Sem ?gua, produ??o chega a cair mais de 70% no ES
1 de setembro de 2020
Longo per?odo de estiagem cobra pre?o elevado do agroneg?cio do Esp?rito Santo
O longo per?odo de estiagem associado ? alta depend?ncia, na agricultura, do uso intensivo da ?gua, tem levado os produtores rurais capixabas a sofrerem os maiores preju?zos financeiros das ?ltimas d?cadas. A produ??o, em dois anos caiu pela metade, num preju?zo estimado em R$ 3,6 bilh?es. Levantamento da Secretaria de Estado da Agricultura (Seag) realizado a pedido de A GAZETA aponta que, entre 2014 e 2016, houve queda acentuada em diversas culturas.
Foram elas: maracuj? (72%), beterraba (50%), coco (45%), mam?o (36%), cana-de-a??car (30%) e caf? conilon (40%). Principal produto do agroneg?cio do Estado, a produ??o do caf? conilon despencou de 9,949 milh?es de sacas, em 2014, para 5,930 milh?es de sacas, em 2016 .
A pre?os correntes, a estiagem provocou preju?zo de cerca de R$ 2,2 bilh?es aos cafeicultores capixabas. Com queda na safra e nas vendas para o mercado externo, muitas empresas exportadoras e armaz?ns tamb?m est?o fechando as portas e v?rios produtores t?m erradicado as lavouras por falta de perspectivas de recupera??o. Para os especialistas nesse mercado, a safra e as vendas s? devem voltar ao patamar de 2014 ? um dos melhores per?odos para essa cultura ? em 2018 ou mesmo em 2019. E isso s? vai acontecer se no per?odo n?o houver mais nenhuma piora clim?tica.
Com rela??o ao mam?o, a queda foi de 36% em sua produ??o. Ou seja, 144 mil toneladas a menos. Linhares ? o maior exportador da fruta no Brasil. Da cidade saem, todo m?s, cerca de mil toneladas de mam?o para a Europa, Estados Unidos e Emirados ?rabes. De acordo com a Associa??o Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), a quebra no munic?pio pode ser ainda maior do que a anunciada pelo IBGE, chegando a 70% nos ?ltimos meses.
Na fruticultura em geral, a perda foi de 434 mil toneladas, de acordo com a Seag. Laranja, abacaxi, goiaba, maracuj? e cacau tamb?m sofreram com a quebra na produ??o, o que representou uma retra??o no valor de produ??o em R$ 957 milh?es.
No ramo das oler?colas, como tomate, cenoura, chuchu, inhame e gengibre, a perda foi de 78 mil toneladas, em 2015, e de 19 mil toneladas, em 2016, o que representou a redu??o de R$ 228 milh?es em valor de produ??o.
O levantamento foi feito com base em estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e mostrou ainda que, na pecu?ria de leite, ser?o produzidos 30,4 milh?es de litros a menos em 2016. A compara??o sempre ? com 2014.
J? a produ??o de pimenta-do-reino, apesar de ter crescido em 2016 numa compara??o a 2014 - em fun??o da expans?o da ?rea plantada - sofreu uma quebra de 5.171 mil toneladas em compara??o com 2015, caindo de 13.863 para 12.768 toneladas neste ano.
Mais tecnologia
Diante da gravidade da situa??o, o pr?prio governo do Estado j? admite que atual modelo de utiliza??o dos recursos h?dricos ?tornou-se insustent?vel?. Na avalia??o do secret?rio de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, o setor agr?cola n?o precisar? deixar de avan?ar em irriga??o, mas ter? que investir em sistemas mais eficientes, como o de gotejamento, e apostar na preserva??o dos recursos naturais.
?Tamb?m temos que desenvolver novas variedades, como de caf? conilon que resista com menos ?gua, por exemplo. Hoje, nosso conilon aguenta bem viver com 1.100 mil?metros de ?gua por ano. Se n?s tiv?ssemos um clone que aguentasse com 600 mil?metros, com certeza nosso sofrimento nessa crise teria sido muito menor.?
Ainda de acordo com o secret?rio, as pesquisas nessa ?rea est?o bem avan?adas. ?O Incaper est? desenvolvendo e vai lan?ar, a partir do ano que vem, variedades mais resistentes de caf?, que nas pr?ximas secas ser?o mais tolerantes ? escassez?, completa.
