Seca no ES vai afetar caf? por mais dois anos, prev? sindicato
1 de setembro de 2020
Queda na produ??o causa preju?zos para o bolso do consumidor final.
Pre?o do caf? subiu mais de 43% nos ?ltimos 12 meses.
Os efeitos negativos da seca no mercado de caf? devem se prolongar por, pelo menos, mais dois anos, mesmo com o retorno das chuvas, segundo prev? o Sindicato da Ind?stria de Torrefa??o e Moagem de Caf? do Esp?rito Santox (Sincaf?).
A queda na produ??o, que antes afetava apenas a cadeia produtiva, agora causa preju?zos para o bolso do consumidor final.
De um lado, por causa da seca, os produtores rurais ficaram sem gr?os para comercializar, os estoques quase zeraram e o pre?o da saca deu um salto, chegando a R$ 461/conilon tipo 8. A falta de produto no mercado, por outro lado, fez o pre?o do caf? subir mais de 43%, nos ?ltimos 12 meses, nas prateleiras dos supermercados.
Os dados do Sincaf? apontam que 35% dessa alta aconteceu somente nos ?ltimos 30 dias. A explica??o para isso est? no fato de que, al?m de faltar caf? no mercado, a demanda pelo produto no mundo tem aumentado, em m?dia, 5% ao ano.
Mas tem gente que n?o abre m?o do cafezinho, como o banc?rio Vilker Zucolotto Pessin. ?Eu tomo muito, principalmente o expresso, mesmo com o pre?o mais alto?, falou.
No Brasil, o crescimento anual do consumo ? de 3,5%. Segundo o presidente do Sincaf?, Eg?dio Malanquini, no Esp?rito Santo e no Sul da Bahia, a quebra na safra de 2016 foi de 40%. ?Houve um crescimento na produ??o de ar?bica, mas que n?o supera a queda do conilon. Como o Esp?rito Santo ? o segundo maior produtor, isso refletiu a n?vel nacional em termo de produ??o e pre?o?, explicou.
Outro efeito da quebra de safra do conilon est? na mudan?a nos chamados blends. A ind?stria tem utilizado, em m?dia, menos de 10% de conilon na mistura que chega ao consumidor. Em per?odos normais de produ??o, essa propor??o era de 45%, sendo o restante composta por caf? ar?bica.
Mercado
Por ser uma commoditie vendida no mercado internacional, o caf? tem o pre?o atrelado ?s oscila??es no mercado externo. Como a popula??o mundial tem consumido mais caf? a cada ano, e alguns pa?ses, por quest?es clim?ticas, n?o tiveram uma safra exitosa, o pre?o dos gr?os subiu.
Dessa forma, as ind?strias que processam e comercializam caf? no mercado brasileiro enfrentam a concorr?ncia das ind?strias estrangeiras, que tamb?m buscam o caf? brasileiro. Outro empecilho para as ind?strias ? o fato de o Brasil ter regras que inibem a importa??o dos gr?os, recursos que poderiam ser uma sa?da para for?ar a queda no pre?o em per?odos de baixa produ??o - mas que ? recha?ado pelo setor produtivo, que perderia em competitividade.
Como a importa??o em larga escala sendo algo invi?vel, o mercado interno tem remunerado bem, o que diminui o volume de exporta??es, avalia o presidente do Centro de Com?rcio de Caf? de Vit?ria, Jorge Luiz Nicchio. Ele alerta, por?m, que a safra de 2016 vai cumprir, ?em cima da risca?, a demanda de consumo interno e de exporta??o.
?Em 2017, vamos entrar na safra com estoque praticamente zerado?, disse. Nicchio refor?a que, com a ind?stria tendo que pagar mais pelo caf? verde, o repasse do aumento para o consumidor se torna algo inevit?vel.
Para se ser uma ideia, em 2013 e 2014 ? quando a seca ainda n?o era severa - 45% do caf? torrado e mo?do no Brasil era conilon. Isso quer dizer que, do consumo anual de 20 milh?es de sacas, nove milh?es eram de conilon.
Com a queda de safra, a partir de 2015 a ind?stria foi diminuindo o percentual do blend, o que tamb?m puxou para cima o pre?o do ar?bica. A produ??o brasileira de caf? em 2016 foi de 50 milh?es de sacas.
