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Rabobank revela perspectivas para o leite e agroneg?cio brasileiro em 2015
1 de setembro de 2020

O Rabobank Brasil divulgou, que apresenta as previs?es para o ano das principais commodities produzidas no pa?s, entre elas soja, milho, algod?o, a??car, etanol, caf? e bovinos.

De acordo com o relat?rio, o cen?rio macroecon?mico para o Brasil em 2015 ? desafiador. Juros elevados e a infla??o persistente, juntamente com a necessidade de ajustes nas contas p?blicas, devem refletir no crescimento econ?mico. A desconfian?a gerada pela perspectiva ainda negativa no mercado interno, aliada ?s expectativas de eleva??o dos juros nos EUA, indica que a tend?ncia de enfraquecimento do real contra o d?lar deve continuar.

Confira abaixo alguns destaques do relat?rio:

Leite

O ano de 2015 ser? marcado por uma oferta firme de leite no Brasil, reflexo do aumento de investimentos no rebanho e em equipamentos no ?ltimo ano (possibilitados pela margens positivas). O crescimento da produ??o dom?stica e a desacelera??o da demanda interna podem pressionar os pre?os na primeira metade do ano, tendo como consequ?ncia uma remunera??o mais baixa para o produtor.

J? as exporta??es podem perder competitividade com o acirramento da concorr?ncia em mercados tradicionais, como a Venezuela e o Oriente M?dio. Ainda, a ind?stria nacional deve promover expressivamente a inova??o ao longo do ano, consequ?ncia da reorganiza??o de grandes empresas do setor.

A??car, etanol e cana

O setor sucroenerg?tico brasileiro deve continuar enfrentando desafios em 2015, com a expectativa da pr?xima safra ainda sofrer com os impactos da seca que atingiu os canaviais em 2014, o que impediria a recupera??o plena da produtividade. Al?m disso, o setor continua com o endividamento elevado, pois n?o conseguiu reduzi-lo durante 2014. Como consequ?ncia, empresas j? em situa??o mais delicada devem ser pressionadas a reduzir investimentos nos canaviais em 2015, possivelmente engatilhando um ciclo vicioso de decl?nio de produtividade, receita e margens.

Nessas circunst?ncias, um aumento do pre?o internacional de a??car seria bem-vindo, mas o espa?o para grandes eleva??es das cota??es internacionais ? limitado. Os estoques acumulados durante a sequ?ncia de excedentes globais ao longo dos ?ltimos quatro anos continuam pesando no mercado.

J? o mercado de etanol apresenta expectativas mais positivas. O etanol hidratado deve beneficiar-se do esperado aumento dos pre?os da gasolina ou da reintrodu??o da CIDE, o que elevaria o teto dos pre?os do hidratado. Al?m disso, acredita-se que a prov?vel eleva??o de 25,0% para 27,0% da mistura de etanol anidro na gasolina C aumentar? a demanda anual de etanol em 1.0 bilh?es de litros.

Caf?

As perspectivas para a commodity s?o de pre?os ainda elevados, reflexo do segundo ano de d?ficit no mercado de caf?. As previs?es do Rabobank apontam para pouca possibilidade de uma produ??o nacional maior que a safra anterior. A seca que atingiu as principais regi?es produtoras de ar?bica em 2014 teve um impacto negativo no crescimento vegetativo dos p?s de caf?, reduzindo o potencial produtivo da safra 2015. Os outros principais pa?ses produtores de caf?, apesar das perspectivas gerais de aumento da produ??o, n?o devem ser capazes de compensar os volumes menores do Brasil.

Apesar de os fundamentos do mercado apontarem para pre?os elevados, alguns fatores podem limitar a tend?ncia de alta no ano. Entre esses, destacam-se o n?vel elevado de estoques nas m?os dos torrefadores, a desvaloriza??o do real e potenciais impactos na demanda devido ao menor crescimento econ?mico em 2015.

Algod?o

No cen?rio global, a safra norte-americana pode acirrar a competi??o no mercado de pluma. O excedente mundial, que n?o conseguir? ser totalmente enxugado pelo consumo do sudeste asi?tico, dever? pressionar os pre?os e impactar as cota??es brasileiras. Segundo proje??es do Rabobank, o patamar m?dio em Nova York (NY-ICE) dever? sofrer eleva??o entre US? 65/lp e US? 75/lp em 2015.

As perspectivas para o mercado nacional s?o de enfraquecimento dos pre?os internos e custos elevados, que podem refletir em uma menor ?rea de plantio. Al?m disso, o c?mbio ser? ser um fator decisivo para a competitividade da produ??o nacional de algod?o.

