Produtores do Esp?rito Santo conseguem fugir de atravessadores
1 de setembro de 2020
Uni?o na hora de vender os produtos reduz caminhos e aumenta o lucro
Contando com quase 70 mil fam?lias cooperadas e tida como um importante polo do cooperativismo no pa?s (conforme mostramos, na edi??o de ontem), a Regi?o das Montanhas Capixabas tamb?m tem ganhado expertise quando o assunto ? unir for?as para driblar atravessadores e aumentar a lucratividade. Somente a Cooperativa dos Agricultores Familiares da Regi?o Serrana (Caf Serrana) j? comercializa mais de 30 toneladas de alimentos, por semana, para mais de mil escolas dos Estados do Esp?rito Santo e Rio de janeiro. A cooperativa re?ne produtores de Santa Maria de Jetib?, Itarana, Itagua?u, Laranja da Terra e Santa Teresa.
Outras cooperativas desenvolvem servi?os parecidos em Domingos Martins e demais munic?pios do Estado. ?Temos grupos organizados para as vendas n?o serem feitas no individualismo. Com a uni?o de for?as, sa?mos do atravessador e alcan?amos mercados governamentais?, explica Valdemar Fligler, 54 anos, gerente e s?cio-fundador da Caf Serrana. Os produtores n?o cooperados reclamam que produto chega a passar por quatro atravessadores antes de chegar ao consumidor final, nos supermercados, reduzindo em at? 80% o lucro de quem produz. ?A? n?o sobra dinheiro nem para bancar os custos da produ??o?, reclama Arnaldo Cosme, 41, produtor de caf? em Domingos Martins.
Na Regi?o das Montanhas, percebemos que o cooperativismo est? presente na vida de todos, dos empregados ao patr?es, do mais simples ao maior produtor, permeando toda a cadeia produtiva. Encontramos, na pequena propriedade da fam?lia Dones, aos p?s da tur?stica Pedra do Garraf?o, um exemplo de sucesso de produ??o de caf?s especiais. Em uma propriedade de pouco mais de dez hectares, Kerlen Dones, 26, e sua cunhada Daniela Schimidt, 17, colhem e despolpam cada saca dos gr?os. O produto ? vendido por at? R$ 600 - cerca de R$ 200 acima do valor de mercado -, justamente devido ?s caracter?sticas clim?ticas locais e ? forma artesanal como o caf? ? trabalhado, dando ? bebida um gosto ?nico. Todo o processo de certifica??o dos gr?os e forma??o das lavouras contou com servi?os cooperativistas. ?? por meio da cooperativa que compramos os insumos e vendemos nossos produtos. Tamb?m ? uma forma de unir a comunidade?, diz Kerlen.
Al?m de melhorar o lucro, o produtor cooperado tem acesso ? assist?ncia t?cnica, insumos mais baratos, cursos de capacita??o e outros benef?cios. Dessa forma, ele melhora a produtividade e a qualidade, com um produto que vale mais no mercado e ? competitivo, explica Esth?rio Colnago, presidente da Organiza??o das Cooperativas Brasileiras (OCB). ?Um dos princ?pios do cooperativismo ? o interesse pela comunidade, ou seja, est? em seu DNA a solidariedade?, completa.
Expectativa
A expectativa da OCB, para os pr?ximos anos ? manter ou diminuir o n?mero de cooperativas, realizando a fus?o de pequenas e aumentando o n?mero de cooperados e de pessoas envolvidas, al?m de continuar expandindo o faturamento e, principalmente, desenvolvendo valor agregado aos produtos j? existentes. ?Tamb?m precisamos levar as vantagens do cooperativismo para outras regi?es, ocupando outros espa?os. Estudos j? mostram que o IDH (?ndice de Desenvolvimento Humano) ? melhor nas cidades onde t?m cooperativas?, completa Esth?rio.
Fonte: A Gazeta
Contando com quase 70 mil fam?lias cooperadas e tida como um importante polo do cooperativismo no pa?s (conforme mostramos, na edi??o de ontem), a Regi?o das Montanhas Capixabas tamb?m tem ganhado expertise quando o assunto ? unir for?as para driblar atravessadores e aumentar a lucratividade. Somente a Cooperativa dos Agricultores Familiares da Regi?o Serrana (Caf Serrana) j? comercializa mais de 30 toneladas de alimentos, por semana, para mais de mil escolas dos Estados do Esp?rito Santo e Rio de janeiro. A cooperativa re?ne produtores de Santa Maria de Jetib?, Itarana, Itagua?u, Laranja da Terra e Santa Teresa.
Outras cooperativas desenvolvem servi?os parecidos em Domingos Martins e demais munic?pios do Estado. ?Temos grupos organizados para as vendas n?o serem feitas no individualismo. Com a uni?o de for?as, sa?mos do atravessador e alcan?amos mercados governamentais?, explica Valdemar Fligler, 54 anos, gerente e s?cio-fundador da Caf Serrana. Os produtores n?o cooperados reclamam que produto chega a passar por quatro atravessadores antes de chegar ao consumidor final, nos supermercados, reduzindo em at? 80% o lucro de quem produz. ?A? n?o sobra dinheiro nem para bancar os custos da produ??o?, reclama Arnaldo Cosme, 41, produtor de caf? em Domingos Martins.
Na Regi?o das Montanhas, percebemos que o cooperativismo est? presente na vida de todos, dos empregados ao patr?es, do mais simples ao maior produtor, permeando toda a cadeia produtiva. Encontramos, na pequena propriedade da fam?lia Dones, aos p?s da tur?stica Pedra do Garraf?o, um exemplo de sucesso de produ??o de caf?s especiais. Em uma propriedade de pouco mais de dez hectares, Kerlen Dones, 26, e sua cunhada Daniela Schimidt, 17, colhem e despolpam cada saca dos gr?os. O produto ? vendido por at? R$ 600 - cerca de R$ 200 acima do valor de mercado -, justamente devido ?s caracter?sticas clim?ticas locais e ? forma artesanal como o caf? ? trabalhado, dando ? bebida um gosto ?nico. Todo o processo de certifica??o dos gr?os e forma??o das lavouras contou com servi?os cooperativistas. ?? por meio da cooperativa que compramos os insumos e vendemos nossos produtos. Tamb?m ? uma forma de unir a comunidade?, diz Kerlen.
Al?m de melhorar o lucro, o produtor cooperado tem acesso ? assist?ncia t?cnica, insumos mais baratos, cursos de capacita??o e outros benef?cios. Dessa forma, ele melhora a produtividade e a qualidade, com um produto que vale mais no mercado e ? competitivo, explica Esth?rio Colnago, presidente da Organiza??o das Cooperativas Brasileiras (OCB). ?Um dos princ?pios do cooperativismo ? o interesse pela comunidade, ou seja, est? em seu DNA a solidariedade?, completa.
Expectativa
A expectativa da OCB, para os pr?ximos anos ? manter ou diminuir o n?mero de cooperativas, realizando a fus?o de pequenas e aumentando o n?mero de cooperados e de pessoas envolvidas, al?m de continuar expandindo o faturamento e, principalmente, desenvolvendo valor agregado aos produtos j? existentes. ?Tamb?m precisamos levar as vantagens do cooperativismo para outras regi?es, ocupando outros espa?os. Estudos j? mostram que o IDH (?ndice de Desenvolvimento Humano) ? melhor nas cidades onde t?m cooperativas?, completa Esth?rio.
Fonte: A Gazeta