Santa Teresa recebe o I Painel Internacional do Caf? no ES
1 de setembro de 2020
Os nossos caf?s comuns s?o commodities e o caf? de qualidade ainda ? desconhecido no mercado mundial de bebidas especiais. Por isso, a cooperativa pioneira em produ??o de Conilon especial no Esp?rito Santo, promoveu a primeira edi??o do Painel Internacional do Caf? no Estado. O evento contou com duas experi?ncias estrangeiras na produ??o e comercializa??o da bebida fina do caf?: CoopeTarraz?, da Costa Rica, e do cafeicultor Em?lio L?pez, de El Salvador.
O encontro aconteceu no dia 15 de agosto, durante a IV Semana Tecnol?gica do Agroneg?cio, em Santa Teresa (ES). A costarriquenha Wendy Barbosa, especialista em com?rcio internacional e gerente de produto final de caf? da CoopeTarraz?, falou um pouco sobre a experi?ncia do cooperativismo na produ??o de caf?s especiais na Costa Rica.
A CoopeTarraz? investiu muito no desenvolvimento de programas de sustentabilidade, com a promo??o de boas pr?ticas agr?colas e no incentivo do desenvolvimento social e econ?mico, prote??o do meio ambiente e melhorias nas condi??es trabalhistas.
O principal projeto apresentado foi desenvolvido com a casca do caf?. Eles investiram em pesquisa e desenvolvimento para melhor utiliza??o deste subproduto da cultura cafeeira, que em quase todas propriedades brasileiras ? descartado ou subutilizado. De acordo com Barbosa, o produto deixou de ser um problema e passou a ser solu??o. Conseguiram produzir energia limpa, etanol, adubo org?nico e at? tratamento para tirar impurezas da ?gua, tornando-a pot?vel.
A participa??o das mulheres ? outro fator que contribuiu para eleva??o da qualidade dos gr?os produzidos pelos cooperados da CoopeTarraz?. Hoje, com 54 anos de funda??o, a cooperativa tornou-se uma refer?ncia internacional em caf? de qualidade sustent?vel, produzido por fam?lias de pequenos e m?dios produtores.
O outro participante do Painel foi Em?lio L?pez, produtor de caf? em El Salvador. O foco de sua produ??o tamb?m est? nos caf?s especiais. H? 15 anos na atividade, hoje ele ? diretor da Associa??o de Torrefadores dos Estados Unidos da Am?rica, The Roasters Guild. Ele contou aos presentes, que seu trabalho come?ou com a incessante busca por produzir um caf? diferenciado, certifica??es e com experimentos bem distintos em sua produ??o.
Hoje ele viaja o mundo, identifica torrefadores e lojas especializadas para trabalhar com os seus caf?s. ?Atualmente, escolho as pessoas que trabalham com o meu caf? e fa?o quest?o de saber como elas far?o uso do meu produto. Visito todos os meus clientes e eles me visitam para conhecer o processo de produ??o que pratico, antes de fazer neg?cios?, comenta L?pez.
Para chegar a esse n?vel de qualidade e diferencia??o, ele passou por diversas melhorias em suas propriedades. Come?ou com verifica??es e certifica??es mais simples e ao longo dos anos foi em busca de selos mais exigentes que o tornasse refer?ncia. ?Todas as minhas propriedades s?o certificadas com o selo ISO 9001 de Qualidade?, pondera.
J? o terceiro participante, o brasileiro Carlos Brando, ? membro do Conselho do Instituto de Caf? de Qualidade nos EUA, membro do Museu do Caf? em Santos (SP) e da Ipanema Coffee?s. Tamb?m j? atuou como Conselheiro da Certifica??o de sustentabilidade UTZ, na Holanda, e conduziu projetos em mais de 60 pa?ses produtores de caf?.
