Produtores do Sul do Estado apostam no cultivo de abacate
1 de setembro de 2020
Mais de 100 pessoas, entre produtores e t?cnicos rurais, participaram de um dia de campo sobre planta??o de abacate, na propriedade do agricultor Pedro Venturini, na comunidade de Victor Hugo, em Marechal Floriano. H? mais de dez anos ele come?ou a investir em ?reas ociosas de sua propriedade e atualmente comercializa tamb?m para fora do Esp?rito Santo.
Na ocasi?o, a implanta??o de lavouras, variedades, enxertia e mercado foram temas abordados pelo produtor e exportador de abacate h? mais de 40 anos Alberto Falqueto. ?Atualmente o grande mercado consumidor vem do Nordeste Brasileiro, especialmente Fortaleza, Teresina e Juazeiro. N?o ? uma lavoura cara, mas deve-se ter um trato cultural muito especial, principalmente em altitudes acima de mil metros. ? recomendado, portanto, por volta de quatro aduba??es ao ano, por exig?ncia, em terrenos que n?o s?o t?o f?rteis?, explicou.
Para isso, o t?cnico do Incaper local, Ubaldino Saraiva, destacou a import?ncia de ser feita a an?lise de solo nas propriedades. ?? fundamental, devido ?s complexas rea??es que ocorrem no solo. Ela permite uma avalia??o mais eficiente do estado nutricional das lavouras, culminando em poss?veis redirecionamentos do programa de aduba??o. Isso ? poss?vel devido ? estreita rela??o existente entre a produ??o das culturas e o seu teor de nutrientes. Portanto, ? poss?vel saber o PH do solo, carga produtiva, textura, estrutura, suprimento de ?gua ao solo, temperatura e arejamento?.
O exportador ainda contou que a produ??o de abacate ? vari?vel e ?s vezes chega-se a produzir cerca de 60 mil Kg por hectare (ha), por?m nem todos s?o aptos ao com?rcio. Segundo ele, as melhores variedades para o mercado s?o o Margarida, Breda, Reis e Ouro Verde. Com destaque para a primeira das variedades citadas, por ser atualmente ? a mais recomendada para o com?rcio. A Margarida ? uma cultura que possui uma produ??o que vai de 500 metros a 1300 metros. Al?m disso, se autopoliniza - pode-se dar naturalmente atrav?s do vento, da ?gua ou dos animais, ou pode ser realizado intencionalmente pelo homem?.
Ele tamb?m refor?ou que a colheita tardia ? um dos melhores caminhos para o mercado. ?Com um tempo observou-se que os abacates que duravam at? depois do segundo semestre de produ??o ? agosto, setembro e outubro ? tinham um pre?o mais alto de mercado, devido a demanda dos consumidores. O melhor investimento ? no abacate que produz fora do seu pique de safra, que acontece nos meses de junho, julho e agosto. Setembro, outubro e novembro s?o meses onde todos j? terminaram de colher e n?s come?amos, a partir da escolha de variedades que d?o a florada mais tarde e levam mais tempo para amadurecer?, explicou.
Na ocasi?o, o extensionista do Incaper Cesar Abel Krohling refor?ou a import?ncia de uma aduba??o correta para cada tipo de lavoura. ?J? tivemos casos em que, para uma lavoura de caf? que fazia 40 sacas por hectare, o produtor gastou at? 30 mil reais em adubo l?quido. Se eu levar em considera??o um formulado padr?o para a lavoura de caf?, ele pagou quatro vezes mais caro, al?m de levar a defici?ncia das lavouras que geralmente s? pode ser vista ao final da safra. Devemos prezar por uma aduba??o equilibrada, feita junto a um profissional qualificado e em uma propor??o perfeita para cada tipo de solo?, recomendou.
O senhor Venturini apresentou um pouco das suas experi?ncias com o cultivo e os seus resultados. H? aproximadamente dez anos ele tinha um pouco de eucalipto e palmito pupunha em sua propriedade e, sem muitas expectativas, resolveu dar in?cio ? atividade. ?Comecei a visitar a propriedade do Alberto para buscar algumas recomenda??es e logo em seguida, com a ajuda do Incaper, e fui expandindo a minha lavoura. Comecei com a variedade Primavera e atualmente 70% ? de Margarida, que ? a variedade mais explorada por aqui. Vendo para distribuidoras do Estado e da Bahia?.
Os pesquisadores do Incaper H?lcio Costa, doutor em Fitopatologia, e Maur?cio Fornazier, o doutor em entomologia, ministraram a palestra sobre o manejo de pragas e doen?as para produtores de abacate.
?Na regi?o serrana temos apenas uma doen?a chamada verrugosa, conhecida como ferrugem. Nesse caso, o fungo n?o penetra na polpa da fruta, mas prejudica o aspecto est?tico para o mercado. O recomendado, portanto, ? fazer a aplica??o com um produto ? base de cobre ainda quando o fruto estiver bem pequeno. Devem ser no m?ximo duas aplica??es e cada 45 dias. Se n?o chover, n?o precisa pulverizar?, pontuou H?lcio.
