Setor de florestas cultivadas tem espa?o para crescer no ES
1 de setembro de 2020
Silvicultura representa 25% da produ??o agr?cola do estado.
Eucalipto e seringueira s?o mais rent?veis para os produtores.
A silvicultura, ou o plantio de florestas, como o eucalipto e a seringueira, ? uma atividade econ?mica de grande rentabilidade para produtores do Esp?rito Santo. Segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assist?ncia T?cnica e Extens?o Rural (Incaper), estima-se que haja no estado mais de 250 mil hectares de eucalipto plantado (80 mil de produtores independentes) e aproximadamente 16 mil hectares de seringueiras.
Pedro Arlindo Oliveira Galveas, pesquisador do Incaper, explicou que uma das principais caracter?sticas consideradas vantajosas pelos produtores das duas culturas ? que ambas n?o precisam ser irrigadas com frequ?ncia.
?Precisam de chuva at? os primeiros seis meses, depois pode ficar seis meses sem chover que n?o morrem, t?m uma capacidade muito grande de resistir ? seca. N?o h? preju?zo com a morte mas o desenvolvimento das plantas diminui, demora mais para crescer?, disse.
Ainda de acordo com o Galveas, o eucalipto e a seringueira tamb?m n?o costumam ficar doentes. Assim, os cultivos podem ser atacados por doen?as e pragas mas conseguem sobreviver.
De acordo com o Incaper, al?m das facilidades no cultivo, o retorno financeiro ? um outro atrativo. O eucalipto ? vendido, em m?dia, por R$100 o hectare/m?s. J? a seringueira ? comercializada a R$80 o hectare/m?s.
Mas ainda assim o cultivo da seringueira ? considerado pequeno no Esp?rito Santo. Segundo o Incaper, 70% da borracha usada no estado ? importada. ?Um grande desafio do Plano Estrat?gico da Agricultura Capixaba (Pedeag 3) ? atingir a meta do plantio de seringueiras. A meta ? plantar 75 mil hectares. Desde o come?o do Pedeag 3, h? seis anos, conseguimos dobrar de oito para quase 16 mil hectares?, disse Galveas.
Galveas explicou que apesar das florestas de eucalipto existirem em maior escala, ainda n?o ? suficiente para atender a demanda do estado.
?Toda a madeira ? usada e ainda ? necess?rio importar 40% para atender o consumo, principalmente da Fibria. Poder?amos ter o dobro de ?rea plantada, mas um dos principais fatores que impedem a produ??o ? a p?ssima infraestrutura das estradas?, afirmou.
As estrat?gias para aumentar a competitividade da silvicultura no estado ser?o abordados em oficina do Pedeag 3, no dia 05 de novembro, em Aracruz. ?Nosso maior desafio ? melhorar as estradas para o transporte de madeira no estado?, frisou Galveas.
Eucalipto sobrevive com pouca ?gua
O produtor Sebasti?o At?lio Bianchini possui uma propriedade no distrito de Guaran?, em Aracruz, Norte do Estado, com 86 hectares de eucalipto. H? 24 anos ele deixou a pecu?ria de corte para investir no setor e, segundo ele, o cultivo da planta ? muito vantajoso.
?O eucalipto ? muito resistente, por isso n?o precisa ser irrigado. ? uma das poucas plantas que n?o precisa de ?gua. Para quem n?o tem condi??es de irrigar, o eucalipto ? a melhor op??o. Outro fator importante ? a garantia de lucro. Eu planto hoje e daqui cinco anos eu vou vender mais caro. O pre?o sempre aumenta. ? um produto que sempre valoriza. E, com isso, sobra tempo para sa?de, para fam?lia. Me proporciona mais qualidade de vida?, contou.
Sobre as desvantagens do cultivo da planta, o produtor destacou o tempo de espera para a venda do produto. ?? preciso esperar, no m?nimo, cinco anos para o eucalipto atingir o tamanho ideal para ser cortado e vendido. Outra desvantagem ? que, para viver s? do cultivo, o produtor deve ter pelo menos 50 hectares?, aponta.
