Pr?xima safra de caf? vai ser menor, mas de pre?os altos
1 de setembro de 2020
Impactado por um m?s de outubro de seca nas regi?es produtoras, o pr?ximo ciclo de alta do caf?, entre julho de 2012 e junho de 2013, pode ser menor do que o anterior, sendo produzido no Brasil algo entre 52 e 55 milh?es de sacas. Mas o pre?o dessa commodity, que se mant?m aquecido por diversos fatores, entre os quais est? a forte demanda mundial, deve garantir o crescimento da rentabilidade do setor.
Estimativas de mercado indicavam neste ano que a pr?xima safra de caf? poderia ser excepcional, com at? 60 milh?es de sacas. A falta de chuva, por?m, atrapalhou a produ??o no cerrado mineiro e na mogiana paulista e causou atrasos da florada do gr?o, contrariando as expectativas iniciais. "O potencial produtivo da lavoura ficou comprometido. A safra ainda vai ser grande, mas n?o ser? uma supersafra", afirmou o analista Gil Barabach, da Safras & Mercado.
Quanto ? safra atual (2011/2012), a consultoria prev? que fechar? com 47 milh?es de sacas. Antes de setembro, quando terminou a colheita, o pre?o da medida j? estava acima de R$ 500, o que revela a firmeza do mercado. "Na metade de 2010, o pre?o da saca estava abaixo de R$ 300. Em 2011, houve alta e acomoda??o da produ??o, mas ainda assim os pre?os se mantiveram pelo menos R$ 100 acima dos do ano anterior", observou Barabach.
No primeiro semestre deste ano, durante a entressafra, a saca custava R$ 565. Depois do pico produtivo de maio, quando os pre?os costumam cair devido ? oferta, essa queda n?o foi como se esperava. "O mercado indicava uma redu??o de pre?os", disse o analista, mas o menor n?vel do ano ficou entre R$ 430 e R$ 435 por saca. "A queda de pre?os foi atenuada."
No ?ltimo ciclo de alta do caf?, entre 2010 e 2011, a produ??o ficou em 54 milh?es de sacas. O volume representava uma safra recorde, que, segundo Barabach, se prolongou para o ano seguinte, "consolidando o quadro positivo". Na melhor das hip?teses, a pr?xima colheita superar? esta marca; por?m, devido ?s adversidades clim?ticas que atrasaram a forma??o do gr?o, h? risco de a safra ser menor - embora os pre?os tendam a garantir a rentabilidade dos produtores rurais.
Exporta??es
A grande incerteza atual do setor se refere ? crise internacional, ou ? "inc?gnita financeira", como disse o especialista da Safras & Mercado. Uma ruptura na zona do euro pode provocar uma queda abrupta de consumo de caf?, como j? vem acontecendo no leste da Europa, al?m da fuga de investidores dessa commodity. Contudo, as exporta??es v?o de vento em popa, favorecidas por tr?s anos de baixa produtiva na Col?mbia, o maior concorrente externo do Brasil nessa ?rea.
"Estamos aproveitando o espa?o deixado pela Col?mbia para nos consolidar no mercado de caf? com alto valor agregado", afirmou Barabach. Ou seja, na escassez do produto colombiano, que geralmente tem qualidade elevada, os produtores brasileiros t?m-se ocupado em preencher a demanda por caf?s especiais.
De acordo com o Conselho dos Exportadores de Caf? do Brasil (CeCaf?), as exporta??es do gr?o do Brasil fecharam os onze meses de 2011 (janeiro a novembro) com uma receita cambial 59% maior do que a registrada no mesmo per?odo de 2010 - US$ 7,8 bilh?es, contra US$ 4,9 bilh?es - e 30,4 milh?es de sacas exportadas. Em novembro, a receita cambial (US$ 834,9 milh?es) foi 34,6% superior ? do mesmo m?s no ano passado (US$ 620,4 milh?es).
