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Recuo na demanda n?o anula estrat?gia do caf?
A desacelera??o no crescimento do consumo mundial de caf? n?o vai a estrat?gia de produtores e de algumas torrefadoras no Brasil. At? mesmo entre as empresas que atuam no nicho de caf?s especiais, denominados gourmet, a expectativa ? que a taxa de compra de mat?ria-prima brasileira continue em expans?o, na casa dos dois d?gitos. Analistas acreditavam que esse segmento de caf?s seria o mais atingido pela crise por conta dos pre?os superiores ? m?dia do mercado. Por?m, na pr?tica, produtores e ind?strias sentiram muito pouco os efeitos da desacelera??o na economia global. O consenso entre analistas atualmente ? que a expans?o no consumo continuar? firme, por?m com menor intensidade. Para manter esse mercado cativo, produtores e empres?rios continuar?o investindo em programas de qualidade e divulga??o externa do gr?o.

H? alguns meses a Organiza??o Internacional do Caf? (OIC) reduziu de 2,5% para 1,5% a perspectiva de crescimento da demanda global em 2009, calculada atualmente em 128 milh?es de sacas. "Mesmo com o corte da OIC, o mundo dever? consumir 2 milh?es de sacas a mais em 2009. E mesmo assim, as exporta??es ainda t?m se comportado de maneira positiva desde a crise. Isso significa que algu?m est? comprando e industrializando", avalia Nelson Carvalhaes, s?cio-diretor da PDS/Illycaff? Exporta??es. "Continuamos apostando no caf? como a bebida da crise", completou. Ele calcula que as exporta??es ultrapassem as 30 milh?es de sacas neste ano comercial, que vai do dia 1? de julho at? 31 de junho do ano seguinte. "Se continuar no ritmo atual, seguramente vamos superar essa marca, o que ser? um recorde hist?rico".

Segundo disse, a empresa continuar? investindo no tradicional trip?, que aborda os cuidados com meio-ambiente, sociais e econ?micos. "Pagamos at? R$ 100,00 a mais por saca para os produtores que nos fornecem caf?", afirma Carvalhaes. Atualmente, a empresa conta com 1,65 mil produtores que fornecem a base para produ??o de seu blend. Disse ainda que as compras no Brasil devem continuar em ascens?o em 2009, na casa dos dois d?gitos, ? exemplo do que vem ocorrendo nos ?ltimos anos. Por?m n?o informou o volume movimentado anualmente.

Isabela Becker, diretora da Fazenda Daterra, que fornece para a Illycaff?, afirmou que a estrat?gia da companhia tamb?m ser? investir pesado na divulga??o. "Descobrimos que em per?odos de crise os compradores ficam mais vulner?veis para trocar de fornecedor. No entanto, ainda n?o tivemos perdas no mercado externo". Segundo disse, a produ??o da fazenda ? de 70 mil sacas de caf?, sendo que 99% ? destinado ? exporta??o. "A Austr?lia, que compra 7% de nossa produ??o, diminuiu a qualidade do gr?o comprado. Mas n?o o volume", afirmou. Informou ainda que o mercado japon?s, fortemente abalado pela crise, continua respondendo por 30% do volume produzido pela fazenda. "Apesar dos cortes no or?amento familiar motivados pela crise, os consumidores n?o devem se privar do prazer proporcionado pelo caf?."

No Brasil, a Associa??o Brasileira da Ind?stria de Caf? (Abic) divulgou que em 2008 o consumo foi de 17,66 milh?es de sacas, pelo menos 300 mil sacas abaixo da expectativa inicial, que era de 18,1 milh?es de sacas. Na mesma ocasi?o, a associa??o reduziu a proje??o de crescimento em 2009 de 6% para no m?ximo 5%. Almir Filho, presidente da Associa??o Brasileira da Ind?stria de Caf? (Abic), lembra que mesmo com a previs?o mais conservadora, a tend?ncia continua sendo de crescimento. "O n?mero abaixo da expectativa no mercado interno n?o ? alarmante. Historicamente, o caf? ? um produto que supera muito bem os momentos de crise".

Para Carvalhaes, a queda na produ??o brasileira por causa da bienalidade (safra grande seguida por outra menor) manter? aquecida a demanda e deve, inclusive, favorecer a alta dos pre?os. Outro fator que dever? amparar essa valoriza??o, na opini?o do exportador, ? a quebra na safra colombiana. A expectativa de analistas ? que a produ??o no pa?s vizinho recue de 12 milh?es de sacas para 9 milh?es de sacas em virtude de problemas clim?ticos. No in?cio do m?s, foram reportados no mercado pr?mios de 60 centavos a libra-peso na Bolsa de Nova York sobre o pre?o da commodity negociado no preg?o americano. "? estranho o Brasil n?o se beneficiar dessa situa??o. Os estoques mundiais tamb?m est?o muito baixos e equivalem a pouco mais de tr?s meses de consumo. Nunca houve um cen?rio com tantos fatores positivos como agora", disse. Ele calcula algo em torno de 35 milh?es de sacas estocadas.

Para Carvalhaes, a valoriza??o do caf? ? um ponto fundamental para incentivar investimentos na amplia??o do parque cafeeiro.

Fonte: Roberto Ten?rio - Gazeta Mercantil

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