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Sebrae orienta ovinocaprinocultores a buscarem os principais mercados mundiais
1 de setembro de 2020

Acaba de sair do forno um estudo do Sebrae sobre a caprinocultura e ovinocultura de corte no Brasil. O trabalho ? fruto de um conv?nio firmado entre o Minist?rio do Desenvolvimento Ind?stria e Com?rcio Exterior (MDIC) e o Sebrae Para?ba. Trata-se de relat?rio feito a partir de uma a??o de benchmarketing internacional, que comparou a ovinocaprinocultura brasileira com a de pa?ses com tradi??o na atividade: Uruguai, Reino Unido, Nova Zel?ndia, Espanha e Austr?lia.

A an?lise comparativa apontou os principais entraves para o desenvolvimento da cadeia da ovinocaprinocultura nacional. Detalhe: os problemas identificados s?o os mesmos vivenciados no passado por esses pa?ses que hoje s?o refer?ncia no mercado mundial de carne de ovinos e caprinos. ?H? muita informalidade no abate de ovinos e caprinos, ? necess?rio uma formaliza??o da parte agroindustrial?, diz Eduardo Brasileiro, analista de Agroneg?cio do Sebrae.

De acordo com estat?sticas da Organiza??o das Na??es Unidas para a Agricultura (FAO), o Brasil registrou um abate de ovinos de 5 milh?es de cabe?as em 2012. Mas os n?meros refletem apenas o abate oficial que corresponde a menos de 10% do volume anual. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE) apontam que o rebanho brasileiro de ovinos ? 16,8 milh?es. A maior parte (55,5%) est? concentrada na regi?o Nordeste e 24,4% no Estado do Rio Grande do Sul.

Durante muito tempo, o principal produto da ovinocultura era a l?. Mas a crise da fibra na segunda metade da d?cada de 90 levou a carne a ocupar o lugar da l?. O estudo apontou que 90% das carnes ofertadas s?o carca?as (inteira e meias) e 10% de corte tradicional (n?o segmentado). O Brasil importa anualmente de 5 mil a 9 mil toneladas de carne ovina, sobretudo do Uruguai. A constata??o evidencia uma demanda ascendente e uma oportunidade para os produtores nacionais. Oportunidade e desafio, uma vez que a carne importada ? mais barata do que a produzida no sert?o brasileiro.

Um dos caminhos levantados ? o investimento em marcas regionais, na diferencia??o do produto e no estabelecimento de parcerias comerciais. A marca coletiva Alto Camaqu? ? um exemplo. Ela envolve produtores de ovinos dos munic?pios de Bag?, Ca?apava do Sul, Encruzilhada do Sul, Lavras do Sul, Piratini, Pinheiro Machado e Santana da Boa Vista, no Rio Grande do Sul.

Jorge Luiz de Dias, criador de ovinos no munic?pio de Capava do Sul, ? um deles. Por meio de associa??es, eles tentam se fortalecer no complexo mercado de carne. ?Est? quase igual a Bolsa de Valores, ora o pre?o do ovino dispara, ora despenca. Os grandes players comandam o mercado, hoje ? preciso muita aten??o para n?o ficar vulner?vel?, diz. O criador reclama da falta de seriedade no setor. ?Tem empresa que vende borrego (ovino de um a dois anos de idade) como se fosse cordeiro (ovino de at? um ano de idade)?, explica. Ele considera que um programa nacional de tipifica??o de carca?a, que pague pela qualidade iria ajudar. No entanto, salienta a necessidade de especifica??o de carca?a de acordo com a ra?a. ?Um cordeiro da ra?a ideal ? bem menor que um dorper?, finaliza.

Solu??es

O estudo aponta a necessidade de uma melhor estrutura??o da cadeia da ovinocaprinocultura nacional, a partir de esfor?os de todos os participantes da cadeia produtiva. Entre as a??es propostas est?o: a cria??o de um comit? gestor com membros de todos os elos da cadeia produtiva para a elabora??o de um Plano Estrat?gico Plurianual; um estudo de mercado para saber o perfil de consumo e as peculiaridades de cada regi?o; a elabora??o de um sistema de classifica??o e tipifica??o de carca?as; a cria??o de um banco de dados integrado a um plano nacional de melhoramento gen?tico de ovinos e caprinos de corte e a realiza??o de um zoneamento da ovinocaprinocultura brasileira.

Para Brasileiro, a implementa??o dessas a??es ? algo de m?dio e longo prazo. O Sebrae tem projetos de ovinocaprinocultura em 11 Estados e est? sugerindo aos gestores que trabalhem nesta linha.

Fonte: Farm Point

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