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Relegado no ver?o, milho ter? safrinha de recordes
Depois de uma queda de 7% na ?rea de milho na safra de ver?o 2009/10, os holofotes do mercado se viram para a safrinha. Cultura que a cada ano ganha mais import?ncia para o abastecimento e para a renda do produtor, a safrinha, que ser? plantada a partir de janeiro em algumas regi?es do pa?s, pode ser recorde. Isso, mesmo num cen?rio em que a ?rea fique est?vel, na casa dos 4,8 milh?es de hectares registrados no per?odo 2008/09.

Se a not?cia ? boa porque garante o abastecimento das ind?strias nacionais, tamb?m preocupa os produtores: uma safrinha cheia - da ordem de 18,7 milh?es de toneladas -, significa uma safra total perto de 52 milh?es de toneladas e a necessidade de escoar cerca de 8 milh?es para o exterior, segundo estimativas de analistas e da pr?pria Conab. A tarefa pode ser mais dif?cil se o c?mbio se mantiver valorizado como atualmente.

Por enquanto, a avalia??o, entre analistas e governo, ? de que a ?rea de safrinha deve se manter, mas Leonardo Sologuren, da C?leres, por exemplo, acredita que pode haver avan?o de 3% a 6% sobre a safrinha semeada em 2008/09. "O produtor vai ficar olhando os pre?os at? janeiro para decidir", diz o analista.

Paulo Molinari, da Safras&Mercados, observa que o produtor tem poucas alternativas ao milho safrinha depois que colher a soja plantada na safra de ver?o, a partir do fim de janeiro. "O pre?o da soja deve ser ruim no primeiro semestre, por isso o produtor precisa do milho", afirma ele.

Al?m disso, custos mais baixos de produ??o e dificuldades na comercializa??o de trigo - cultura plantada tamb?m ap?s a colheita de ver?o - s?o outros fatores que devem estimular o plantio da safrinha, acrescenta.

No Paran?, Fl?vio Turra, da Organiza??o das Cooperativas do Estado (Ocepar), afirma que ? cedo para falar em percentuais, mas aponta que a ?rea de safrinha deve se manter enquanto a do trigo recuar?. Na safrinha passada, o plantio no Paran? foi de 1,5 milh?o de hectares.

O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecu?ria (Imea) est? fazendo um levantamento sobre a inten??o de plantio na pr?xima safrinha, mas dados preliminares tamb?m indicam manuten??o, segundo Seneri Paludo, superintendente do instituto. Na ?ltima safrinha no Estado, o plantio alcan?ou 1,7 milh?o de hectares.

Para Paulo Molinari, a "situa??o ? complicada" pois deve haver excedente de milho no mercado e se o c?mbio se mantiver valorizado, a exporta??o fica prejudicada. Sologuren, por?m, ? mais otimista. Ele acredita que existe potencial para as exporta??es pois a expectativa ? de que 2010 seja um ano de recupera??o econ?mica ap?s a crise, o que significa maior demanda no mercado externo. Afora isso, os estoques mundiais do gr?o s?o menores numa safra em que a soja roubou espa?o do milho.

Molinari tamb?m n?o mostra otimismo em rela??o aos pre?os do milho e lembra que as cota??es s? n?o est?o mais baixas porque existe um maior interesse por commodities com a desvaloriza??o do d?lar. Conforme levantamento da Bloomberg, do in?cio do ano at? ontem, o contrato futuro de milho com vencimento em mar?o de 2010 registrou queda de 12,8% para US$ 4,08 por bushel, num mercado bastante vol?til.

Ainda que haja perspectiva de demanda, o produtor deve precisar de algum tipo de incentivo para exportar, reconhece o analista da C?leres. Este ano as exporta??es de milho devem fechar na casa das 7 milh?es de toneladas, e boa parte desse resultado foi poss?vel porque mecanismos do governo, como os leil?es de PEP (pr?mio para escoamento da produ??o), ajudaram.

O governo j? sinaliza que pode repetir a dose. De acordo com Jos? Maria dos Anjos, diretor de abastecimento agropecu?rio da Secretaria de Pol?tica Agr?cola do Minist?rio da Agricultura, o governo tem priorizado pol?ticas de equaliza??o de pre?os, para garantir os pre?os m?nimos em regi?es como o Mato Grosso, onde h? dificuldades de comercializa??o do milho.

Neste ano, os leil?es de contratos de op??es de milho para os produtores levaram 5,1 milh?es de toneladas do cereal aos estoques do governo. Mas, agora, j? come?a a haver press?o por parte dos produtores preocupados com a falta de espa?o nos armaz?ns para o recebimento da pr?xima safra de soja. "O governo deve priorizar pol?ticas de equaliza??o com instrumentos como PEP, porque n?o h? armaz?ns para comprar [milho]", disse o diretor. No PEP, o governo paga um subs?dio para o comprador do produto esco?-lo e n?o tem que carregar estoques.


Fonte: Agrolink

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