Seguro agr?cola para evitar endividamento dos produtores
1 de setembro de 2020
Secretaria de Agricultura iniciou avalia??o de mecanismos para democratizar o seguro e frear o endividamento dos produtores rurais
O Seguro Agr?cola tem se tornado cada vez mais relevante, tendo em vista a maior incid?ncia de extremos clim?ticos. A quest?o ? como equalizar os valores que asseguram uma safra em n?veis compat?veis ? realidade dos agricultores.
Especialistas, produtores e Governo do Estado se reuniram na segunda-feira, para falar sobre mecanismos que possam democratizar essa garantia e frear o endividamento dos agricultores.
A oficina de trabalho do Plano Estrat?gico da Agricultura Capixaba (Pedeag3 ? 2015/2030) foi realizada na Federa??o da Agricultura do Estado do Esp?rito Santo (Faes), em Vit?ria. Especialistas destacaram que a participa??o governamental e a cria??o de um fundo de reserva (estabiliza??o) s?o fatores que podem atenuar taxas consideradas impratic?veis. Conv?nios com outros Estados tamb?m poderiam ter efeito redutor nos custos de um seguro rural.
O Governo do Estado manifestou interesse em difundir o seguro agr?cola como alternativa aos seguidos preju?zos dos agricultores. O objetivo seria impedir que os produtores estivessem na situa??o em que se encontram, sem condi??es de pagar os cr?ditos rurais, depois das perdas causadas pela crise h?drica. Eventos clim?ticos, como granizo, seca, geada e excesso de chuvas (em quantidade); seca, granizo, chuvas e geada (em ?rea) s?o cobertos pelo seguro.
?N?o d? mais para ficarmos apenas discutindo renegocia??o de d?vida. Cada dia mais, o produtor aumenta seu endividamento. Negociar d?vida n?o ? estruturante. O que vai ser estruturante, o que vai mudar a vida do produtor, ? o seguro agr?cola?, acredita o secret?rio de Agricultura, Octaciano Neto. ?Existem os programas de subven??o ao pr?mio do Governo Federal, seguros do Proagro [Programa de Garantia da Atividade Agropecu?ria], tamb?m federal. Mas os seguros privados s?o poucos e priorizam culturas como soja, milho, ma?? e uva... N?o temos essas atividades em preponder?ncia no Estado?, explica.
Hoje, os seguros rurais no Brasil est?o concentrados em apenas 294 munic?pios, com destaque para os estados do Paran?, Rio Grande do Sul, S?o Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso. Justamente, os locais com maior incid?ncia de extremos clim?ticos e concentrada incid?ncia das culturas citadas acima pelo secret?rio de Agricultura.
Octaciano refor?a que as a??es do Governo, para difundir o seguro, apenas est?o come?ando. ?N?o existe decis?o?, frisa. Especialistas garantem que a interfer?ncia do Estado, como parceiro, e linhas de seguro que atendam as especificidades do Esp?rito Santo podem ajudar na realidade de imprevistos clim?ticos enfrentados nas lavouras atualmente.
Estado
O pesquisador do Ipea, Gesmar Rosa dos Santos, foi um dos palestrantes da oficina do Pedeag. ?Existem aproximadamente 1.200 segurados no Esp?rito Santo com algum tipo de seguro fora da garantia safra. Desses, 1.128 s?o ligados ao caf??, contabiliza o autor da publica??o ?Seguro Agr?cola no Brasil e o desenvolvimento do Programa de Subven??o ao Pr?mio?.
O especialista avalia ainda que esse ? o momento adequado de se discutir seguro rural, bem como defender a presen?a governamental, como pe?a preponderante no mecanismo de democratiza??o do mesmo. ?Em lugar nenhum do mundo existe seguro agr?cola sem governo. Nos Estados Unidos, at? 80% dos custos s?o bancados pelo governo?, exemplifica.
J? Fernando Lagares T?vora, consultor do Senado, aponta para necessidade de um seguro adaptado ?s caracter?sticas capixabas. ?No caso do Esp?rito Santo, que possui tradi??o grande em agropecu?ria, acredito que o instrumento tem que ser desenhado para atender as caracter?sticas peculiares de sua produ??o?, afirma o autor do estudo ?Renegocia??o da D?vida Rural: reflex?es sobre o financiamento da agricultura brasileira?.