?O mercado cresce muito mais nos pa?ses produtores e nos pa?ses emergentes, o crescimento nesses mercados ? de 4 a 6% ao ano, enquanto nos mercados tradicionais, como Estados Unidos, Europa e Jap?o, o crescimento ? de 1%?, comenta sobre a mudan?a de eixo do aumento de consumo do caf?.
Para ele, o mercado de caf?s sol?veis ? uma tend?ncia e esse fato ? muito ben?fico para os produtores de caf? Conilon. ?At? 2020, o crescimento para cada saca de ar?bica ser?o tr?s robusta?, prev?. Mesmo com esse bom cen?rio, ele fez um alerta para os produtores capixabas. ?O Esp?rito Santo ainda ? uma hist?ria desconhecida no mundo, a produ??o de ar?bica sempre foi pequena e a produ??o de Conilon basicamente vendida para o mercado interno?.
O Brasil exportou apenas 4 milh?es de sacas de Conilon, um aumento 133% no ?ltimo ano safra (2014/2015). A Costa Rica e El Salvador, que produzem 3 milh?es e 800 mil sacas, respectivamente, consegue se posicionar muito bem no mercado internacional apresentando um produto com maior valor agregado, se comparado com os gr?os colhidos no Esp?rito Santo, produtor de aproximadamente 2,5 milh?es de caf? ar?bica e 12 milh?es de Conilon.
Para Brando, o caminho para ganhar visibilidade e participar mais ativamente desse crescimento externo ? investir em gest?o, marketing, cooperativas e principalmente, buscar elevar a qualidade dos gr?os. ?O grande desafio no Conilon n?o ? mais aumentar a produtividade, o segredo agora ? como melhorar a qualidade?.
Semana Tecnol?gica do Agroneg?cio
O maior evento de capacita??o e neg?cios do cooperativismo capixaba cresceu ainda mais. Em quatro dias a feira recebeu mais de 5 mil produtores rurais e movimentou cerca de R$23 milh?es. Al?m dos neg?cios os participantes da IV Semana Tecnol?gica do Agroneg?cio (STA) tiveram a oportunidade de acompanharem palestras t?cnicas sobre diversos temas ligados ao agroneg?cio, com palestrantes nacionais e internacionais. O evento aconteceu durante os dias 12 a 15 de agosto, na cidade de Santa Teresa, regi?o Serrana do Esp?rito Santo (ES).
Fonte: Campo Vivo
O encontro aconteceu no dia 15 de agosto, durante a IV Semana Tecnol?gica do Agroneg?cio, em Santa Teresa (ES). A costarriquenha Wendy Barbosa, especialista em com?rcio internacional e gerente de produto final de caf? da CoopeTarraz?, falou um pouco sobre a experi?ncia do cooperativismo na produ??o de caf?s especiais na Costa Rica.
A CoopeTarraz? investiu muito no desenvolvimento de programas de sustentabilidade, com a promo??o de boas pr?ticas agr?colas e no incentivo do desenvolvimento social e econ?mico, prote??o do meio ambiente e melhorias nas condi??es trabalhistas.
O principal projeto apresentado foi desenvolvido com a casca do caf?. Eles investiram em pesquisa e desenvolvimento para melhor utiliza??o deste subproduto da cultura cafeeira, que em quase todas propriedades brasileiras ? descartado ou subutilizado. De acordo com Barbosa, o produto deixou de ser um problema e passou a ser solu??o. Conseguiram produzir energia limpa, etanol, adubo org?nico e at? tratamento para tirar impurezas da ?gua, tornando-a pot?vel.
A participa??o das mulheres ? outro fator que contribuiu para eleva??o da qualidade dos gr?os produzidos pelos cooperados da CoopeTarraz?. Hoje, com 54 anos de funda??o, a cooperativa tornou-se uma refer?ncia internacional em caf? de qualidade sustent?vel, produzido por fam?lias de pequenos e m?dios produtores.
