Projeto Biomas: Preserva??o, manejo correto e uso sustent?vel da arvore na propriedade rural
1 de setembro de 2020
Mata Atl?ntica apresenta uma variedade de forma??es e engloba um diversificado conjunto de ecossistemas florestais com estrutura e composi??es bastante diferenciadas, acompanhando as caracter?sticas clim?ticas da regi?o onde ocorre. Nesta sexta-feira (27) ? celebrado o Dia Nacional da Mata Atl?ntica e a Confedera??o da Agricultura e Pecu?ria do Brasil (CNA) defende a import?ncia deste bioma e tamb?m alerta sobre a preserva??o e seu correto manejo.
E, para auxiliar o produtor, a CNA e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu?ria (Embrapa) desenvolveram o projeto Biomas/Mata Atl?ntica, que pesquisa formas sustent?veis de utilizar a ?rvore dentro da propriedade rural. O objetivo principal do projeto ? avaliar e testar modelos que incluem a ?rvore como componente nos sistemas de produ??o, restaura??o e composi??o na propriedade rural, aliando renda e preserva??o.
A ?rea experimental de 35 hectares, aproximadamente, localizada no estado do Esp?rito Santo, est? praticamente preenchida com diferentes pesquisas, abrigando experimentos nas ?reas em recupera??o compostas por ?reas de preserva??o permanente, reserva legal e sistema de produ??o. E, com o objetivo de promover pesquisas, foi criada uma rede envolvendo 61 pesquisadores de diferentes institui??es.
Para a coordenadora do projeto Biomas/Mata Atl?ntica, Fabiana Ruas, a ideia ? plantar em ?reas mais degradadas e comparar a evolu??o, crescimento e adaptabilidade das plantas. ?Se conseguirmos provar que, de acordo com a esp?cie e manejo utilizados, as ?rvores se desenvolveram em terreno de baixa fertilidade, o produtor rural ter? grande chance de investir e ter sucesso?, avalia a pesquisadora.
Mais informa??es sobre o Projeto Biomas ? Mata Atl?ntica: www.projetobiomas.com.br
Conhe?a abaixo um pouco mais sobre este bioma
SERGIPE
Sergipe conta hoje com 43 munic?pios que possuem o bioma Mata Atl?ntica. Segundo o bi?logo Paulo C?sar Umbelino, os ecossistemas inclu?dos no bioma s?o: floresta estacional semidec?dual; mata de restinga arbustivo-arb?rea; lagoas perenes; matas ciliares; manguezais; restinga arbustivo densa (moitas); floresta ombr?fila densa; montanas; psam?filas repitantes, dunas e cord?es litor?neos.
O maior remanescente de Mata Atl?ntica do estado, o Ref?gio de Vida Silvestre Mata do Junco, est? localizado no munic?pio de Capela, a 67 quil?metros da capital sergipana, com ?rea total de 894,76 hectares. Criado elo Decreto 24.944, de 26 de dezembro de 2007, o Ref?gio tem o objetivo de proteger a vegeta??o nativa da Mata Atl?ntica, bioma enquadrado entre os 34 hotspots mundiais, ou seja, ecossistemas com elevada biodiversidade e que sofrem severa destrui??o, correndo o risco iminente de desaparecerem.
H? na Mata do Junco, a presen?a de uma das esp?cies de primatas mais amea?adas de extin??o do Brasil, o Callicebus Coimbrai, conhecido como macaco guig?. No plano de manejo do Ref?gio, em sua caracteriza??o flor?stica, registrou-se a ocorr?ncia de 100 esp?cies, distribu?das em 74 g?neros e 37 fam?lias, predominando as fam?lias Poaceae, Cyperaceae, Myrtaceae, Fabaceae, Asteraceae e Rubiaceae.
Com rela??o ? fauna, foram registradas a ocorr?ncia de 23 esp?cies de mam?feros, 20 de anf?bios, 18 de r?pteis, 23 de mam?feros e 134 de aves. Al?m das esp?cies da flora e fauna encontradas, o Ref?gio protege o principal manancial de abastecimento p?blico da cidade de Capela - o riacho Lagartixo, atributo que refor?a a sua import?ncia, enquanto mantenedor de bens e servi?os ambientais.
RIO DE JANEIRO
Abrangendo nove munic?pios do Sul Fluminense e uma ?rea de 195 mil hectares, o Corredor de Biodiversidade Tingu? ? Bocaina, est? localizado no ponto mais cr?tico de fragmenta??o, onde se rompe a maior extens?o cont?nua de Mata Atl?ntica do pa?s. ? exatamente nesta regi?o que se encontram as nascentes que abastecem perto de 8 milh?es de pessoas na regi?o metropolitana do Rio de Janeiro.