Fonte: G1 ES
Eucalipto e seringueira s?o mais rent?veis para os produtores.
A silvicultura, ou o plantio de florestas, como o eucalipto e a seringueira, ? uma atividade econ?mica de grande rentabilidade para produtores do Esp?rito Santo. Segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assist?ncia T?cnica e Extens?o Rural (Incaper), estima-se que haja no estado mais de 250 mil hectares de eucalipto plantado (80 mil de produtores independentes) e aproximadamente 16 mil hectares de seringueiras.
Pedro Arlindo Oliveira Galveas, pesquisador do Incaper, explicou que uma das principais caracter?sticas consideradas vantajosas pelos produtores das duas culturas ? que ambas n?o precisam ser irrigadas com frequ?ncia.
?Precisam de chuva at? os primeiros seis meses, depois pode ficar seis meses sem chover que n?o morrem, t?m uma capacidade muito grande de resistir ? seca. N?o h? preju?zo com a morte mas o desenvolvimento das plantas diminui, demora mais para crescer?, disse.
Ainda de acordo com o Galveas, o eucalipto e a seringueira tamb?m n?o costumam ficar doentes. Assim, os cultivos podem ser atacados por doen?as e pragas mas conseguem sobreviver.
De acordo com o Incaper, al?m das facilidades no cultivo, o retorno financeiro ? um outro atrativo. O eucalipto ? vendido, em m?dia, por R$100 o hectare/m?s. J? a seringueira ? comercializada a R$80 o hectare/m?s.
Mas ainda assim o cultivo da seringueira ? considerado pequeno no Esp?rito Santo. Segundo o Incaper, 70% da borracha usada no estado ? importada. ?Um grande desafio do Plano Estrat?gico da Agricultura Capixaba (Pedeag 3) ? atingir a meta do plantio de seringueiras. A meta ? plantar 75 mil hectares. Desde o come?o do Pedeag 3, h? seis anos, conseguimos dobrar de oito para quase 16 mil hectares?, disse Galveas.
Galveas explicou que apesar das florestas de eucalipto existirem em maior escala, ainda n?o ? suficiente para atender a demanda do estado.
?Toda a madeira ? usada e ainda ? necess?rio importar 40% para atender o consumo, principalmente da Fibria. Poder?amos ter o dobro de ?rea plantada, mas um dos principais fatores que impedem a produ??o ? a p?ssima infraestrutura das estradas?, afirmou.
As estrat?gias para aumentar a competitividade da silvicultura no estado ser?o abordados em oficina do Pedeag 3, no dia 05 de novembro, em Aracruz. ?Nosso maior desafio ? melhorar as estradas para o transporte de madeira no estado?, frisou Galveas.
Eucalipto sobrevive com pouca ?gua
O produtor Sebasti?o At?lio Bianchini possui uma propriedade no distrito de Guaran?, em Aracruz, Norte do Estado, com 86 hectares de eucalipto. H? 24 anos ele deixou a pecu?ria de corte para investir no setor e, segundo ele, o cultivo da planta ? muito vantajoso.
?O eucalipto ? muito resistente, por isso n?o precisa ser irrigado. ? uma das poucas plantas que n?o precisa de ?gua. Para quem n?o tem condi??es de irrigar, o eucalipto ? a melhor op??o. Outro fator importante ? a garantia de lucro. Eu planto hoje e daqui cinco anos eu vou vender mais caro. O pre?o sempre aumenta. ? um produto que sempre valoriza. E, com isso, sobra tempo para sa?de, para fam?lia. Me proporciona mais qualidade de vida?, contou.
Sobre as desvantagens do cultivo da planta, o produtor destacou o tempo de espera para a venda do produto. ?? preciso esperar, no m?nimo, cinco anos para o eucalipto atingir o tamanho ideal para ser cortado e vendido. Outra desvantagem ? que, para viver s? do cultivo, o produtor deve ter pelo menos 50 hectares?, aponta.
Fonte: G1 ES