TOMATE/CEPEA: Ap?s pico na Semana Santa, retra??o do consumidor faz pre?o recuar 40% no atacado
1 de setembro de 2020
Cepea, 10 ? Os pre?os do tomate estiveram em alta do in?cio do ano at? a Semana Santa (pico). De l? para c?, no entanto, recuaram 40% no atacado e 43% ao produtor, conforme levantamentos do Centro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
Al?m da oferta baixa, no final de mar?o houve tamb?m aumento da procura. Dados do Cepea mostram que, na Semana Santa, o pre?o m?dio na Cegesp (pre?o pago por varejistas a atacadistas) chegou a R$ 108,75/cx de 22 kg (R$ 4,95 kg) e ao produtor, R$ 85,47/caixa na m?dia das regi?es que est?o em colheita - a caixa negociada pelo produtor tem tamanho padr?o, mas o peso pode variar entre as regi?es. Logo depois da P?scoa, os pre?os passaram a cair.
Na semana de 1? a 05 de abril, a m?dia na Ceagesp foi de R$ 82,40 cx 22 kg (R$ 3,75 kg), pre?o 24% menor que na Semana Santa. Ao produtor, a caixa esteve a R$ 70,81, queda de 18%. Nesta segunda e ter?a-feiras (08 e 09/abril), o pre?o m?dio na Ceagesp foi de R$ 65,00/cx de 22 kg (R$ 2,95/kg) e ao produtor, R$ 48,75/cx, segundo dados do Cepea.
A redu??o dos pre?os nos ?ltimos dias ocorre principalmente porque o consumidor deixou de comprar tomate, substituindo a hortali?a por outros produtos. A oferta, por sua vez, ainda segue baixa, de acordo com apura??es do Cepea. No momento, as principais regi?es que abastecem o Sul e Sudeste do Brasil s?o: Araguari-MG, Ca?ador-SC, Itapeva-SP, Paty de Alferes-RJ e Venda Nova dos Imigrantes-ES.
Conforme pesquisadores do Cepea, as altas que persistiram at? a Semana Santa foram motivadas principalmente pela menor oferta, que refletiu a diminui??o da ?rea cultivada nos dois ?ltimos anos. No ano passado, a redu??o foi de 3%, mas a produtividade foi muito boa, resultando at? mesmo em excesso de oferta que derrubou os pre?os, segundo levantamentos do Cepea. O produtor descapitalizado, no entanto, diminuiu novamente o tamanho das lavouras neste ano (2013), agora em 17,5% na m?dia das regi?es que colhem neste per?odo ? dados do Cepea. Neste ano, o clima n?o chegou a atrapalhar, manteve-se na normalidade (a produtividade esteve na m?dia da maioria dos anos), mas n?o ajudou como em 2012 (produtividade muito elevada gra?as ao tempo seco).
Portanto, o forte aumento at? o final de abril foi mesmo decorr?ncia da diminui??o de ?rea, que resulta em menos tomate, combinada ao aumento da demanda na Semana Santa.
Com os pre?os em queda ao produtor e no atacado, pesquisadores do Cepea comentam que ? de se esperar que o tomate fique mais barato tamb?m ao consumidor. A oferta deve aumentar a partir de junho, quando as regi?es que produzem na safra de inverno passam a colher mais intensamente.
Tomate vil?o da infla??o: Mito ou realidade?
Esse ? um mito que precisa ser descartado. O peso do tomate bem como de outras hortali?as na composi??o da infla??o ? muito pequeno. Apesar disso, n?o ? a primeira vez que este produto bem como outras hortali?as s?o tomados como ?bodes expiat?rios? para justificar altas na infla??o. No final da d?cada de 1970, chegou a ser clich? culpar o chuchu por aumento da infla??o. Nos anos mais recentes, com certa frequ?ncia, algumas mat?rias da m?dia exageram na import?ncia que o tomate ? seguido de perto pela cebola e pela batata ? tem sobre a infla??o. Um equ?voco quando se analisam as participa??es dos diversos grupos de produtos que comp?em os ?ndices de infla??o. Al?m disso, quando est?o caras, hortali?as acabam sendo substitu?das pelo consumidor.
