Santa Maria de Jetib? ? a maior produtora de cebola do ES
1 de setembro de 2020
Produ??o anual ultrapassa as 14 mil toneladas.
Per?odo de estiagem prejudica a colheita.
O munic?pio de Santa Maria de Jetib?, na regi?o Serrana do Esp?rito Santo, ? o maior produtor de cebola do estado, com uma produ??o anual de 14,4 mil toneladas. Cerca de 600 produtores cultivam cebola, sendo a maioria com m?o de obra familiar. Mas o longo per?odo de estiagem neste ano prejudicou a colheita para grande parte dos produtores do munic?pio.
Sem chuva, as cebolas n?o se desenvolveram e ficaram pequenas, o que gerou a queda de pre?o do produto. O agricultor Valdir Hammer colheu 4 mil sacos de cebola em 2014, n?mero que deve cair para 3 mil neste ano.
"A cebola quer chuva, tem que pegar chuva. O pre?o antes estava na faixa de R$ 70, agora est? em R$ 20", conta Hammer.
Al?m da falta da chuva, h? um racionamento da irriga??o, j? que o n?vel dos rios est? baixo. Em alguns casos, eles passam longe do n?vel limite. O governo estadual decretou que os produtores de Santa Maria s? liguem as bombas ? noite.
O t?cnico agr?cola do Incaper Iosmar Mansk defende que a produ??o agr?cola receba mais ?gua. "A legisla??o prev? que a prioridade ? consumo humano e animal, mas a gente tem que lembrar que da agricultura que vem o alimento. Ent?o se voc? restringir 100%, n?s vamos ficar com ?gua e sem comida", diz.
Apesar das dificuldades, a cebola ainda ? a cultura mais resistente ? falta de chuva. As verduras t?m sofrido muito mais com a estiagem. "N?s temos hoje 400 hectares de cebola plantados. J? foram mais, mas de quatro anos pra c? a cebola teve queda de pre?o, os produtores desanimaram um pouquinho", explica Mansk.
O agricultor Marcelino Friedrich conseguiu uma boa colheita, mesmo na adversidade. Ele plantou a cebola antes dos demais, em abril. O tempo a mais foi essencial para que a lavoura se desenvolvesse. "N?s plantamos mais na vagem, na baixada. Usamos mais esterco para segurar mais umidade. Teve bastante trabalho, irriga??o", conta.
O produtor preferiu n?o capinar a lavoura antes da colheita para que o solo ficasse mais fresco e a cebola protegida na sombra. "Pra colheita, esse tempo ? ?timo. Se tivesse chovendo agora ia apodrecer muito. Entra ?gua e apodrece", explica Friedrich.
Sem umidade, a cebola precisa de pouco tempo secando, no pr?prio saco. Duas semanas s?o suficientes, desde que seja na sombra, protegida do sol quente. A maior parte da produ??o ? negociada diretamente com os supermercados e hortigranjeiros do estado. A cebola chega mais r?pido, mais fresca e a qualidade ? reconhecida pelo mercado. Por?m, o produto ainda representa menos de 10% das negocia??es na Ceasa.
Para o t?cnico do Incaper, ainda existe muito mercado para ser conquistado, mas ? preciso criar uma identidade para a cebola capixaba. "A gente precisa criar nossa marca e investir em marketing, porque a? sim vamos avan?ar na quest?o do espa?o no mercado", diz Mansk.
Fonte: G1 Esp?rito Santo
Per?odo de estiagem prejudica a colheita.
O munic?pio de Santa Maria de Jetib?, na regi?o Serrana do Esp?rito Santo, ? o maior produtor de cebola do estado, com uma produ??o anual de 14,4 mil toneladas. Cerca de 600 produtores cultivam cebola, sendo a maioria com m?o de obra familiar. Mas o longo per?odo de estiagem neste ano prejudicou a colheita para grande parte dos produtores do munic?pio.
Sem chuva, as cebolas n?o se desenvolveram e ficaram pequenas, o que gerou a queda de pre?o do produto. O agricultor Valdir Hammer colheu 4 mil sacos de cebola em 2014, n?mero que deve cair para 3 mil neste ano.
"A cebola quer chuva, tem que pegar chuva. O pre?o antes estava na faixa de R$ 70, agora est? em R$ 20", conta Hammer.
Al?m da falta da chuva, h? um racionamento da irriga??o, j? que o n?vel dos rios est? baixo. Em alguns casos, eles passam longe do n?vel limite. O governo estadual decretou que os produtores de Santa Maria s? liguem as bombas ? noite.
O t?cnico agr?cola do Incaper Iosmar Mansk defende que a produ??o agr?cola receba mais ?gua. "A legisla??o prev? que a prioridade ? consumo humano e animal, mas a gente tem que lembrar que da agricultura que vem o alimento. Ent?o se voc? restringir 100%, n?s vamos ficar com ?gua e sem comida", diz.
Apesar das dificuldades, a cebola ainda ? a cultura mais resistente ? falta de chuva. As verduras t?m sofrido muito mais com a estiagem. "N?s temos hoje 400 hectares de cebola plantados. J? foram mais, mas de quatro anos pra c? a cebola teve queda de pre?o, os produtores desanimaram um pouquinho", explica Mansk.
O agricultor Marcelino Friedrich conseguiu uma boa colheita, mesmo na adversidade. Ele plantou a cebola antes dos demais, em abril. O tempo a mais foi essencial para que a lavoura se desenvolvesse. "N?s plantamos mais na vagem, na baixada. Usamos mais esterco para segurar mais umidade. Teve bastante trabalho, irriga??o", conta.
O produtor preferiu n?o capinar a lavoura antes da colheita para que o solo ficasse mais fresco e a cebola protegida na sombra. "Pra colheita, esse tempo ? ?timo. Se tivesse chovendo agora ia apodrecer muito. Entra ?gua e apodrece", explica Friedrich.
Sem umidade, a cebola precisa de pouco tempo secando, no pr?prio saco. Duas semanas s?o suficientes, desde que seja na sombra, protegida do sol quente. A maior parte da produ??o ? negociada diretamente com os supermercados e hortigranjeiros do estado. A cebola chega mais r?pido, mais fresca e a qualidade ? reconhecida pelo mercado. Por?m, o produto ainda representa menos de 10% das negocia??es na Ceasa.
Para o t?cnico do Incaper, ainda existe muito mercado para ser conquistado, mas ? preciso criar uma identidade para a cebola capixaba. "A gente precisa criar nossa marca e investir em marketing, porque a? sim vamos avan?ar na quest?o do espa?o no mercado", diz Mansk.
Fonte: G1 Esp?rito Santo