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Safra e importa??o pressionam leite no pa?s
1 de setembro de 2020

O in?cio da safra em importantes regi?es de produ??o do pa?s e as crescentes importa??es de leite em p? colocam press?o no mercado nacional de leite. Neste m?s, os produtores brasileiros receberam, em m?dia, R$ 0,822 pelo litro do leite (entregue em outubro), segundo a Scot Consultoria. No m?s anterior, haviam recebido, em m?dia, R$ 0,841 por litro.

Rafael Ribeiro, analista da Scot, afirma que a oferta cresceu com o aumento da produ??o nas bacias leiteiras do Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste e Norte do pa?s. Este ano, acrescenta, as chuvas atrasaram um pouco - tradicionalmente come?am em setembro -, mas isso n?o impediu a press?o de oferta.

De acordo com Ribeiro, a demanda menor neste per?odo do ano tamb?m influencia a queda dos pre?os. "O atacado [de leite longa vida] est? sem sustenta??o desde outubro", afirma. A raz?o ? que houve forma??o de estoques no varejo, segundo ele.

Pelo levantamento da Scot, o pre?o do leite longa vida no varejo paulista caiu de R$ 2,40, em m?dia, em outubro para R$ 2,32 o litro em novembro. No atacado, saiu de R$ 1,86 para R$ 1,79 o litro na mesma compara??o.

La?rcio Barbosa, presidente da Associa??o Brasileira da Ind?stria de Leite Longa Vida (ABLV), afirma que o produto come?ou a cair em setembro, depois de atingir pico de R$ 1,95 o litro no atacado. Hoje est? na casa dos R$ 1,65, informa. Para ele, "a safra influencia", mas a recente queda est? relacionada tamb?m ao avan?o das importa??es de leite em p? este ano. "As empresas deixaram de produzir leite em p? e produziram mais longa vida", diz.

Entre janeiro e outubro deste ano, o pa?s importou US$ 507 milh?es em produtos l?cteos, um aumento de 113,4% sobre igual per?odo de 2010, segundo dados do Minist?rio da Agricultura.

O real valorizado ante o d?lar durante a maior parte do ano tirou a competitividade do produto brasileiro e acabou favorecendo as exporta??es de l?cteos dos vizinhos do Mercosul, como Uruguai e Argentina, ao Brasil.

As compras do Uruguai foram as que mais cresceram, j? que com a Argentina vigora um sistema de cotas que limita as importa??es de leite em p? daquele pa?s. Neste ano, os argentinos tentaram ampliar a cota de 3.300 toneladas mensais para at? 5 mil toneladas, mas o Brasil n?o concordou. S? este m?s, um acordo entre os setores privados dos dois pa?ses definiu a cota em 3.600 toneladas por m?s.

Segundo Bruno Lucchi, assessor t?cnico da Comiss?o Nacional da Pecu?ria de Leite da Confedera??o de Agricultura e Pecu?ria do Brasil (CNA), as vendas de leite em p? do Uruguai para o Brasil ganharam espa?o neste ano. Em setembro, foram 4.475 toneladas e em outubro, 5.500 toneladas, um recorde.

Al?m de incomodar o setor de leite brasileiro, o avan?o uruguaio tamb?m j? gera reclama??es dos argentinos. De acordo com Lucchi, em 2008, quando o Brasil importou 30 mil toneladas de leite em p?, 74% foram provenientes da Argentina e 15% do Uruguai. Este ano, at? outubro (74,7 mil toneladas), 54,5% vieram da Argentina e 39% do Uruguai.

Ele observa que as importa??es de queijo tamb?m cresceram este ano, aumentando a concorr?ncia com a ind?stria nacional.

Ribeiro, da Scot, diz que a expectativa ? de que oferta de leite para processamento siga em alta at? fevereiro. A not?cia favor?vel aos produtores ? que os custos devem cair, j? que as boas condi??es das pastagens reduzem a necessidade de suplementa??o com gr?os.

Fonte: Canal do Produtor

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