr?s era observada, apenas, uma fusariose branda em cafeeiros ar?bica, que ocorre em plantas bem velhas e progride lentamente, sem apresentar problemas de natureza econ?mica significativa.
Os problemas do ataque em troncos de cafeeiros conillon, verificados nos ?ltimos anos, levam ? morte parcial ou de um todo de plantas, sintomas semelhantes ?queles causados pela tem?vel doen?a traqueomicose ou murcha vascular ou CWD (coffee wilt disease), a qual provoca severos preju?zos na cafeicultura de robusta, em diversos pa?ses africanos ? no Congo, em Uganda e Ruanda, sendo causada pelo fungo Fusarium xylarioides ou Gibberella xilarioides, transmitida, de uma planta a outra, pelos utens?lios de poda, como fac?es.
Em visitas a campo, feitas recentemente, nas ?reas de conillon em Aracruz, Linhares e Jaguar?, Norte do ES, foi poss?vel verificar a crescente gravidade de ataque, justamente pelo uso em maior escala de podas em cafeeiros conillon. Observou-se que plantas novas, onde ainda n?o foram feitas podas, a doen?a n?o aparece. J?, nos cafeeiros podados, seja naqueles onde se recepa hastes para a sua troca por novas, seja naqueles onde se faz o corte da ramagem lateral, para a colheita de ramos, as ferramentas(serra ou foicinha) usadas, ao ferir o tronco facilitam a contamina??o, levando o fungo de uma planta doente pra outra sadia. Nesse sentido, pode-se ver, bem no inicio, o desenvolvimento de les?es junto aos ferimentos. Nas mesmas lavouras, logo abaixo dos cafeeiros doentes, mudas que nascem junto a eles ficam sadias, evidenciando que o fungo n?o consegue atacar via ra?zes.
As plantas atacadas mostram, inicialmente, uma ou mais hastes com folhas amareladas, depois segue-se a murcha e seca da copa. Ao se cortar o tronco pode-se ver o tecido dos vasos e lenho escuros.
Outra observa??o interessante foi a de que cafeeiros de certos clones s?o muito suscept?veis, enquanto de outros, ao lado, se mostrar praticamente sem a doen?a. Este ? o caso dos clones LB 1 e P1, muito suscept?veis e do A1, este quase sem ataque.
Quanto ao agente causal, por duas vezes foi identificada a presen?a de Fusarium nos tecidos doentes do tronco, porem ainda n?o se tem uma identifica??o perfeita. Alguns t?cnicos da regi?o levantaram a hip?tese de causa abi?tica, no entanto, as caracter?sticas de ocorr?ncia da doen?a, em apenas parte da planta, de atacar cafeeiros s? depois de iniciadas as podas e, ainda, de ocorrer em plantas de certos clones e de outros n?o, embora vizinhas, d?o certeza da causa bi?tica da doen?a.
Com base nas observa??es feitas podem ser indicadas medidas de preven??o/controle conforme em seguida - 1- Desinfetar as ferramentas usadas para as podas ? Usar ?gua sanit?ria dilu?da em ?gua, podendo-se complementar por desinfec??o de partes podadas 2- Eliminar plantas no inicio da doen?a, quando a planta mostra os sintomas iniciais, para evitar a contamina??o de outras, pelas podas. 3- Replantar plantas que morrem com a doen?a.4- Observar o comportamento de cada clone e usar apenas clones que tenham resist?ncia. 5- Adotar sistemas de manejo com menos podas.(plantios mais juntos, com condu??o de poucas hastes (uma ou duas/pl).
Fonte: Not?cias Agr?colas