Quais as perspectivas para a cafeicultura no per?odo p?s seca?
1 de setembro de 2020
O impacto da falta de chuvas para a cafeicultura capixaba foi intenso e refletir? nas pr?ximas colheitas, principalmente, do caf? Conilon. O ?ltimo levantamento realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica), aponta uma redu??o de 32,4% na produ??o de Conilon. Diante deste cen?rio, quais as perspectivas do cafeicultor para o novo per?odo ap?s a seca?
Para Jo?o Elv?dio Galimberti, engenheiro agr?nomo e especialista de mercado caf? da Coopeavi, ? necess?rio analisar diversas vari?veis para chegar a uma conclus?o sobre as perspectivas futuras. A volta de chuvas em regi?es produtoras foi muito comemorada pelos produtores, mas o volume de ?gua n?o foi suficiente para recompor a d?ficit provocado pelo longo per?odo sem chuvas.
?Ainda h? uma preocupa??o a respeito do que vai acontecer nos pr?ximos meses com rela??o as precipita??es que houveram recentemente, e que ainda demonstrar?o o devido desenvolvimento dependendo das chuvas que vir?o nos pr?ximos meses?, disse Galimberti.
A seca atingiu todo o Esp?rito Santo, no entanto, em intensidades diferentes em cada regi?o. As regi?es Norte e Noroeste do Estado, onde concentra a maior parte da produ??o de Conilon, foram mais impactadas. J? as regi?es Sul e Serrana do Estado, onde h? uma concentra??o maior da variedade ar?bica, sofreu um pouco menos devido a altitude e o clima mais ameno.
A recupera??o das lavouras produtivas em todo o estado, independente da variedade, depende muito da sequ?ncia de chuvas para reduzir a escassez h?drica. Por isso, ainda n?o h? uma opini?o concreta sobre o futuro da cafeicultura, o que existe s?o produtores na expectativa de continuar produzindo e conseguir vender o seu caf? por pre?os mais elevados.
Esse tema de perspectivas e estrat?gias para o futuro na produ??o de caf?, foi discutido com os cafeicultores presentes na V Feira Caf? com Leite, realizada na ?ltima semana em Santa Teresa, interior do Esp?rito Santo. Confira abaixo os principais pontos da palestra de Jo?o Elv?dio Galimberti:
Chuva e florada
A chegada de um volume maior de chuvas no m?s de setembro e outubro, deu uma nova esperan?a para o produtor devido as flores. Por exemplo, na cafeicultura de montanha, essas chuvas proporcionaram uma florada muito grande, diferente na regi?o do Conilon, que teve uma florada, mas n?o foi convincente, e a maioria dos produtores n?o veem essa florada como sin?nimo de produ??o, porque realmente a chuva no Norte do ES, ainda, n?o foram satisfat?rias.
Pre?o
A maior preocupa??o neste momento dos produtores ? saber como se comportar? o mercado em rela??o ao pre?o daqui para frente, porque eles est?o visualizando uma possibilidade de ter uma produ??o menor no pr?ximo ano, se comparado com a safra deste ano. Al?m disso, o caf? ? uma commoditie e os pre?os s?o vol?teis, dependendo de muitas vari?veis, ou seja, ? dif?cil afirmar se haver? uma eleva??o ainda maior dos pre?os, mas o sentimento geral dos cafeicultores ? que os pre?os tendem a subir ainda mais. Agora, at? aonde ele vai chegar ? uma quest?o preocupante, pois todos sabem que isso pode impactar na composi??o dos blends e estabelecer uma dificuldade para a ind?stria comprar este caf?.
Caf?s especiais
A cadeia produtiva de caf?s especiais est? migrando para uma terceira onda, com a exig?ncia de certifica??es e rastreabilidade do gr?o, e esse ? o futuro deste segmento da produ??o cafeeira. Este momento ? desafiador, mas tamb?m ? uma oportunidade para o produtor se projetar neste cen?rio, onde a principal necessidade do consumidor ? a transpar?ncia sobre o processo produtivo e a origem da produ??o dos gr?os. Por isso, este ? o momento de trabalhar para atender a demanda do consumidor e fazer uma gest?o para agregar valor ? produ??o do cafeicultor, garantindo a sustentabilidade da cafeicultura.
