Produtor de caf? vai reduzir aduba??o
Com o pre?o dos adubos, fertilizantes e insumos em geral nas alturas, produtores de caf? do Cerrado mineiro pretendem reduzir a aduba??o em 30% neste ano, em rela??o ao normal e ao mais adequado para os cafezais. A decis?o, que deve aliviar o caixa do produtor, por outro lado, pode refletir j? na pr?xima safra, com uma queda na produ??o.
De acordo com informa??es do Conselho das Associa??es de Cafeicultores do Cerrado (Caccer), que engloba 55 munic?pios de Minas Gerais, o efeito da redu??o da safra 2009, que j? ser? naturalmente menor em fun??o do ciclo bianual da cultura, poder? ser ainda mais prejudicial em safras subseq?entes.
?Estamos projetando uma queda entre 20% a 30% na safra, pois o produtor est? descapitalizado e n?o tem como arcar com os altos custos do adubo. Mas,com certeza, isso vai refletir na oferta l? na frente?, afirma o diretor financeiro da Associa??o dos Cafeicultores de Monte Carmelo (Amoca), Helder Bovi.
Segundo ele, somente no ?ltimo ano, o fertilizante subiu 35%. ?E, em 2008, deve terminar da? para cima?, lamenta. De acordo com Bovi, o produtor, que pagava de R$ 900 a R$ 1 mil pela tonelada do adubo em 2007, neste ano, tem que desembolsar entre R$ 1.500 e R$ 1.600 para adquirir a mesma quantia do insumo.
Para adubar um hectare de terra, o cafeicultor gasta em torno de 1,8 tonelada de adubo. ?Na nossa regi?o, as fazendas t?m, em m?dia, 70 hectares. Ent?o, n?o h? outra sa?da sen?o o corte?, lamenta o diretor da Amoca. A produ??o total de Monte Carmelo chega a 30 mil sacas/ano.
Como quem produz menos tamb?m ganha menos, no final das contas, Helder Bovi diz que ? hora de assumir riscos. ?N?o h? outra solu??o para o momento de crise como o atual. Al?m das eleva??es dos valores dos insumos, estamos convivendo com os baixos pre?os pagos atualmente?, reclama. Segundo ele, a saca de caf?, hoje, est? sendo comercializada a R$ 250. Por?m, os custos chegam a R$ 240, e em alguns casos atingem a cifra de R$ 300.
O coordenador da Assessoria T?cnica da Federa??o da Agricultura e Pecu?ria do Estado de Minas Gerais (Faemg), Pierre Vilela, tamb?m faz as contas. ?No ano de 2005, o produtor precisava vender 2,7 sacas de caf? para comprar uma tonelada de fertilizante. Em 2007, eram necess?rias tr?s sacas para adquirir a mesma quantidade de adubo. E neste ano, at? setembro, o montante saltou para 4,2 sacas, o que significa um aumento de 40% em rela??o a 2007?, detalha. Em compara??o com 2005, a alta chega a 56%.
A explica??o para a escalada vem de longa data. ?Com a demanda crescente por alimentos, os pre?os dos insumos subiram mundialmente, e a oferta de fertilizantes n?o foi solucionada, principalmente ? base de pot?ssio e f?sforo. A quest?o da alta do petr?leo tamb?m ajudou a aumentar os valores dos adubos ? base de nitrog?nio. S? que, agora, o petr?leo caiu, o que ainda n?o aconteceu com os fertilizantes?, reclama .
No caso do caf?, ressalta, o problema da n?o utiliza??o do insumo na quantidade recomendada pode ser o empobrecimento do solo. ?Com uma produ??o mais alta neste ano, o cafeicultor est? buscando formas para economizar adubo e impactar o pre?o final do seu produto. Mas a estrat?gia deve ser medida e calculada, pois certamente a safra seguinte ser? prejudicada, alerta o assessor da Faemg.
Fonte: Noticias Agricolas
De acordo com informa??es do Conselho das Associa??es de Cafeicultores do Cerrado (Caccer), que engloba 55 munic?pios de Minas Gerais, o efeito da redu??o da safra 2009, que j? ser? naturalmente menor em fun??o do ciclo bianual da cultura, poder? ser ainda mais prejudicial em safras subseq?entes.
?Estamos projetando uma queda entre 20% a 30% na safra, pois o produtor est? descapitalizado e n?o tem como arcar com os altos custos do adubo. Mas,com certeza, isso vai refletir na oferta l? na frente?, afirma o diretor financeiro da Associa??o dos Cafeicultores de Monte Carmelo (Amoca), Helder Bovi.
Segundo ele, somente no ?ltimo ano, o fertilizante subiu 35%. ?E, em 2008, deve terminar da? para cima?, lamenta. De acordo com Bovi, o produtor, que pagava de R$ 900 a R$ 1 mil pela tonelada do adubo em 2007, neste ano, tem que desembolsar entre R$ 1.500 e R$ 1.600 para adquirir a mesma quantia do insumo.
Para adubar um hectare de terra, o cafeicultor gasta em torno de 1,8 tonelada de adubo. ?Na nossa regi?o, as fazendas t?m, em m?dia, 70 hectares. Ent?o, n?o h? outra sa?da sen?o o corte?, lamenta o diretor da Amoca. A produ??o total de Monte Carmelo chega a 30 mil sacas/ano.
Como quem produz menos tamb?m ganha menos, no final das contas, Helder Bovi diz que ? hora de assumir riscos. ?N?o h? outra solu??o para o momento de crise como o atual. Al?m das eleva??es dos valores dos insumos, estamos convivendo com os baixos pre?os pagos atualmente?, reclama. Segundo ele, a saca de caf?, hoje, est? sendo comercializada a R$ 250. Por?m, os custos chegam a R$ 240, e em alguns casos atingem a cifra de R$ 300.
O coordenador da Assessoria T?cnica da Federa??o da Agricultura e Pecu?ria do Estado de Minas Gerais (Faemg), Pierre Vilela, tamb?m faz as contas. ?No ano de 2005, o produtor precisava vender 2,7 sacas de caf? para comprar uma tonelada de fertilizante. Em 2007, eram necess?rias tr?s sacas para adquirir a mesma quantidade de adubo. E neste ano, at? setembro, o montante saltou para 4,2 sacas, o que significa um aumento de 40% em rela??o a 2007?, detalha. Em compara??o com 2005, a alta chega a 56%.
A explica??o para a escalada vem de longa data. ?Com a demanda crescente por alimentos, os pre?os dos insumos subiram mundialmente, e a oferta de fertilizantes n?o foi solucionada, principalmente ? base de pot?ssio e f?sforo. A quest?o da alta do petr?leo tamb?m ajudou a aumentar os valores dos adubos ? base de nitrog?nio. S? que, agora, o petr?leo caiu, o que ainda n?o aconteceu com os fertilizantes?, reclama .
No caso do caf?, ressalta, o problema da n?o utiliza??o do insumo na quantidade recomendada pode ser o empobrecimento do solo. ?Com uma produ??o mais alta neste ano, o cafeicultor est? buscando formas para economizar adubo e impactar o pre?o final do seu produto. Mas a estrat?gia deve ser medida e calculada, pois certamente a safra seguinte ser? prejudicada, alerta o assessor da Faemg.
Fonte: Noticias Agricolas