Para reverter este quadro est? sendo executado um programa de conserva??o do Corredor desde 2009, tendo implementado mais de 100.000 hectares de unidades de conserva??o e 1.000 hectares de ?reas de restaura??o.
O Programa gera centenas de empregos, pequenos neg?cios, educa??o ambiental e desenvolvimento rural. Dentre as v?rias atividades atende ao Banco de ?reas para Restaura??o Florestal - que cadastra propriedades que disponibilizam ?reas voluntariamente, e que por esse motivo, al?m de preservar, futuramente receber?o uma remunera??o por meio de pagamento por servi?os ambientais.
ESP?RITO SANTO
Em Jaguar?, no litoral norte do Esp?rito Santo, no C?rrego Ab?bora, o agricultor e ex-presidente do Sindicato Rural de Jaguar?, Jos? Silvano Bizi, desenvolve, h? 16 anos, o projeto Japira-Jaguar? que consiste na recupera??o da Mata Atl?ntica na propriedade Fazenda Bizi. A iniciativa surgiu com o pai de Silvano, o tamb?m agricultor, Jos? Lino Bizi, que tinha como prop?sito ?devolver? ? natureza parte do que havia explorado. A fazenda possui uma ?rea de 200 hectares, sendo que 48 hectares de Mata Atl?ntica e 10% da ?rea total est? sendo recuperada a partir do projeto.
Segundo Silvano, a proposta de recupera??o da ?rea de Mata Atl?ntica na Fazenda tamb?m foi influenciada pela vontade do pai em recuperar as nascentes para as futuras gera??es da fam?lia. ?Meu pai se preocupava para que os netos e bisnetos tivessem a oportunidade de conhecer a fauna e flora da nossa regi?o?, conta. Atualmente o projeto ? administrado pela pr?pria fam?lia.
O produtor pretende expandir o projeto com o isolamento da ?rea, deixando a mata se recuperar naturalmente. Exemplo de preserva??o no munic?pio de Jaguar?, Silvano acredita que a realidade que o pa?s vive de desmatamento e queimadas pode ser mudada com um trabalho intenso de conscientiza??o nas escolas e comunidades, acompanhamento e puni??o aos infratores.
BAHIA
Em 1971 quando chegou no munic?pio de Itabuna, localizado no sul da Bahia, para passar um per?odo de dois anos ? frente das fazendas de cacau da fam?lia da esposa, Fernando Botelho mal sabia que ali nasceria uma nova paix?o. Engenheiro mec?nico de profiss?o, Botelho come?ou a implantar tecnologias na administra??o dos neg?cios e assim conseguiu aumentar significativamente a produtividade de cacau nas fazendas, ?Nessa ?poca demos inicio ao cultivo do cacau todo pautado no sistema Cabruca, sempre preservando a Mata Atl?ntica. Me apaixonei por essa cultura e aqui estou at? hoje?, afirmou.
A cidade de Barro Preto, onde Fernando Botelho tem a Fazenda S?o Jos?, j? chegou a ser considerada segundo a SOS Mata Atl?ntica, a cidade mais preservacionista da Bahia e a segunda do Brasil. Mas infelizmente esse panorama mudou e Mata Atl?ntica na Bahia vem sendo agredida, principalmente no Sul do estado. Ao longo dos anos, as planta??es de cacau vem sendo destru?das devido a baixa produtividade decorrente da vassoura de bruxa, o que tem levado ? transforma??o de fazendas de cacau em pecu?ria. O que era Mata Atl?ntica est? virando pasto. Preocupado, Botelho destaca a import?ncia do bioma para a regi?o. ?A Mata Atl?ntica ? fundamental para a produ??o baiana, exercendo uma influ?ncia muito grande no clima da regi?o, al?m de garantir o equil?brio ecol?gico da fauna e flora de toda a Bahia.?
Em busca de solu??es, h? 15 anos, o produtor criou a Cooperativa dos Produtores Org?nicos do Sul da Bahia, e tornou org?nica a sua Fazenda S?o Jos?. Hoje, Botelho se orgulha de ser um dos pioneiros na fabrica??o de chocolate org?nico. H? quatro anos, junto com a esposa ?urea Maria Viana Lima e a filha Patricia, expandiram a produ??o, e criaram o Modaka Cacau Gourmet, totalmente certificado pelo IBD. Todos os produtos, sem gl?ten e sem lactose, s?o feitos artesanalmente a partir de am?ndoas 100% org?nicas, cultivadas e selecionadas pela fam?lia Viana Lima no santu?rio ecol?gico da Mata Atl?ntica. ?A Mata Atl?ntica est? na minha hist?ria de vida representada pelo cacau Cabruca. Trabalhei muito para isso e h? mais de 10 anos a primeira vis?o que tenho todos os dias ao acordar, ? essa linda cultura de cacau. Essa mata invade o meu cora??o e fico muito feliz de produzir contribui para a preserva??o de um dos bens mais preciosos da natureza?.