Soja

Ap?s um aumento de 5,7% na produ??o mundial de soja no ciclo 2013/14, a perspectiva ? de expressiva expans?o da produ??o mundial em 2014/15. Na Am?rica do Sul, o crescimento do plantio, com destaque para Brasil e Argentina, dever? contribuir para o maior volume mundial e pressionar os pre?os internacionais.

No mercado brasileiro, h? possibilidade de aquecimento do consumo, impulsionado pela ind?stria de prote?na animal. Assim como para outras commodities, o c?mbio desempenhar? um papel determinante na comercializa??o da soja. A proje??o de pre?os do Rabobank para o mercado brasileiro ? de uma cota??o m?dia pr?xima a R$ 50/saca de 60 kg no Mato Grosso e R$ 55/saca de 60 kg no Paran?.

Milho

A tend?ncia ? do maior n?vel de reservas de milho dos ?ltimos 15 anos, devido ao segundo ano consecutivo de alta dos estoques mundiais, com proje??o da produ??o em 991 milh?es de toneladas (Mt) e uma demanda de apenas 970 Mt.

Esse cen?rio, que tem como um dos principais fatores a supersafra norte-americana, dever? manter as cota??es internacionais pressionadas. As proje??es do Rabobank para essa conjuntura apontam para pre?os m?dios em Chicago no intervalo entre 3,25/bushel a 3,50/bushel.

No Brasil, a diminui??o da ?rea de plantio sinaliza o fim do ciclo de queda de pre?os. Assim como para a soja, a ind?stria de prote?na animal dever? impulsionar o consumo dom?stico do cereal.

Bovinos

As perspectivas para a carne bovina brasileira em 2015 s?o de um bom posicionamento da produ??o nacional no cen?rio internacional com a poss?vel abertura do mercado norte-americano para a carne in natura, a retomada dos envios para a China e a redu??o do rebanho de concorrentes diretos do Brasil, como os Estados Unidos e a Austr?lia.

Internamente, a tend?ncia aponta para a manuten??o de pre?os elevados para a carne bovina, o que poder? influenciar o consumidor a migrar para produtos substitutos mais baratos, como o frango. Para o produtor, a demanda por bezerros dever? se manter firme em 2015, impulsionada pelos altos n?veis de pre?os para a arroba do boi gordo.

Frango

O Rabobank prev? um ano favor?vel para a carne de frango brasileira em 2015, com oportunidades de conquista de novos mercados e do aumento no com?rcio com a R?ssia. Por outro lado, a produ??o dos Estados Unidos deve acirrar a competi??o da carne brasileira no mercado externo.

No mercado dom?stico, os altos patamares de pre?o da carne bovina, principal concorrente do frango, dever?o favorecer o aumento do consumo. Outro ponto positivo s?o as boas perspectivas para o consumo de empanados e processados no pa?s.

Su?no

As perspectivas para a carne su?na brasileira em 2015 s?o positivas, principalmente em rela??o ?s exporta??es, com a possibilidade de abertura de novos mercados - como M?xico, Coreia do Sul e Col?mbia -, al?m da oportunidade de consolida??o em outros pouco explorados, como Jap?o.

Com o cen?rio global oportuno e o crescimento da demanda interna, a produ??o nacional deve apresentar um crescimento de 3,5%. No mercado dom?stico, a expectativa ? de que o crescimento no consumo de processados e de cortes especiais seja maior do que o de carne in natura, o que favorecer? as empresas com foco em produtos de maior valor agregado.

Suco de laranja

A quebra da safra da Fl?rida, que dever? aumentar a demanda do suco brasileiro no mercado americano, e o poss?vel aumento dos pre?os no segundo semestre do ano ?impulsionado pela rela??o estoque-consumo em 26% ? garantem tend?ncias claras de um cen?rio mais favor?vel em 2015 para a ind?stria nacional de suco de laranja.

Apesar disso, o Brasil dever? enfrentar uma redu??o das exporta??es para a Europa, que representa o maior mercado para o suco brasileiro.

Insumos

A expectativa de desacelera??o na demanda global por fertilizantes em fun??o da queda nas cota??es das principais commodities pode ser refletida nos pre?os dos insumos pagos pelo produtor brasileiro.

No mercado interno, o menor crescimento na demanda de fertilizantes, aliado ? amplia??o das importa??es, pode resultar em estoques relativamente confort?veis no in?cio de 2015. Isso restringe o potencial de alta das cota??es de adubo no mercado interno, pelo menos no primeiro semestre. Entretanto, assim como verificado nas duas ?ltimas safras, o d?lar mais firme pode impedir que a queda nas cota??es internacionais de fertilizantes seja refletida nos pre?os de adubo no mercado dom?stico.

Fonte: Milk Point

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