Fornazier fez algumas ressalvas a respeito da Broca do Abacate, uma praga acomete variedades mais suscet?veis ? algumas chegam em at? 50% da perda do fruto. ?Por isso ? preciso saber o momento correto de quebrar o ciclo da praga. Pulverizar os p?s de abacate mais altos ? uma m?o de obra muito dif?cil para o produtor. Quando a broca se instala na semente, o fruto entende, fisiologicamente, que j? est? maduro e cai do p?. Nesse caso, o produtor deve adotar um m?todo cultural de controle, recolhendo os frutos, tirando eles da lavoura ou juntando em um pl?stico grosso, amarrando a boca, at? eles apodrecerem para serem usados como mat?ria org?nica?, disse.
O Secret?rio de Agricultura do munic?pio, S?rgio Stein, destacou a import?ncia de a??es como essa para o desenvolvimento da cultura e a qualidade de vida dos produtores. ?Esse dia de campo t? sendo um dos mais din?micos que j? vivenciei. Aqui os produtores est?o se sentindo em casa para trocar as suas experi?ncias. Precisamos de mais momentos assim, que motivam essas pessoas a investir em uma cultura que tem aumentado a renda das fam?lias e ao mesmo tempo tem baixo custo?.
A engenheira agr?noma Graciane Siqueira Corr?a mora em Brejetuba. Ela contou que est? ansiosa para come?ar a investir no cultivo de abacate. ?N?s produzimos caf? e alguns produtores na regi?o j? come?aram a investir na atividade e isso nos chamou muito a aten??o. J? fizemos o enxerto em nossa propriedade, com a ajuda do Incaper local e hoje temos 50 p?s de abacate. Depois conseguimos novas mudas, mas para isso n?s tivemos a ideia de nos unir com outros dez produtores interessados para conseguirmos a um pre?o mais acess?vel?.
O evento contou tamb?m com a participa??o de equipes de diversos escrit?rios locais do Incaper: Pedra Azul, Afonso Cl?udio, Concei??o do Castelo e Venda Nova.
Assessoria de Comunica??o do Incaper
Juliana Esteves - juliana.esteves@incaper.es.gov.br
Luciana Silvestre ? luciana.silvestre@incaper.es.gov.br
Tatiana Caus ? tatiana.souza@incaper.es.gov.br
Vanessa Capucho - vanessa.covosque@incaper.es.gov.br
Texto: Tatiana Caus
Tel.: (27) 3636-9865 / (27) 3636-9868
Twitter: @incaper
Facebook: Incaper
Fonte: SafraES
Na ocasi?o, a implanta??o de lavouras, variedades, enxertia e mercado foram temas abordados pelo produtor e exportador de abacate h? mais de 40 anos Alberto Falqueto. ?Atualmente o grande mercado consumidor vem do Nordeste Brasileiro, especialmente Fortaleza, Teresina e Juazeiro. N?o ? uma lavoura cara, mas deve-se ter um trato cultural muito especial, principalmente em altitudes acima de mil metros. ? recomendado, portanto, por volta de quatro aduba??es ao ano, por exig?ncia, em terrenos que n?o s?o t?o f?rteis?, explicou.
Para isso, o t?cnico do Incaper local, Ubaldino Saraiva, destacou a import?ncia de ser feita a an?lise de solo nas propriedades. ?? fundamental, devido ?s complexas rea??es que ocorrem no solo. Ela permite uma avalia??o mais eficiente do estado nutricional das lavouras, culminando em poss?veis redirecionamentos do programa de aduba??o. Isso ? poss?vel devido ? estreita rela??o existente entre a produ??o das culturas e o seu teor de nutrientes. Portanto, ? poss?vel saber o PH do solo, carga produtiva, textura, estrutura, suprimento de ?gua ao solo, temperatura e arejamento?.
O exportador ainda contou que a produ??o de abacate ? vari?vel e ?s vezes chega-se a produzir cerca de 60 mil Kg por hectare (ha), por?m nem todos s?o aptos ao com?rcio. Segundo ele, as melhores variedades para o mercado s?o o Margarida, Breda, Reis e Ouro Verde. Com destaque para a primeira das variedades citadas, por ser atualmente ? a mais recomendada para o com?rcio. A Margarida ? uma cultura que possui uma produ??o que vai de 500 metros a 1300 metros. Al?m disso, se autopoliniza - pode-se dar naturalmente atrav?s do vento, da ?gua ou dos animais, ou pode ser realizado intencionalmente pelo homem?.