Mesmo no grupo dos alimentos, h? outros produtos que t?m peso mais significativo e, em alguns casos, s?o mais dif?ceis de serem substitu?dos, como o arroz, o feij?o e prote?nas de origem animal.
Fonte: Agronline
Al?m da oferta baixa, no final de mar?o houve tamb?m aumento da procura. Dados do Cepea mostram que, na Semana Santa, o pre?o m?dio na Cegesp (pre?o pago por varejistas a atacadistas) chegou a R$ 108,75/cx de 22 kg (R$ 4,95 kg) e ao produtor, R$ 85,47/caixa na m?dia das regi?es que est?o em colheita - a caixa negociada pelo produtor tem tamanho padr?o, mas o peso pode variar entre as regi?es. Logo depois da P?scoa, os pre?os passaram a cair.
Na semana de 1? a 05 de abril, a m?dia na Ceagesp foi de R$ 82,40 cx 22 kg (R$ 3,75 kg), pre?o 24% menor que na Semana Santa. Ao produtor, a caixa esteve a R$ 70,81, queda de 18%. Nesta segunda e ter?a-feiras (08 e 09/abril), o pre?o m?dio na Ceagesp foi de R$ 65,00/cx de 22 kg (R$ 2,95/kg) e ao produtor, R$ 48,75/cx, segundo dados do Cepea.
A redu??o dos pre?os nos ?ltimos dias ocorre principalmente porque o consumidor deixou de comprar tomate, substituindo a hortali?a por outros produtos. A oferta, por sua vez, ainda segue baixa, de acordo com apura??es do Cepea. No momento, as principais regi?es que abastecem o Sul e Sudeste do Brasil s?o: Araguari-MG, Ca?ador-SC, Itapeva-SP, Paty de Alferes-RJ e Venda Nova dos Imigrantes-ES.
Conforme pesquisadores do Cepea, as altas que persistiram at? a Semana Santa foram motivadas principalmente pela menor oferta, que refletiu a diminui??o da ?rea cultivada nos dois ?ltimos anos. No ano passado, a redu??o foi de 3%, mas a produtividade foi muito boa, resultando at? mesmo em excesso de oferta que derrubou os pre?os, segundo levantamentos do Cepea. O produtor descapitalizado, no entanto, diminuiu novamente o tamanho das lavouras neste ano (2013), agora em 17,5% na m?dia das regi?es que colhem neste per?odo ? dados do Cepea. Neste ano, o clima n?o chegou a atrapalhar, manteve-se na normalidade (a produtividade esteve na m?dia da maioria dos anos), mas n?o ajudou como em 2012 (produtividade muito elevada gra?as ao tempo seco).
Portanto, o forte aumento at? o final de abril foi mesmo decorr?ncia da diminui??o de ?rea, que resulta em menos tomate, combinada ao aumento da demanda na Semana Santa.
Com os pre?os em queda ao produtor e no atacado, pesquisadores do Cepea comentam que ? de se esperar que o tomate fique mais barato tamb?m ao consumidor. A oferta deve aumentar a partir de junho, quando as regi?es que produzem na safra de inverno passam a colher mais intensamente.
Tomate vil?o da infla??o: Mito ou realidade?
Esse ? um mito que precisa ser descartado. O peso do tomate bem como de outras hortali?as na composi??o da infla??o ? muito pequeno. Apesar disso, n?o ? a primeira vez que este produto bem como outras hortali?as s?o tomados como ?bodes expiat?rios? para justificar altas na infla??o. No final da d?cada de 1970, chegou a ser clich? culpar o chuchu por aumento da infla??o. Nos anos mais recentes, com certa frequ?ncia, algumas mat?rias da m?dia exageram na import?ncia que o tomate ? seguido de perto pela cebola e pela batata ? tem sobre a infla??o. Um equ?voco quando se analisam as participa??es dos diversos grupos de produtos que comp?em os ?ndices de infla??o. Al?m disso, quando est?o caras, hortali?as acabam sendo substitu?das pelo consumidor.
Mesmo no grupo dos alimentos, h? outros produtos que t?m peso mais significativo e, em alguns casos, s?o mais dif?ceis de serem substitu?dos, como o arroz, o feij?o e prote?nas de origem animal.
Fonte: Agronline