Fonte: Gazeta Online
O longo per?odo de estiagem associado ? alta depend?ncia, na agricultura, do uso intensivo da ?gua, tem levado os produtores rurais capixabas a sofrerem os maiores preju?zos financeiros das ?ltimas d?cadas. A produ??o, em dois anos caiu pela metade, num preju?zo estimado em R$ 3,6 bilh?es. Levantamento da Secretaria de Estado da Agricultura (Seag) realizado a pedido de A GAZETA aponta que, entre 2014 e 2016, houve queda acentuada em diversas culturas.
Foram elas: maracuj? (72%), beterraba (50%), coco (45%), mam?o (36%), cana-de-a??car (30%) e caf? conilon (40%). Principal produto do agroneg?cio do Estado, a produ??o do caf? conilon despencou de 9,949 milh?es de sacas, em 2014, para 5,930 milh?es de sacas, em 2016 .
A pre?os correntes, a estiagem provocou preju?zo de cerca de R$ 2,2 bilh?es aos cafeicultores capixabas. Com queda na safra e nas vendas para o mercado externo, muitas empresas exportadoras e armaz?ns tamb?m est?o fechando as portas e v?rios produtores t?m erradicado as lavouras por falta de perspectivas de recupera??o. Para os especialistas nesse mercado, a safra e as vendas s? devem voltar ao patamar de 2014 ? um dos melhores per?odos para essa cultura ? em 2018 ou mesmo em 2019. E isso s? vai acontecer se no per?odo n?o houver mais nenhuma piora clim?tica.
Com rela??o ao mam?o, a queda foi de 36% em sua produ??o. Ou seja, 144 mil toneladas a menos. Linhares ? o maior exportador da fruta no Brasil. Da cidade saem, todo m?s, cerca de mil toneladas de mam?o para a Europa, Estados Unidos e Emirados ?rabes. De acordo com a Associa??o Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), a quebra no munic?pio pode ser ainda maior do que a anunciada pelo IBGE, chegando a 70% nos ?ltimos meses.
Na fruticultura em geral, a perda foi de 434 mil toneladas, de acordo com a Seag. Laranja, abacaxi, goiaba, maracuj? e cacau tamb?m sofreram com a quebra na produ??o, o que representou uma retra??o no valor de produ??o em R$ 957 milh?es.
No ramo das oler?colas, como tomate, cenoura, chuchu, inhame e gengibre, a perda foi de 78 mil toneladas, em 2015, e de 19 mil toneladas, em 2016, o que representou a redu??o de R$ 228 milh?es em valor de produ??o.
O levantamento foi feito com base em estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e mostrou ainda que, na pecu?ria de leite, ser?o produzidos 30,4 milh?es de litros a menos em 2016. A compara??o sempre ? com 2014.
J? a produ??o de pimenta-do-reino, apesar de ter crescido em 2016 numa compara??o a 2014 - em fun??o da expans?o da ?rea plantada - sofreu uma quebra de 5.171 mil toneladas em compara??o com 2015, caindo de 13.863 para 12.768 toneladas neste ano.
Mais tecnologia
Diante da gravidade da situa??o, o pr?prio governo do Estado j? admite que atual modelo de utiliza??o dos recursos h?dricos ?tornou-se insustent?vel?. Na avalia??o do secret?rio de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, o setor agr?cola n?o precisar? deixar de avan?ar em irriga??o, mas ter? que investir em sistemas mais eficientes, como o de gotejamento, e apostar na preserva??o dos recursos naturais.
?Tamb?m temos que desenvolver novas variedades, como de caf? conilon que resista com menos ?gua, por exemplo. Hoje, nosso conilon aguenta bem viver com 1.100 mil?metros de ?gua por ano. Se n?s tiv?ssemos um clone que aguentasse com 600 mil?metros, com certeza nosso sofrimento nessa crise teria sido muito menor.?
Ainda de acordo com o secret?rio, as pesquisas nessa ?rea est?o bem avan?adas. ?O Incaper est? desenvolvendo e vai lan?ar, a partir do ano que vem, variedades mais resistentes de caf?, que nas pr?ximas secas ser?o mais tolerantes ? escassez?, completa.
Fonte: Gazeta Online