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Seca no ES faz agropecu?ria buscar alternativas sustent?veis
1 de setembro de 2020

Iniciativas t?m o objetivo de reduzir os impactos da degrada??o do ambiente.
Preserva??o das nascentes e replantio de matas ciliares s?o alternativas.

Solo degradado, capim seco, gado magro ou morto no pasto. O cen?rio assustador, registrado no Noroeste, Norte e Extremo Norte do Esp?rito Santo, foi resultado da maior seca enfrentada pela agropecu?ria capixaba nas ?ltimas d?cadas. Os preju?zos ainda est?o sendo contabilizados, mas j? se sabe que em 2016 a queda na produ??o de leite foi de 40% ? cerca de 10 milh?es de litros a menos. E milhares de animais morreram no pasto.

Entre os pecuaristas, uma certeza: a pecu?ria, assim como os demais segmentos do agroneg?cio, precisa se reinventar para n?o sofrer novos colapsos h?dricos.

Em Montanha, no Extremo Norte do estado, Renato Sampaio, de 32 anos, se preparava antes mesmo da seca. Enquanto a maioria investia em modernos currais, ele e sua fam?lia se dedicavam ? produ??o de silagem a partir do plantio de milho e de cana-de-a??car.

O resultado foi a conquista da alta produtividade. S?o 2,5 mil litros de leite por dia, volume quase impens?vel para uma propriedade de pequeno porte.

Para produzir a silagem, a fam?lia substituiu parte da pastagem por planta??es de milho (9 hectares) e cana (4 hectares). ?Depois que o modelo foi adotado, a produtividade subiu para 19 litros de leite por hectare, 13 a mais que a m?dia estadual de 6 litros?, comemora Renato.

Desmatamento
O Norte do Esp?rito Santo sofreu, principalmente a partir da d?cada de 1950, um processo acelerado de desmatamento. Hoje restam menos de 10% da floresta original.

Para minimizar o impacto da devasta??o, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assist?ncia T?cnica e Extens?o Rural (Incaper) pretende atingir pelo menos 20% de cobertura florestal no estado, nos pr?ximos anos, ?ndice preconizado pela legisla??o federal.
Para o zootecnista do Instituto, Lazaro Samir Abrantes, uma das principais li??es da seca ? que os produtores passaram a planejar melhor a reserva alimentar dos animais. ?Antigamente a reserva era para tr?s ou quatro meses. Agora j? se pensa em sete ou oito meses?, alerta.

Outra medida ? a ado??o de pastoreio rotacionado, al?m de estudos nas ?reas montanhosas para a implanta??o dos chamados terra?os ? que evitam eros?o, deslocamento de terra e o consequente assoreamento dos rios.

?O produtor est? sofrendo demais por causa da seca e dos pre?os baixos pagos pelo leite. O custo de produ??o est? alto e a margem de ganho diminuiu bastante. ? uma boa hora para se repensar as pr?ticas?, diz Lazaro.

Para o secret?rio de estado da Agricultura, Octaciano Neto, a reinven??o da agropecu?ria passa, necessariamente, pela preserva??o das nascentes e replantio de matas ciliares, al?m da ado??o de t?cnicas diferenciadas de utiliza??o da pastagem.

?As agendas ambientais e de produ??o precisam convergir. Temos que ampliar a cobertura florestal, proteger nascentes e construir barragens e, ao mesmo tempo, investir em inova??o?, disse.

As propostas do secret?rio v?o ao encontro de um estudo do Centro de Desenvolvimento do Agroneg?cio (Cedagro), que mostra que o Esp?rito Santo tem 393 mil hectares de solo degradado, o que equivale a 16,65% da ?rea agr?cola total.

A degrada??o concentra-se nas atividades de pastagem, especialmente na regi?o Norte, devido ? fragilidade dos solos e elevada erosividade das chuvas provocada pela baixa cobertura vegetal. Do total da ?rea degradada, 238 mil hectares correspondem a terrenos cultivados com pastagens.

A degrada??o ocorre principalmente em fun??o da compacta??o do solo e do manejo inadequado no que diz respeito ? alta taxa de lota??o, com excessivo pastejo e pisoteio pelo gado.

Fonte: G1 Esp?rito Santo Agroneg?cios

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