Assessoria de Comunica??o CNA, com participa??o das Federa??es dos Estados de Sergipe, Rio de Janeiro, Bahia e Esp?rito Santo.
E, para auxiliar o produtor, a CNA e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu?ria (Embrapa) desenvolveram o projeto Biomas/Mata Atl?ntica, que pesquisa formas sustent?veis de utilizar a ?rvore dentro da propriedade rural. O objetivo principal do projeto ? avaliar e testar modelos que incluem a ?rvore como componente nos sistemas de produ??o, restaura??o e composi??o na propriedade rural, aliando renda e preserva??o.
A ?rea experimental de 35 hectares, aproximadamente, localizada no estado do Esp?rito Santo, est? praticamente preenchida com diferentes pesquisas, abrigando experimentos nas ?reas em recupera??o compostas por ?reas de preserva??o permanente, reserva legal e sistema de produ??o. E, com o objetivo de promover pesquisas, foi criada uma rede envolvendo 61 pesquisadores de diferentes institui??es.
Para a coordenadora do projeto Biomas/Mata Atl?ntica, Fabiana Ruas, a ideia ? plantar em ?reas mais degradadas e comparar a evolu??o, crescimento e adaptabilidade das plantas. ?Se conseguirmos provar que, de acordo com a esp?cie e manejo utilizados, as ?rvores se desenvolveram em terreno de baixa fertilidade, o produtor rural ter? grande chance de investir e ter sucesso?, avalia a pesquisadora.
Mais informa??es sobre o Projeto Biomas ? Mata Atl?ntica: www.projetobiomas.com.br
Conhe?a abaixo um pouco mais sobre este bioma
SERGIPE
Sergipe conta hoje com 43 munic?pios que possuem o bioma Mata Atl?ntica. Segundo o bi?logo Paulo C?sar Umbelino, os ecossistemas inclu?dos no bioma s?o: floresta estacional semidec?dual; mata de restinga arbustivo-arb?rea; lagoas perenes; matas ciliares; manguezais; restinga arbustivo densa (moitas); floresta ombr?fila densa; montanas; psam?filas repitantes, dunas e cord?es litor?neos.
O maior remanescente de Mata Atl?ntica do estado, o Ref?gio de Vida Silvestre Mata do Junco, est? localizado no munic?pio de Capela, a 67 quil?metros da capital sergipana, com ?rea total de 894,76 hectares. Criado elo Decreto 24.944, de 26 de dezembro de 2007, o Ref?gio tem o objetivo de proteger a vegeta??o nativa da Mata Atl?ntica, bioma enquadrado entre os 34 hotspots mundiais, ou seja, ecossistemas com elevada biodiversidade e que sofrem severa destrui??o, correndo o risco iminente de desaparecerem.
H? na Mata do Junco, a presen?a de uma das esp?cies de primatas mais amea?adas de extin??o do Brasil, o Callicebus Coimbrai, conhecido como macaco guig?. No plano de manejo do Ref?gio, em sua caracteriza??o flor?stica, registrou-se a ocorr?ncia de 100 esp?cies, distribu?das em 74 g?neros e 37 fam?lias, predominando as fam?lias Poaceae, Cyperaceae, Myrtaceae, Fabaceae, Asteraceae e Rubiaceae.
Com rela??o ? fauna, foram registradas a ocorr?ncia de 23 esp?cies de mam?feros, 20 de anf?bios, 18 de r?pteis, 23 de mam?feros e 134 de aves. Al?m das esp?cies da flora e fauna encontradas, o Ref?gio protege o principal manancial de abastecimento p?blico da cidade de Capela - o riacho Lagartixo, atributo que refor?a a sua import?ncia, enquanto mantenedor de bens e servi?os ambientais.
RIO DE JANEIRO
Abrangendo nove munic?pios do Sul Fluminense e uma ?rea de 195 mil hectares, o Corredor de Biodiversidade Tingu? ? Bocaina, est? localizado no ponto mais cr?tico de fragmenta??o, onde se rompe a maior extens?o cont?nua de Mata Atl?ntica do pa?s. ? exatamente nesta regi?o que se encontram as nascentes que abastecem perto de 8 milh?es de pessoas na regi?o metropolitana do Rio de Janeiro.
Para reverter este quadro est? sendo executado um programa de conserva??o do Corredor desde 2009, tendo implementado mais de 100.000 hectares de unidades de conserva??o e 1.000 hectares de ?reas de restaura??o.