"A receita cambial esperada para 2011 ? de US$ 8,4 bilh?es, 48% maior que a de 2010, apesar de o volume esperado ser praticamente o mesmo do ano passado. A raz?o que contribuiu para este resultado foram os pre?os, que se mantiveram em patamares mais altos", disse o diretor-geral do CeCaf?, Guilherme Braga.
Fonte: DCI - Di?rio do Com?rcio & Ind?stria
Estimativas de mercado indicavam neste ano que a pr?xima safra de caf? poderia ser excepcional, com at? 60 milh?es de sacas. A falta de chuva, por?m, atrapalhou a produ??o no cerrado mineiro e na mogiana paulista e causou atrasos da florada do gr?o, contrariando as expectativas iniciais. "O potencial produtivo da lavoura ficou comprometido. A safra ainda vai ser grande, mas n?o ser? uma supersafra", afirmou o analista Gil Barabach, da Safras & Mercado.
Quanto ? safra atual (2011/2012), a consultoria prev? que fechar? com 47 milh?es de sacas. Antes de setembro, quando terminou a colheita, o pre?o da medida j? estava acima de R$ 500, o que revela a firmeza do mercado. "Na metade de 2010, o pre?o da saca estava abaixo de R$ 300. Em 2011, houve alta e acomoda??o da produ??o, mas ainda assim os pre?os se mantiveram pelo menos R$ 100 acima dos do ano anterior", observou Barabach.
No primeiro semestre deste ano, durante a entressafra, a saca custava R$ 565. Depois do pico produtivo de maio, quando os pre?os costumam cair devido ? oferta, essa queda n?o foi como se esperava. "O mercado indicava uma redu??o de pre?os", disse o analista, mas o menor n?vel do ano ficou entre R$ 430 e R$ 435 por saca. "A queda de pre?os foi atenuada."
No ?ltimo ciclo de alta do caf?, entre 2010 e 2011, a produ??o ficou em 54 milh?es de sacas. O volume representava uma safra recorde, que, segundo Barabach, se prolongou para o ano seguinte, "consolidando o quadro positivo". Na melhor das hip?teses, a pr?xima colheita superar? esta marca; por?m, devido ?s adversidades clim?ticas que atrasaram a forma??o do gr?o, h? risco de a safra ser menor - embora os pre?os tendam a garantir a rentabilidade dos produtores rurais.
Exporta??es
A grande incerteza atual do setor se refere ? crise internacional, ou ? "inc?gnita financeira", como disse o especialista da Safras & Mercado. Uma ruptura na zona do euro pode provocar uma queda abrupta de consumo de caf?, como j? vem acontecendo no leste da Europa, al?m da fuga de investidores dessa commodity. Contudo, as exporta??es v?o de vento em popa, favorecidas por tr?s anos de baixa produtiva na Col?mbia, o maior concorrente externo do Brasil nessa ?rea.
"Estamos aproveitando o espa?o deixado pela Col?mbia para nos consolidar no mercado de caf? com alto valor agregado", afirmou Barabach. Ou seja, na escassez do produto colombiano, que geralmente tem qualidade elevada, os produtores brasileiros t?m-se ocupado em preencher a demanda por caf?s especiais.
De acordo com o Conselho dos Exportadores de Caf? do Brasil (CeCaf?), as exporta??es do gr?o do Brasil fecharam os onze meses de 2011 (janeiro a novembro) com uma receita cambial 59% maior do que a registrada no mesmo per?odo de 2010 - US$ 7,8 bilh?es, contra US$ 4,9 bilh?es - e 30,4 milh?es de sacas exportadas. Em novembro, a receita cambial (US$ 834,9 milh?es) foi 34,6% superior ? do mesmo m?s no ano passado (US$ 620,4 milh?es).
"A receita cambial esperada para 2011 ? de US$ 8,4 bilh?es, 48% maior que a de 2010, apesar de o volume esperado ser praticamente o mesmo do ano passado. A raz?o que contribuiu para este resultado foram os pre?os, que se mantiveram em patamares mais altos", disse o diretor-geral do CeCaf?, Guilherme Braga.
Fonte: DCI - Di?rio do Com?rcio & Ind?stria