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Sinal de alerta no campo
A destrui??o de planta??es de laranja pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) na Fazenda Santo Henrique, no interior de S?o Paulo, acendeu a luz amarela nos gabinetes das autoridades federais. Setores da intelig?ncia da Pol?cia Federal mapearam pelo menos quatro regi?es em que conflitos envolvendo integrantes de movimento sociais podem acontecer a qualquer momento. Apesar de s? atuar na prote??o de ?reas da Uni?o, a PF est? tentando se antecipar aos problemas nos estados e repassa suas informa??es para as secretarias de Seguran?a P?blica.

O monitoramento dos movimentos sociais n?o ? uma atribui??o da PF, mas da Ag?ncia Brasileira de Intelig?ncia (Abin). Por?m, coube ? PF avisar autoridades de um estado ? cujo nome n?o foi divulgado ? sobre a possibilidade de um grupo ligado aos sem-terra tentar impedir a posse de um governador que entrava no lugar de outro cassado. Entretanto, epis?dios recentes de viol?ncia e vandalismo acenderam o sinal de alerta na Divis?o de Assuntos Sociais e Pol?ticos (Dasp) da corpora??o, que hoje tem como preocupa??es o sul do Par?, o interior do Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e o Pontal do Paranapanema. Nas quatro regi?es mapeadas pelas autoridades foram identificadas atua??es de outros grupos al?m do MST, alguns ainda n?o totalmente conhecidos da ?rea de intelig?ncia federal.

Foco de conflito por causa da terra h? pelo menos um s?culo, o Pontal do Paranapanema continua sendo alvo de aten??o da Pol?cia Federal. ?A regi?o sempre foi um dos principais pontos de conflito e hoje a atua??o dos movimentos sociais est? se expandindo?, afirma um delegado da PF, que atua no setor de intelig?ncia. O Pontal ? uma regi?o formada por 21 munic?pios, sendo o principal deles Presidente Prudente (SP). ?Mas a expans?o dos grupos est? chegando a Ara?atuba, que j? fica fora do Pontal?, explica o delegado. L?, al?m do MST, outras duas organiza??es dividem os trabalhadores rurais e t?m como l?der Jos? Rainha J?nior, ex-lider do Movimento dos Sem-terra, que conseguiu formar acampamento com seis mil pessoas.

Ga?chos

Ber?o do MST, o Rio Grande do Sul ? uma das regi?es onde existe uma maior aten??o das autoridades por causa de uma caracter?stica pr?pria do movimento na regi?o: a imprevisibilidade. As ocupa??es, muitas de surpresa, n?o se restringem ao campo, mas tamb?m ? ind?stria. No estado, onde tamb?m nasceu Jos? Pedro St?dile, principal lideran?a do MST, o Minist?rio P?blico chegou a entrar com uma a??o para dissolver o movimento, que at? hoje n?o tem personalidade jur?dica, apesar de existir h? 25 anos. O mais recente conflito que resultou em morte ocorreu no Rio Grande do Sul, onde o trabalhador Elton Brun da Silva foi baleado por um integrante da Brigada Militar durante uma reintegra??o de posse em S?o Gabriel, em agosto passado.

Segundo a Comiss?o Pastoral da Terra (CPT), os conflitos no campo diminu?ram em torno de 43% no primeiro semestre de 2009, em rela??o ao mesmo per?odo do ano passado. O Par? foi um estado onde isso aconteceu, mas continua sendo motivo de preocupa??o da Pol?cias Federal e Civil, que observaram infiltra??es nos assentamentos. ?H? sempre algu?m, com interesses alheios aos do MST dentro dos movimentos?, afirma a fonte da PF. ?J? pegamos nove pessoas com armas pesadas dentro dos acampamentos, onde tamb?m entram assaltantes de ?nibus?, confirma o secret?rio de Seguran?a P?blica do Par?, Geraldo Jos? de Ara?jo, que tamb?m ? delegado federal.

Segundo Ara?jo, o sul do Par? continua sendo a regi?o mais preocupante do estado, apesar de o n?mero de mortes ter diminuido nos ?ltimos anos. ?Estamos procurando equilibrar as coisas?, afirma o secret?rio. O problema maior est? em Xinguara, onde localiza-se a Fazenda Santa B?rbara, do banqueiro Daniel Dantas, controlador do Opportunity. Em abril passado, o MST e outras duas organiza??es de trabalhadores rurais ocuparam a propriedade e houve um confronto armado com os seguran?as, obrigando uma interven??o imediata da pol?cia e da Justi?a, que concedeu reintegra??o de posse. Hoje a situa??o est? sob controle, mas permanece a tens?o. ?De vez em quando os sem-terra matam bois da fazenda, mas estamos acalmando a regi?o?, diz Ara?jo.

Outra situa??o complicada est? ocorrendo em algumas regi?es de Mato Grosso do Sul, onde a quest?o n?o fica centralizada entre conflitos latifundi?rios. ?Temos dados preocupantes sobre outras pr?ticas delituosas?, afirma o delegado da ?rea de assuntos sociais da PF. O problema, segundo ele, est? se expandindo para ?reas ind?genas e de preserva??o ambiental, al?m da atua??o dos sem-terra. H? v?rias ocorr?ncias em que a Pol?cia Federal tem se envolvido diretamente por se tratar de terras da Uni?o, como a dos ?ndios guarani-kaiowas e kadiweu, que h? anos est?o em confronto com fazendeiros pr?ximos a Dourados. Tanto as autoridades federais quanto locais j? intervieram v?rias vezes, mas isso n?o evitou a ocorr?ncia de mortes dos dois lados



Fonte: CNA

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