Fonte: Coopeavi
Para Jo?o Elv?dio Galimberti, engenheiro agr?nomo e especialista de mercado caf? da Coopeavi, ? necess?rio analisar diversas vari?veis para chegar a uma conclus?o sobre as perspectivas futuras. A volta de chuvas em regi?es produtoras foi muito comemorada pelos produtores, mas o volume de ?gua n?o foi suficiente para recompor a d?ficit provocado pelo longo per?odo sem chuvas.
?Ainda h? uma preocupa??o a respeito do que vai acontecer nos pr?ximos meses com rela??o as precipita??es que houveram recentemente, e que ainda demonstrar?o o devido desenvolvimento dependendo das chuvas que vir?o nos pr?ximos meses?, disse Galimberti.
A seca atingiu todo o Esp?rito Santo, no entanto, em intensidades diferentes em cada regi?o. As regi?es Norte e Noroeste do Estado, onde concentra a maior parte da produ??o de Conilon, foram mais impactadas. J? as regi?es Sul e Serrana do Estado, onde h? uma concentra??o maior da variedade ar?bica, sofreu um pouco menos devido a altitude e o clima mais ameno.
A recupera??o das lavouras produtivas em todo o estado, independente da variedade, depende muito da sequ?ncia de chuvas para reduzir a escassez h?drica. Por isso, ainda n?o h? uma opini?o concreta sobre o futuro da cafeicultura, o que existe s?o produtores na expectativa de continuar produzindo e conseguir vender o seu caf? por pre?os mais elevados.
Esse tema de perspectivas e estrat?gias para o futuro na produ??o de caf?, foi discutido com os cafeicultores presentes na V Feira Caf? com Leite, realizada na ?ltima semana em Santa Teresa, interior do Esp?rito Santo. Confira abaixo os principais pontos da palestra de Jo?o Elv?dio Galimberti:
Chuva e florada
A chegada de um volume maior de chuvas no m?s de setembro e outubro, deu uma nova esperan?a para o produtor devido as flores. Por exemplo, na cafeicultura de montanha, essas chuvas proporcionaram uma florada muito grande, diferente na regi?o do Conilon, que teve uma florada, mas n?o foi convincente, e a maioria dos produtores n?o veem essa florada como sin?nimo de produ??o, porque realmente a chuva no Norte do ES, ainda, n?o foram satisfat?rias.
Pre?o
A maior preocupa??o neste momento dos produtores ? saber como se comportar? o mercado em rela??o ao pre?o daqui para frente, porque eles est?o visualizando uma possibilidade de ter uma produ??o menor no pr?ximo ano, se comparado com a safra deste ano. Al?m disso, o caf? ? uma commoditie e os pre?os s?o vol?teis, dependendo de muitas vari?veis, ou seja, ? dif?cil afirmar se haver? uma eleva??o ainda maior dos pre?os, mas o sentimento geral dos cafeicultores ? que os pre?os tendem a subir ainda mais. Agora, at? aonde ele vai chegar ? uma quest?o preocupante, pois todos sabem que isso pode impactar na composi??o dos blends e estabelecer uma dificuldade para a ind?stria comprar este caf?.
Caf?s especiais
A cadeia produtiva de caf?s especiais est? migrando para uma terceira onda, com a exig?ncia de certifica??es e rastreabilidade do gr?o, e esse ? o futuro deste segmento da produ??o cafeeira. Este momento ? desafiador, mas tamb?m ? uma oportunidade para o produtor se projetar neste cen?rio, onde a principal necessidade do consumidor ? a transpar?ncia sobre o processo produtivo e a origem da produ??o dos gr?os. Por isso, este ? o momento de trabalhar para atender a demanda do consumidor e fazer uma gest?o para agregar valor ? produ??o do cafeicultor, garantindo a sustentabilidade da cafeicultura.
Fonte: Coopeavi