Fonte: G1 Esp?rito Santo Agroneg?cios
Pre?o do caf? subiu mais de 43% nos ?ltimos 12 meses.
Os efeitos negativos da seca no mercado de caf? devem se prolongar por, pelo menos, mais dois anos, mesmo com o retorno das chuvas, segundo prev? o Sindicato da Ind?stria de Torrefa??o e Moagem de Caf? do Esp?rito Santox (Sincaf?).
A queda na produ??o, que antes afetava apenas a cadeia produtiva, agora causa preju?zos para o bolso do consumidor final.
De um lado, por causa da seca, os produtores rurais ficaram sem gr?os para comercializar, os estoques quase zeraram e o pre?o da saca deu um salto, chegando a R$ 461/conilon tipo 8. A falta de produto no mercado, por outro lado, fez o pre?o do caf? subir mais de 43%, nos ?ltimos 12 meses, nas prateleiras dos supermercados.
Os dados do Sincaf? apontam que 35% dessa alta aconteceu somente nos ?ltimos 30 dias. A explica??o para isso est? no fato de que, al?m de faltar caf? no mercado, a demanda pelo produto no mundo tem aumentado, em m?dia, 5% ao ano.
Mas tem gente que n?o abre m?o do cafezinho, como o banc?rio Vilker Zucolotto Pessin. ?Eu tomo muito, principalmente o expresso, mesmo com o pre?o mais alto?, falou.
No Brasil, o crescimento anual do consumo ? de 3,5%. Segundo o presidente do Sincaf?, Eg?dio Malanquini, no Esp?rito Santo e no Sul da Bahia, a quebra na safra de 2016 foi de 40%. ?Houve um crescimento na produ??o de ar?bica, mas que n?o supera a queda do conilon. Como o Esp?rito Santo ? o segundo maior produtor, isso refletiu a n?vel nacional em termo de produ??o e pre?o?, explicou.
Outro efeito da quebra de safra do conilon est? na mudan?a nos chamados blends. A ind?stria tem utilizado, em m?dia, menos de 10% de conilon na mistura que chega ao consumidor. Em per?odos normais de produ??o, essa propor??o era de 45%, sendo o restante composta por caf? ar?bica.
Mercado
Por ser uma commoditie vendida no mercado internacional, o caf? tem o pre?o atrelado ?s oscila??es no mercado externo. Como a popula??o mundial tem consumido mais caf? a cada ano, e alguns pa?ses, por quest?es clim?ticas, n?o tiveram uma safra exitosa, o pre?o dos gr?os subiu.
Dessa forma, as ind?strias que processam e comercializam caf? no mercado brasileiro enfrentam a concorr?ncia das ind?strias estrangeiras, que tamb?m buscam o caf? brasileiro. Outro empecilho para as ind?strias ? o fato de o Brasil ter regras que inibem a importa??o dos gr?os, recursos que poderiam ser uma sa?da para for?ar a queda no pre?o em per?odos de baixa produ??o - mas que ? recha?ado pelo setor produtivo, que perderia em competitividade.
Como a importa??o em larga escala sendo algo invi?vel, o mercado interno tem remunerado bem, o que diminui o volume de exporta??es, avalia o presidente do Centro de Com?rcio de Caf? de Vit?ria, Jorge Luiz Nicchio. Ele alerta, por?m, que a safra de 2016 vai cumprir, ?em cima da risca?, a demanda de consumo interno e de exporta??o.
?Em 2017, vamos entrar na safra com estoque praticamente zerado?, disse. Nicchio refor?a que, com a ind?stria tendo que pagar mais pelo caf? verde, o repasse do aumento para o consumidor se torna algo inevit?vel.
Para se ser uma ideia, em 2013 e 2014 ? quando a seca ainda n?o era severa - 45% do caf? torrado e mo?do no Brasil era conilon. Isso quer dizer que, do consumo anual de 20 milh?es de sacas, nove milh?es eram de conilon.
Com a queda de safra, a partir de 2015 a ind?stria foi diminuindo o percentual do blend, o que tamb?m puxou para cima o pre?o do ar?bica. A produ??o brasileira de caf? em 2016 foi de 50 milh?es de sacas.
Fonte: G1 Esp?rito Santo Agroneg?cios