Ele tamb?m refor?ou que a colheita tardia ? um dos melhores caminhos para o mercado. ?Com um tempo observou-se que os abacates que duravam at? depois do segundo semestre de produ??o ? agosto, setembro e outubro ? tinham um pre?o mais alto de mercado, devido a demanda dos consumidores. O melhor investimento ? no abacate que produz fora do seu pique de safra, que acontece nos meses de junho, julho e agosto. Setembro, outubro e novembro s?o meses onde todos j? terminaram de colher e n?s come?amos, a partir da escolha de variedades que d?o a florada mais tarde e levam mais tempo para amadurecer?, explicou.
Na ocasi?o, o extensionista do Incaper Cesar Abel Krohling refor?ou a import?ncia de uma aduba??o correta para cada tipo de lavoura. ?J? tivemos casos em que, para uma lavoura de caf? que fazia 40 sacas por hectare, o produtor gastou at? 30 mil reais em adubo l?quido. Se eu levar em considera??o um formulado padr?o para a lavoura de caf?, ele pagou quatro vezes mais caro, al?m de levar a defici?ncia das lavouras que geralmente s? pode ser vista ao final da safra. Devemos prezar por uma aduba??o equilibrada, feita junto a um profissional qualificado e em uma propor??o perfeita para cada tipo de solo?, recomendou.
O senhor Venturini apresentou um pouco das suas experi?ncias com o cultivo e os seus resultados. H? aproximadamente dez anos ele tinha um pouco de eucalipto e palmito pupunha em sua propriedade e, sem muitas expectativas, resolveu dar in?cio ? atividade. ?Comecei a visitar a propriedade do Alberto para buscar algumas recomenda??es e logo em seguida, com a ajuda do Incaper, e fui expandindo a minha lavoura. Comecei com a variedade Primavera e atualmente 70% ? de Margarida, que ? a variedade mais explorada por aqui. Vendo para distribuidoras do Estado e da Bahia?.
Os pesquisadores do Incaper H?lcio Costa, doutor em Fitopatologia, e Maur?cio Fornazier, o doutor em entomologia, ministraram a palestra sobre o manejo de pragas e doen?as para produtores de abacate.
?Na regi?o serrana temos apenas uma doen?a chamada verrugosa, conhecida como ferrugem. Nesse caso, o fungo n?o penetra na polpa da fruta, mas prejudica o aspecto est?tico para o mercado. O recomendado, portanto, ? fazer a aplica??o com um produto ? base de cobre ainda quando o fruto estiver bem pequeno. Devem ser no m?ximo duas aplica??es e cada 45 dias. Se n?o chover, n?o precisa pulverizar?, pontuou H?lcio.
Fornazier fez algumas ressalvas a respeito da Broca do Abacate, uma praga acomete variedades mais suscet?veis ? algumas chegam em at? 50% da perda do fruto. ?Por isso ? preciso saber o momento correto de quebrar o ciclo da praga. Pulverizar os p?s de abacate mais altos ? uma m?o de obra muito dif?cil para o produtor. Quando a broca se instala na semente, o fruto entende, fisiologicamente, que j? est? maduro e cai do p?. Nesse caso, o produtor deve adotar um m?todo cultural de controle, recolhendo os frutos, tirando eles da lavoura ou juntando em um pl?stico grosso, amarrando a boca, at? eles apodrecerem para serem usados como mat?ria org?nica?, disse.
O Secret?rio de Agricultura do munic?pio, S?rgio Stein, destacou a import?ncia de a??es como essa para o desenvolvimento da cultura e a qualidade de vida dos produtores. ?Esse dia de campo t? sendo um dos mais din?micos que j? vivenciei. Aqui os produtores est?o se sentindo em casa para trocar as suas experi?ncias. Precisamos de mais momentos assim, que motivam essas pessoas a investir em uma cultura que tem aumentado a renda das fam?lias e ao mesmo tempo tem baixo custo?.
A engenheira agr?noma Graciane Siqueira Corr?a mora em Brejetuba. Ela contou que est? ansiosa para come?ar a investir no cultivo de abacate. ?N?s produzimos caf? e alguns produtores na regi?o j? come?aram a investir na atividade e isso nos chamou muito a aten??o. J? fizemos o enxerto em nossa propriedade, com a ajuda do Incaper local e hoje temos 50 p?s de abacate. Depois conseguimos novas mudas, mas para isso n?s tivemos a ideia de nos unir com outros dez produtores interessados para conseguirmos a um pre?o mais acess?vel?.
O evento contou tamb?m com a participa??o de equipes de diversos escrit?rios locais do Incaper: Pedra Azul, Afonso Cl?udio, Concei??o do Castelo e Venda Nova.
Assessoria de Comunica??o do Incaper
Juliana Esteves - juliana.esteves@incaper.es.gov.br
Luciana Silvestre ? luciana.silvestre@incaper.es.gov.br
Tatiana Caus ? tatiana.souza@incaper.es.gov.br
Vanessa Capucho - vanessa.covosque@incaper.es.gov.br
Texto: Tatiana Caus
Tel.: (27) 3636-9865 / (27) 3636-9868
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Fonte: SafraES