Fonte: AQUIES
O Seguro Agr?cola tem se tornado cada vez mais relevante, tendo em vista a maior incid?ncia de extremos clim?ticos. A quest?o ? como equalizar os valores que asseguram uma safra em n?veis compat?veis ? realidade dos agricultores.
Especialistas, produtores e Governo do Estado se reuniram na segunda-feira, para falar sobre mecanismos que possam democratizar essa garantia e frear o endividamento dos agricultores.
A oficina de trabalho do Plano Estrat?gico da Agricultura Capixaba (Pedeag3 ? 2015/2030) foi realizada na Federa??o da Agricultura do Estado do Esp?rito Santo (Faes), em Vit?ria. Especialistas destacaram que a participa??o governamental e a cria??o de um fundo de reserva (estabiliza??o) s?o fatores que podem atenuar taxas consideradas impratic?veis. Conv?nios com outros Estados tamb?m poderiam ter efeito redutor nos custos de um seguro rural.
O Governo do Estado manifestou interesse em difundir o seguro agr?cola como alternativa aos seguidos preju?zos dos agricultores. O objetivo seria impedir que os produtores estivessem na situa??o em que se encontram, sem condi??es de pagar os cr?ditos rurais, depois das perdas causadas pela crise h?drica. Eventos clim?ticos, como granizo, seca, geada e excesso de chuvas (em quantidade); seca, granizo, chuvas e geada (em ?rea) s?o cobertos pelo seguro.
?N?o d? mais para ficarmos apenas discutindo renegocia??o de d?vida. Cada dia mais, o produtor aumenta seu endividamento. Negociar d?vida n?o ? estruturante. O que vai ser estruturante, o que vai mudar a vida do produtor, ? o seguro agr?cola?, acredita o secret?rio de Agricultura, Octaciano Neto. ?Existem os programas de subven??o ao pr?mio do Governo Federal, seguros do Proagro [Programa de Garantia da Atividade Agropecu?ria], tamb?m federal. Mas os seguros privados s?o poucos e priorizam culturas como soja, milho, ma?? e uva... N?o temos essas atividades em preponder?ncia no Estado?, explica.
Hoje, os seguros rurais no Brasil est?o concentrados em apenas 294 munic?pios, com destaque para os estados do Paran?, Rio Grande do Sul, S?o Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso. Justamente, os locais com maior incid?ncia de extremos clim?ticos e concentrada incid?ncia das culturas citadas acima pelo secret?rio de Agricultura.
Octaciano refor?a que as a??es do Governo, para difundir o seguro, apenas est?o come?ando. ?N?o existe decis?o?, frisa. Especialistas garantem que a interfer?ncia do Estado, como parceiro, e linhas de seguro que atendam as especificidades do Esp?rito Santo podem ajudar na realidade de imprevistos clim?ticos enfrentados nas lavouras atualmente.
Estado
O pesquisador do Ipea, Gesmar Rosa dos Santos, foi um dos palestrantes da oficina do Pedeag. ?Existem aproximadamente 1.200 segurados no Esp?rito Santo com algum tipo de seguro fora da garantia safra. Desses, 1.128 s?o ligados ao caf??, contabiliza o autor da publica??o ?Seguro Agr?cola no Brasil e o desenvolvimento do Programa de Subven??o ao Pr?mio?.
O especialista avalia ainda que esse ? o momento adequado de se discutir seguro rural, bem como defender a presen?a governamental, como pe?a preponderante no mecanismo de democratiza??o do mesmo. ?Em lugar nenhum do mundo existe seguro agr?cola sem governo. Nos Estados Unidos, at? 80% dos custos s?o bancados pelo governo?, exemplifica.
J? Fernando Lagares T?vora, consultor do Senado, aponta para necessidade de um seguro adaptado ?s caracter?sticas capixabas. ?No caso do Esp?rito Santo, que possui tradi??o grande em agropecu?ria, acredito que o instrumento tem que ser desenhado para atender as caracter?sticas peculiares de sua produ??o?, afirma o autor do estudo ?Renegocia??o da D?vida Rural: reflex?es sobre o financiamento da agricultura brasileira?.
Fonte: AQUIES