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Qualifica??o puxa mais sal?rio rural
1 de setembro de 2020

Mecaniza??o na cana gerou dispensa de m?o de obra; alternativa ? buscar cursos de forma??o no campo

A hist?ria de Jo?o Daniel Consulini, 26, tinha tudo para repetir a do pai, cortador de cana. Jo?o foi boia-fria por tr?s anos na usina Santo Ant?nio, em Sert?ozinho, at? que participou de um curso de qualifica??o na pr?pria empresa. Hoje ? motorista e recebe o dobro do sal?rio.

Casos como o de Jo?o e o do colega Anderson Fabr?cio Elias retratam a evolu??o do sal?rio rural na regi?o de Ribeir?o Preto. A remunera??o de boias-frias cresceu em um ritmo menor do que a m?dia estadual. Mas as fun??es mais qualificadas, como a de tratorista, pagaram mais.

? o que revela um estudo do IEA (Instituto de Economia Agr?cola) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, com dados de 2000 a 2009.

Entre seis profiss?es avaliadas, as duas sem qualifica??o mais comuns na regi?o s?o o mensalista (funcion?rio de fazenda) e o safrista. Nessas atividades, o sal?rio cresceu menos.

J? para a fun??o de tratorista, a demanda de usinas for?ou a alta de sal?rios.

Como o corte de cana tem reduzido a demanda por m?o de obra, a oportunidade passa a ser maior para as atividades mais especializadas como a de tratorista, disse a pesquisadora do IEA Maria Carlota Meloni Vicente, uma das autoras do estudo.

A diretora-executiva da Abag-RP (Associa??o Brasileira do Agroneg?cio de Ribeir?o Preto), M?nika Bergamaschi, concorda que a mecaniza??o tem dispensado m?o de obra, e a alternativa ? a qualifica??o.

Para operar uma m?quina hoje n?o basta qualquer pessoa que saiba dirigir trator. ? evidente que exige outro tipo de forma??o, disse.

FORMA??O

Foi a qualifica??o, e um sal?rio melhor, o que buscaram Jo?o e Anderson, citados no in?cio desse texto.

De cortador no campo, Jo?o foi chamado para ser auxiliar na usina e l?der de equipe. A?, o chefe lhe prop?s participar do curso de motorista. Eu s? tinha a letra B na carteira de motorista para dirigir carro. Fui por minha conta mesmo na autoescola para tirar a letra D para caminh?o. O sal?rio dele passou de R$ 800 para R$ 1.600.

J? Anderson, 25, come?ou no campo colhendo laranja, com remunera??o de R$ 500. Foi contratado pela usina Santo Ant?nio h? quatro anos para plantar cana, com sal?rio de R$ 800.

Anderson ganhou, ent?o, um subs?dio de R$ 1.000 da usina para obter a habilita??o para dirigir caminh?es. H? tr?s meses, se tornou operador de m?quina, com sal?rio de R$ 1.600.

Agora, quero fazer o curso para operar m?quina colheitadeira, tirar a carta E, para caminh?o maior e, se um dia Deus ajudar, chegar a encarregado, disse.

FONTE: Folha de SP

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