O outro participante do Painel foi Em?lio L?pez, produtor de caf? em El Salvador. O foco de sua produ??o tamb?m est? nos caf?s especiais. H? 15 anos na atividade, hoje ele ? diretor da Associa??o de Torrefadores dos Estados Unidos da Am?rica, The Roasters Guild. Ele contou aos presentes, que seu trabalho come?ou com a incessante busca por produzir um caf? diferenciado, certifica??es e com experimentos bem distintos em sua produ??o.
Hoje ele viaja o mundo, identifica torrefadores e lojas especializadas para trabalhar com os seus caf?s. ?Atualmente, escolho as pessoas que trabalham com o meu caf? e fa?o quest?o de saber como elas far?o uso do meu produto. Visito todos os meus clientes e eles me visitam para conhecer o processo de produ??o que pratico, antes de fazer neg?cios?, comenta L?pez.
Para chegar a esse n?vel de qualidade e diferencia??o, ele passou por diversas melhorias em suas propriedades. Come?ou com verifica??es e certifica??es mais simples e ao longo dos anos foi em busca de selos mais exigentes que o tornasse refer?ncia. ?Todas as minhas propriedades s?o certificadas com o selo ISO 9001 de Qualidade?, pondera.
J? o terceiro participante, o brasileiro Carlos Brando, ? membro do Conselho do Instituto de Caf? de Qualidade nos EUA, membro do Museu do Caf? em Santos (SP) e da Ipanema Coffee?s. Tamb?m j? atuou como Conselheiro da Certifica??o de sustentabilidade UTZ, na Holanda, e conduziu projetos em mais de 60 pa?ses produtores de caf?.
?O mercado cresce muito mais nos pa?ses produtores e nos pa?ses emergentes, o crescimento nesses mercados ? de 4 a 6% ao ano, enquanto nos mercados tradicionais, como Estados Unidos, Europa e Jap?o, o crescimento ? de 1%?, comenta sobre a mudan?a de eixo do aumento de consumo do caf?.
Para ele, o mercado de caf?s sol?veis ? uma tend?ncia e esse fato ? muito ben?fico para os produtores de caf? Conilon. ?At? 2020, o crescimento para cada saca de ar?bica ser?o tr?s robusta?, prev?. Mesmo com esse bom cen?rio, ele fez um alerta para os produtores capixabas. ?O Esp?rito Santo ainda ? uma hist?ria desconhecida no mundo, a produ??o de ar?bica sempre foi pequena e a produ??o de Conilon basicamente vendida para o mercado interno?.
O Brasil exportou apenas 4 milh?es de sacas de Conilon, um aumento 133% no ?ltimo ano safra (2014/2015). A Costa Rica e El Salvador, que produzem 3 milh?es e 800 mil sacas, respectivamente, consegue se posicionar muito bem no mercado internacional apresentando um produto com maior valor agregado, se comparado com os gr?os colhidos no Esp?rito Santo, produtor de aproximadamente 2,5 milh?es de caf? ar?bica e 12 milh?es de Conilon.
Para Brando, o caminho para ganhar visibilidade e participar mais ativamente desse crescimento externo ? investir em gest?o, marketing, cooperativas e principalmente, buscar elevar a qualidade dos gr?os. ?O grande desafio no Conilon n?o ? mais aumentar a produtividade, o segredo agora ? como melhorar a qualidade?.
Semana Tecnol?gica do Agroneg?cio
O maior evento de capacita??o e neg?cios do cooperativismo capixaba cresceu ainda mais. Em quatro dias a feira recebeu mais de 5 mil produtores rurais e movimentou cerca de R$23 milh?es. Al?m dos neg?cios os participantes da IV Semana Tecnol?gica do Agroneg?cio (STA) tiveram a oportunidade de acompanharem palestras t?cnicas sobre diversos temas ligados ao agroneg?cio, com palestrantes nacionais e internacionais. O evento aconteceu durante os dias 12 a 15 de agosto, na cidade de Santa Teresa, regi?o Serrana do Esp?rito Santo (ES).
Fonte: Campo Vivo