O Programa gera centenas de empregos, pequenos neg?cios, educa??o ambiental e desenvolvimento rural. Dentre as v?rias atividades atende ao Banco de ?reas para Restaura??o Florestal - que cadastra propriedades que disponibilizam ?reas voluntariamente, e que por esse motivo, al?m de preservar, futuramente receber?o uma remunera??o por meio de pagamento por servi?os ambientais.
ESP?RITO SANTO
Em Jaguar?, no litoral norte do Esp?rito Santo, no C?rrego Ab?bora, o agricultor e ex-presidente do Sindicato Rural de Jaguar?, Jos? Silvano Bizi, desenvolve, h? 16 anos, o projeto Japira-Jaguar? que consiste na recupera??o da Mata Atl?ntica na propriedade Fazenda Bizi. A iniciativa surgiu com o pai de Silvano, o tamb?m agricultor, Jos? Lino Bizi, que tinha como prop?sito ?devolver? ? natureza parte do que havia explorado. A fazenda possui uma ?rea de 200 hectares, sendo que 48 hectares de Mata Atl?ntica e 10% da ?rea total est? sendo recuperada a partir do projeto.
Segundo Silvano, a proposta de recupera??o da ?rea de Mata Atl?ntica na Fazenda tamb?m foi influenciada pela vontade do pai em recuperar as nascentes para as futuras gera??es da fam?lia. ?Meu pai se preocupava para que os netos e bisnetos tivessem a oportunidade de conhecer a fauna e flora da nossa regi?o?, conta. Atualmente o projeto ? administrado pela pr?pria fam?lia.
O produtor pretende expandir o projeto com o isolamento da ?rea, deixando a mata se recuperar naturalmente. Exemplo de preserva??o no munic?pio de Jaguar?, Silvano acredita que a realidade que o pa?s vive de desmatamento e queimadas pode ser mudada com um trabalho intenso de conscientiza??o nas escolas e comunidades, acompanhamento e puni??o aos infratores.
BAHIA
Em 1971 quando chegou no munic?pio de Itabuna, localizado no sul da Bahia, para passar um per?odo de dois anos ? frente das fazendas de cacau da fam?lia da esposa, Fernando Botelho mal sabia que ali nasceria uma nova paix?o. Engenheiro mec?nico de profiss?o, Botelho come?ou a implantar tecnologias na administra??o dos neg?cios e assim conseguiu aumentar significativamente a produtividade de cacau nas fazendas, ?Nessa ?poca demos inicio ao cultivo do cacau todo pautado no sistema Cabruca, sempre preservando a Mata Atl?ntica. Me apaixonei por essa cultura e aqui estou at? hoje?, afirmou.
A cidade de Barro Preto, onde Fernando Botelho tem a Fazenda S?o Jos?, j? chegou a ser considerada segundo a SOS Mata Atl?ntica, a cidade mais preservacionista da Bahia e a segunda do Brasil. Mas infelizmente esse panorama mudou e Mata Atl?ntica na Bahia vem sendo agredida, principalmente no Sul do estado. Ao longo dos anos, as planta??es de cacau vem sendo destru?das devido a baixa produtividade decorrente da vassoura de bruxa, o que tem levado ? transforma??o de fazendas de cacau em pecu?ria. O que era Mata Atl?ntica est? virando pasto. Preocupado, Botelho destaca a import?ncia do bioma para a regi?o. ?A Mata Atl?ntica ? fundamental para a produ??o baiana, exercendo uma influ?ncia muito grande no clima da regi?o, al?m de garantir o equil?brio ecol?gico da fauna e flora de toda a Bahia.?
Em busca de solu??es, h? 15 anos, o produtor criou a Cooperativa dos Produtores Org?nicos do Sul da Bahia, e tornou org?nica a sua Fazenda S?o Jos?. Hoje, Botelho se orgulha de ser um dos pioneiros na fabrica??o de chocolate org?nico. H? quatro anos, junto com a esposa ?urea Maria Viana Lima e a filha Patricia, expandiram a produ??o, e criaram o Modaka Cacau Gourmet, totalmente certificado pelo IBD. Todos os produtos, sem gl?ten e sem lactose, s?o feitos artesanalmente a partir de am?ndoas 100% org?nicas, cultivadas e selecionadas pela fam?lia Viana Lima no santu?rio ecol?gico da Mata Atl?ntica. ?A Mata Atl?ntica est? na minha hist?ria de vida representada pelo cacau Cabruca. Trabalhei muito para isso e h? mais de 10 anos a primeira vis?o que tenho todos os dias ao acordar, ? essa linda cultura de cacau. Essa mata invade o meu cora??o e fico muito feliz de produzir contribui para a preserva??o de um dos bens mais preciosos da natureza?.
Assessoria de Comunica??o CNA, com participa??o das Federa??es dos Estados de Sergipe, Rio de Janeiro, Bahia e Esp?rito Santo.