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Setor cafeeiro vai debater os rumos da pol?tica nacional para o setor
1 de setembro de 2020

Ciente de que a cafeicultura brasileira necessita de um planejamento de m?dio e longo prazos para que n?o seja t?o ref?m das oscila??es do mercado, o Conselho Nacional do Caf? (CNC), com apoio do Sistema OCB, realizar?, nos dias 18 e 19 de dezembro, na Casa do Cooperativismo, em Bras?lia (DF), o semin?rio ?Rumos da Pol?tica Cafeeira no Brasil?. No evento, temos a pretens?o de que especialistas de mercado e lideran?as do setor deliberem sobre o cen?rio atual e tracem um progn?stico para o futuro da cafeicultura no Pa?s.

Ao longo dos ?ltimos anos, registramos um leve crescimento de nosso parque cafeeiro e um aumento significativo da produtividade, o que nos fez colher safras equivalentes nos ?ltimos tr?s anos, haja vista que os bons pre?os existentes em 2011 e in?cio de 2012 incentivaram os produtores a investir em tecnologia e variedades mais produtivas e resistentes a pragas e doen?as, o que praticamente descaracterizou a bienalidade das colheitas brasileiras.

Entretanto, esse cen?rio de tr?s colheitas com volumes bons e similares, gerou um pequeno excedente de oferta, o que, em meio a um cen?rio onde os importadores t?m comprado da ?m?o para a boca?, pressionou as cota??es do caf?, tirando a competitividade e a renda do produtor, o qual v? o mercado oferecendo pre?os abaixo dos custos de produ??o. Dessa forma, os tratos culturais adequados deixam de ser praticados e estamos na imin?ncia de observar o retorno da bienalidade em nossos cafezais.

Al?m de n?o realizarem os tratos adequados, dados preliminares apontam que o endividamento do setor cafeeiro alcance, atualmente, cerca de R$ 6 bilh?es e, diante desse cen?rio de perda de renda e competitividade, o CNC entende que ? necess?rio unir a produ??o e toda a cadeia caf? para pensar em pol?ticas estruturantes para evitar que o setor n?o sofra tanto os impactos da volatilidade do mercado. Partindo dessa premissa, contamos com o apoio do Sistema OCB para realizarmos o semin?rio ?Rumos da Pol?tica Cafeeira no Brasil?.

MERCADO ? O mercado futuro do caf? ar?bica apresentou tend?ncia de valoriza??o nesta semana, impulsionado, principalmente, pelo estreitamento da arbitragem entre as Bolsas de Londres e Nova York, que chegou a atingir a m?nima dos ?ltimos cinco anos. O vencimento mar?o de 2014 do contrato C encerrou a quinta-feira a US$ 1,1130 por libra-peso, com ganho acumulado de 490 pontos na semana.

Os pre?os futuros do caf? robusta sustentaram a tend?ncia de alta pela quinta semana consecutiva. O vencimento janeiro de 2014 do contrato 409 da NYSE Liffe valorizou-se em US$ 100 at? o fechamento de ontem, que se deu a US$ 1.821 por tonelada. A retra??o da oferta vietnamita tem causado esse efeito no mercado londrino, por?m analistas avaliam que a alta n?o deve sustentar-se no m?dio prazo, pois ap?s o feriado do Ano Novo do Vietn? (final de janeiro/in?cio de fevereiro) as vendas devem intensificar-se.

Al?m disso, a significativa alta dos pre?os do caf? robusta, que pressionou a arbitragem entre as bolsas de Londres e Nova York, tende a incentivar as compras de ar?bica pelos torrefadores. Ontem, a arbitragem entre os terminais estava em 28,7 centavos de d?lar por libra-peso, 30% inferior ao valor do in?cio de novembro, de 41 centavos de d?lar por libra-peso.

No mercado dom?stico brasileiro, os pre?os do ar?bica e do conilon apresentaram tend?ncias opostas. Os indicadores do Centro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada (Cepea) encerraram a quinta-feira a R$ 263,57/sc para o ar?bica e a R$225,79/sc para o robusta, representando varia??o acumulada de, respectivamente, 1,5% e -1,1% na semana.

Embora o Cepea avalie que as condi??es clim?ticas t?m favorecido o desenvolvimento dos gr?os da safra 2014/15 do Brasil, uma an?lise mais detalhada das informa??es divulgadas pela Somar Meteorologia e pela Funda??o Procaf? mostra que os volumes futuros a serem produzidos pelo Pa?s ainda s?o incertos.

A Somar afirma que a redu??o dos tratos culturais no campo, em fun??o dos preju?zos auferidos nesta safra, pode resultar em abortamento dos gr?os. Outra preocupa??o decorre da maior probabilidade de prolifera??o de doen?as f?ngicas, cujo controle ? dificultado pela situa??o financeira desfavor?vel dos produtores.

Por sua vez, a Funda??o Procaf? estima que a safra 2014 da cafeicultura de montanha, cujo potencial produtivo ? de cerca de 10 milh?es de sacas, poder? sofrer quebra de 30% a 40%. Esses cafezais possuem custo mais alto, em fun??o do intenso uso de m?o de obra para os tratos culturais e colheita, de forma que sofrem maior impacto da crise de baixos pre?os. Tamb?m o esgotamento das plantas apresenta elevada desfolha e seca intensa da ramagem.

Ainda nesta semana, foi divulgado o Informe Estat?stico do Caf?, elaborado pelo Minist?rio da Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento (MAPA), que traz informa??es sobre o com?rcio exterior do produto. O volume exportado de caf? (verde e industrializado), de janeiro a novembro, foi de 29,15 milh?es de sacas, 13% superior ao do mesmo per?odo de 2012. Em fun??o dos pre?os aviltados, houve perda de receita, que totalizou US$ 4,87 bilh?es ante os US$ 5,85 bilh?es auferidos nos 11 meses do ano anterior.

Em rela??o ao mercado cambial brasileiro, o d?lar operou em um patamar m?dio inferior ao da semana passada, mas com tend?ncia de alta nos ?ltimos dias. No acumulado da semana houve valoriza??o de 0,7%, com o fechamento da quinta-feira a R$ 2,3426. A divulga??o de dados positivos da economia americana, que refor?am a redu??o dos est?mulos monet?rios do Banco Central dos Estados Unidos, sobrepujou o impacto dos leil?es de swap cambial do Banco Central do Brasil e da entrada de divisas desta semana.

Fonte: Campo Vivo

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