Produtores sofrem com preju?zos provocados pela lama em Mariana
1 de setembro de 2020
Trag?dia de Mariana ? uma das maiores cat?strofes ambientais do Brasil.
Agricultores de Minas Gerais e do Esp?rito Santo lamentam as perdas.
A trag?dia de Mariana tomou a propor??o de uma das maiores cat?strofes ambientais do Brasil. Al?m de devastar distritos inteiros, tamb?m provocou preju?zos aos produtores rurais de Minas Gerais e est? levando apreens?o ao Esp?rito Santo.
A lama destruiu mais de mil p?s de pimenta biquinho da associa??o do distrito Bento Rodrigues, formada principalmente por mulheres. Na propriedade de um hectare elas plantavam, colhiam a pimenta e faziam a geleia. Eram produzidos duzentos e cinquenta potes por dia que eram vendidos para sacol?es e supermercados da regi?o. Nove fam?lias viviam da produ??o.
A f?brica ficou de p?, n?o foi atingida pela lama. O problema ? o risco do rompimento de outras duas barragens. Por seguran?a, o pessoal da associa??o nem pode ir ? sede. ?A gente n?o sabe o que vai ser daqui pra frente da associa??o. A gente espera que seja constru?da outra como a gente tinha?, diz Keila Vardela Fialho, presidente da Associa??o de Produtores de Bento Rodrigues.
Camargos ? outro distrito que tamb?m foi atingido pelo mar de lama. Ele fica a seis quil?metros de Bento Rodrigues. Para chegar at? a casa do produtor Geraldo Marcos da Silva o acesso ? dif?cil. Trilha estreita, com muita lama. ? preciso se segurar nas ?rvores e galhos.
Geraldo vai at? a propriedade pelo menos uma vez por dia, para dar comida ? cria??o. Ele perdeu vacas, galinhas e as ferramentas usadas na ro?a, que est?o enterradas na lama.
Cerca de 2.700 hectares foram atingidos em Minas Gerais, segundo a Secretaria de Estado da Agricultura. Mais de 200 propriedades rurais foram afetadas no estado. Ainda n?o d? para calcular o preju?zo. ?? dif?cil falar, ? dif?cil falar, porque acabou minha vida. Era pouquinho, mas eu n?o dependida de ningu?m. Eu tinha minha sobreviv?ncia. Agora eu n?o sei como ? que vai ficar?, lamenta Geraldo Marcos da Silva, agricultor.
A lama desceu das encostas e percorreu cerca de 500 quil?metros em Minas Gerais at? chega ao Esp?rito Santo, em dire??o ao mar.
A ?gua barrenta chegou silenciosa em Aimor?s, divisa de Minas Gerais com Esp?rito Santo. Os sedimentos se deslocaram por debaixo do lago, sem sujar a l?mina d??gua da barragem do munic?pio. Por volta das 8 horas da manh? da ?ltima segunda-feira, as comportas do vertedouro passaram a jorrar o barro que tingiu o rio Doce dali para baixo.
Do alto, a cena estava assim: uma cor no lago, outra j? barrenta no curso natural do rio. Imagens mostram o momento que a lama se misturou ? ?gua.
A lama chegou ao Esp?rito Santo antes do previsto. ?Ela veio de surpresa, surpreendeu todos, at? os bi?logos. Foi at? mesmo um p?nico, porque a gente estava com os barcos no rio, resgatando os peixes. N?o sabia se parava ou se continuava. A gente espera que n?o morram todos os peixes, que consigam sobreviver, mas ? aguardar agora para saber qual ? o tamanho do impacto ambiental?, lamenta Normilda Soares, agende da Defesa Civil de Aimor?s.
A cena foi registrada pelo celular do seu Ideraldo Luiz de Souza, o administrador de uma fazenda com sete mil cabe?as de gado, que dependem exclusivamente da ?gua do rio Doce. Os animais continuam bebendo a ?gua do rio, porque n?o h? alternativa.
Diante das incertezas que vieram junto com a lama, o presidente do Sindicato Rural de Aimor?s, Ant?nio Pedro Serrano, diz que o agricultor n?o teve tempo, nem orienta??o, para tomar qualquer medida preventiva. ?O produtor est? igual cachorro que caiu do caminh?o da mudan?a. Ele n?o sabe o que fazer nem o que vai acontecer?.
Na quarta-feira, a lama cortava a cidade de Colatina, no Esp?rito Santo. A sensa??o era a do encontro de dois rios, o mais claro e o mais escuro. A diferen?a ? que um est? matando o outro.
Em nota, a mineradora Samarco, controlada pela brasileira Vale e pela anglo-australiana BHP, informou que est? prestando assist?ncia ?s propriedades rurais, com atendimento m?dico veterin?rio, alimenta??o e estrutura para resgate de animais. E que trabalha em parceria com ?rg?os p?blicos para recuperar as ?reas atingidas.
