Representantes de produtores manifestam preocupa??o com protestos de caminhoneiros
1 de setembro de 2020
O presidente da Associa??o de Criadores e Su?nos do Rio Grande do Sul (ACSURS), Valdecir Luis Folador, afirma que o movimento dos transportadores "? leg?timo e necess?rio", mas n?o deve "atrapalhar o direito de ir e vir". Segundo ele, os problemas de log?stica j? levaram ? paralisa??o da unidade Alibem, da empresa Santa Rosa, e de outras cinco plantas industriais da Aurora Alimentos, em Santa Catarina.
Ainda de acordo com a entidade, um caminhoneiro que transportava 120 su?nos foi atingido por pedradas no rosto na noite da segunda-feira, na BR-158, no munic?pio de Palmeiras das Miss?es. O motorista perdeu o controle do ve?culo, que tombou ao passar por um dos pontos bloqueados pelos manifestantes. Ap?s o acidente, a carga viva foi saqueada.
Minas Gerais
A Federa??o da Agricultura e Pecu?ria do Estado de Minas Gerais (Faemg) ainda n?o recebeu reclama??es de produtores do interior do Estado sobre falta de abastecimento de insumos ou impedimento da comercializa??o dos produtos provocados pelo bloqueio de estradas por caminhoneiros. Entretanto, o diretor da entidade, Rodrigo Alvim, se mostrou preocupado com as consequ?ncias da dura??o da paralisa??o na produ??o agropecu?ria mineira, grande produtora de caf?, leite, entre outros. "Certamente, o transporte de hortifr?tis, itens refrigerados, carnes, ou seja, principalmente de produtos perec?veis, ficar? mais complicado. O envio de leite ?s empresas tamb?m pode ficar prejudicado", disse o diretor ? Ag?ncia Estado.
Em Minas, segundo a Pol?cia Rodovi?ria Federal (PRF), h? oito pontos de protestos dos profissionais em tr?s rodovias, sendo que em alguns delas os trabalhadores est?o parados desde o in?cio de domingo. A expectativa da Faemg ? que at? o fim da semana haja uma negocia??o entre os manifestantes e o governo e os bloqueios terminem.
Mato Grosso do Sul
A Federa??o da Agricultura e Pecu?ria de Mato Grosso do Sul (Famasul) manifestou preocupa??o com os bloqueios em trechos de rodovias em Mato Grosso do Sul, mas afirmou que, por enquanto, os preju?zos s?o apenas localizados. Se a paralisa??o de caminhoneiros e transportadores se prolongar, entretanto, a perspectiva ? de maior impacto sobre a colheita de soja e plantio do milho safrinha no Estado.
"N?s estamos em um momento crucial para agricultura: colhendo a safra de soja e plantando a safrinha de milho. Esses bloqueios potencializam a nossa defici?ncia log?stica", disse o gestor do Departamento de Produ??o do Sistema Famasul, Lucas Galvan.
Em virtude do d?ficit de armazenagem no Estado, produtores n?o t?m muito espa?o para guardar a produ??o dentro da propriedade. Precisam colher e em seguida levar os gr?os at? o silo mais pr?ximo ou at? os portos para exporta??o. "Com a interrup??o desse fluxo, o produtor fica sem op??o."
Nesta ter?a-feira (24/2) foram interrompidos trechos de rodovias em Dourados, Campo Grande e S?o Gabriel do Oeste. De um lado, a soja j? pronta para colheita pode ser mantida nas lavouras, por causa da dificuldade de escoamento, e atingida por chuvas, comprometendo a qualidade.
Quanto ao milho, produtores temem que falte combust?vel nas distribuidoras regionais e as propriedades fiquem sem diesel para operar equipamentos. "A utiliza??o de combust?vel em maquin?rio ? muito forte nesta ?poca", salientou Galvan.
At? agora, havia relatos de distribuidores sem estoque para atender ? demanda apenas na regi?o de Rio Brilhante. "Por enquanto, ? uma quest?o localizada. Se persistir por mais um a dois dias, a? efetivamente teremos problemas", afirmou Galvan. "Ainda n?o temos efeitos de preju?zos, mas a situa??o preocupa muito, sim."
Paran?
A Federa??o da Agricultura do Estado do Paran? (Faep) divulgou comunicado no qual alerta que o protesto de caminhoneiros, com bloqueio de estradas estaduais e federais, "coloca em risco o abastecimento da popula??o e p?e em iminente perigo a sa?de p?blica e a seguran?a alimentar". Na nota, assinada pelo presidente da Faep, ?gide Meneguette, o setor ressalta que "enormes rebanhos est?o em risco de colapso e causar?o danos econ?micos e sanit?rios inimagin?veis, porque n?o existe log?stica para o descarte das carca?as".
Al?m disso, "milh?es de litros de leite ser?o jogados fora, podendo causar danos ambientais". Pelos c?lculos da Faep, diariamente s?o produzidos e processados 12 milh?es de litros de leite, por cerca de 115 mil produtores e 300 ind?strias (latic?nios) no Paran?. Estima-se que s?o abatidos 5 milh?es de frangos/dia, resultado do trabalho de 20 mil avicultores paranaenses. S?o cerca de 30 mil suinocultores no Estado e mais de 750 mil cabe?as abatidas semanalmente em 55 frigor?ficos.
Conforme a Faep, essas tr?s cadeias processam milhares de toneladas de ra??o, baseadas na soja e no milho, num ciclo pr?-determinado de prazos e consumo. Os lotes de frangos, que no total somam 300 milh?es de aves no Paran?, t?m em m?dia 40 dias de vida at? o abate. A ra??o que chega ao produtor por meio dos frigor?ficos tamb?m se esgota nesse prazo. O mesmo ocorre com o ciclo dos mais de 5,8 milh?es de su?nos. O colapso desses setores, de acordo com a Faep, pode ser evitado caso os caminhoneiros deixem de impedir o tr?nsito de cargas perec?veis.