Fonte: Globo Rural ES
Agricultores de Minas Gerais e do Esp?rito Santo lamentam as perdas.
A trag?dia de Mariana tomou a propor??o de uma das maiores cat?strofes ambientais do Brasil. Al?m de devastar distritos inteiros, tamb?m provocou preju?zos aos produtores rurais de Minas Gerais e est? levando apreens?o ao Esp?rito Santo.
A lama destruiu mais de mil p?s de pimenta biquinho da associa??o do distrito Bento Rodrigues, formada principalmente por mulheres. Na propriedade de um hectare elas plantavam, colhiam a pimenta e faziam a geleia. Eram produzidos duzentos e cinquenta potes por dia que eram vendidos para sacol?es e supermercados da regi?o. Nove fam?lias viviam da produ??o.
A f?brica ficou de p?, n?o foi atingida pela lama. O problema ? o risco do rompimento de outras duas barragens. Por seguran?a, o pessoal da associa??o nem pode ir ? sede. ?A gente n?o sabe o que vai ser daqui pra frente da associa??o. A gente espera que seja constru?da outra como a gente tinha?, diz Keila Vardela Fialho, presidente da Associa??o de Produtores de Bento Rodrigues.
Camargos ? outro distrito que tamb?m foi atingido pelo mar de lama. Ele fica a seis quil?metros de Bento Rodrigues. Para chegar at? a casa do produtor Geraldo Marcos da Silva o acesso ? dif?cil. Trilha estreita, com muita lama. ? preciso se segurar nas ?rvores e galhos.
Geraldo vai at? a propriedade pelo menos uma vez por dia, para dar comida ? cria??o. Ele perdeu vacas, galinhas e as ferramentas usadas na ro?a, que est?o enterradas na lama.
Cerca de 2.700 hectares foram atingidos em Minas Gerais, segundo a Secretaria de Estado da Agricultura. Mais de 200 propriedades rurais foram afetadas no estado. Ainda n?o d? para calcular o preju?zo. ?? dif?cil falar, ? dif?cil falar, porque acabou minha vida. Era pouquinho, mas eu n?o dependida de ningu?m. Eu tinha minha sobreviv?ncia. Agora eu n?o sei como ? que vai ficar?, lamenta Geraldo Marcos da Silva, agricultor.
A lama desceu das encostas e percorreu cerca de 500 quil?metros em Minas Gerais at? chega ao Esp?rito Santo, em dire??o ao mar.
A ?gua barrenta chegou silenciosa em Aimor?s, divisa de Minas Gerais com Esp?rito Santo. Os sedimentos se deslocaram por debaixo do lago, sem sujar a l?mina d??gua da barragem do munic?pio. Por volta das 8 horas da manh? da ?ltima segunda-feira, as comportas do vertedouro passaram a jorrar o barro que tingiu o rio Doce dali para baixo.
Do alto, a cena estava assim: uma cor no lago, outra j? barrenta no curso natural do rio. Imagens mostram o momento que a lama se misturou ? ?gua.
A lama chegou ao Esp?rito Santo antes do previsto. ?Ela veio de surpresa, surpreendeu todos, at? os bi?logos. Foi at? mesmo um p?nico, porque a gente estava com os barcos no rio, resgatando os peixes. N?o sabia se parava ou se continuava. A gente espera que n?o morram todos os peixes, que consigam sobreviver, mas ? aguardar agora para saber qual ? o tamanho do impacto ambiental?, lamenta Normilda Soares, agende da Defesa Civil de Aimor?s.
A cena foi registrada pelo celular do seu Ideraldo Luiz de Souza, o administrador de uma fazenda com sete mil cabe?as de gado, que dependem exclusivamente da ?gua do rio Doce. Os animais continuam bebendo a ?gua do rio, porque n?o h? alternativa.
Diante das incertezas que vieram junto com a lama, o presidente do Sindicato Rural de Aimor?s, Ant?nio Pedro Serrano, diz que o agricultor n?o teve tempo, nem orienta??o, para tomar qualquer medida preventiva. ?O produtor est? igual cachorro que caiu do caminh?o da mudan?a. Ele n?o sabe o que fazer nem o que vai acontecer?.
Na quarta-feira, a lama cortava a cidade de Colatina, no Esp?rito Santo. A sensa??o era a do encontro de dois rios, o mais claro e o mais escuro. A diferen?a ? que um est? matando o outro.
Em nota, a mineradora Samarco, controlada pela brasileira Vale e pela anglo-australiana BHP, informou que est? prestando assist?ncia ?s propriedades rurais, com atendimento m?dico veterin?rio, alimenta??o e estrutura para resgate de animais. E que trabalha em parceria com ?rg?os p?blicos para recuperar as ?reas atingidas.
Fonte: Globo Rural ES