Fonte: Revista Globo Rural
Ainda de acordo com a entidade, um caminhoneiro que transportava 120 su?nos foi atingido por pedradas no rosto na noite da segunda-feira, na BR-158, no munic?pio de Palmeiras das Miss?es. O motorista perdeu o controle do ve?culo, que tombou ao passar por um dos pontos bloqueados pelos manifestantes. Ap?s o acidente, a carga viva foi saqueada.
Minas Gerais
A Federa??o da Agricultura e Pecu?ria do Estado de Minas Gerais (Faemg) ainda n?o recebeu reclama??es de produtores do interior do Estado sobre falta de abastecimento de insumos ou impedimento da comercializa??o dos produtos provocados pelo bloqueio de estradas por caminhoneiros. Entretanto, o diretor da entidade, Rodrigo Alvim, se mostrou preocupado com as consequ?ncias da dura??o da paralisa??o na produ??o agropecu?ria mineira, grande produtora de caf?, leite, entre outros. "Certamente, o transporte de hortifr?tis, itens refrigerados, carnes, ou seja, principalmente de produtos perec?veis, ficar? mais complicado. O envio de leite ?s empresas tamb?m pode ficar prejudicado", disse o diretor ? Ag?ncia Estado.
Em Minas, segundo a Pol?cia Rodovi?ria Federal (PRF), h? oito pontos de protestos dos profissionais em tr?s rodovias, sendo que em alguns delas os trabalhadores est?o parados desde o in?cio de domingo. A expectativa da Faemg ? que at? o fim da semana haja uma negocia??o entre os manifestantes e o governo e os bloqueios terminem.
Mato Grosso do Sul
A Federa??o da Agricultura e Pecu?ria de Mato Grosso do Sul (Famasul) manifestou preocupa??o com os bloqueios em trechos de rodovias em Mato Grosso do Sul, mas afirmou que, por enquanto, os preju?zos s?o apenas localizados. Se a paralisa??o de caminhoneiros e transportadores se prolongar, entretanto, a perspectiva ? de maior impacto sobre a colheita de soja e plantio do milho safrinha no Estado.
"N?s estamos em um momento crucial para agricultura: colhendo a safra de soja e plantando a safrinha de milho. Esses bloqueios potencializam a nossa defici?ncia log?stica", disse o gestor do Departamento de Produ??o do Sistema Famasul, Lucas Galvan.
Em virtude do d?ficit de armazenagem no Estado, produtores n?o t?m muito espa?o para guardar a produ??o dentro da propriedade. Precisam colher e em seguida levar os gr?os at? o silo mais pr?ximo ou at? os portos para exporta??o. "Com a interrup??o desse fluxo, o produtor fica sem op??o."
Nesta ter?a-feira (24/2) foram interrompidos trechos de rodovias em Dourados, Campo Grande e S?o Gabriel do Oeste. De um lado, a soja j? pronta para colheita pode ser mantida nas lavouras, por causa da dificuldade de escoamento, e atingida por chuvas, comprometendo a qualidade.
Quanto ao milho, produtores temem que falte combust?vel nas distribuidoras regionais e as propriedades fiquem sem diesel para operar equipamentos. "A utiliza??o de combust?vel em maquin?rio ? muito forte nesta ?poca", salientou Galvan.
At? agora, havia relatos de distribuidores sem estoque para atender ? demanda apenas na regi?o de Rio Brilhante. "Por enquanto, ? uma quest?o localizada. Se persistir por mais um a dois dias, a? efetivamente teremos problemas", afirmou Galvan. "Ainda n?o temos efeitos de preju?zos, mas a situa??o preocupa muito, sim."
Paran?
A Federa??o da Agricultura do Estado do Paran? (Faep) divulgou comunicado no qual alerta que o protesto de caminhoneiros, com bloqueio de estradas estaduais e federais, "coloca em risco o abastecimento da popula??o e p?e em iminente perigo a sa?de p?blica e a seguran?a alimentar". Na nota, assinada pelo presidente da Faep, ?gide Meneguette, o setor ressalta que "enormes rebanhos est?o em risco de colapso e causar?o danos econ?micos e sanit?rios inimagin?veis, porque n?o existe log?stica para o descarte das carca?as".
Al?m disso, "milh?es de litros de leite ser?o jogados fora, podendo causar danos ambientais". Pelos c?lculos da Faep, diariamente s?o produzidos e processados 12 milh?es de litros de leite, por cerca de 115 mil produtores e 300 ind?strias (latic?nios) no Paran?. Estima-se que s?o abatidos 5 milh?es de frangos/dia, resultado do trabalho de 20 mil avicultores paranaenses. S?o cerca de 30 mil suinocultores no Estado e mais de 750 mil cabe?as abatidas semanalmente em 55 frigor?ficos.
Conforme a Faep, essas tr?s cadeias processam milhares de toneladas de ra??o, baseadas na soja e no milho, num ciclo pr?-determinado de prazos e consumo. Os lotes de frangos, que no total somam 300 milh?es de aves no Paran?, t?m em m?dia 40 dias de vida at? o abate. A ra??o que chega ao produtor por meio dos frigor?ficos tamb?m se esgota nesse prazo. O mesmo ocorre com o ciclo dos mais de 5,8 milh?es de su?nos. O colapso desses setores, de acordo com a Faep, pode ser evitado caso os caminhoneiros deixem de impedir o tr?nsito de cargas perec?veis.
Fonte: Revista Globo Rural