UE prop?e esticar negocia??o at? 2010 e irrita pa?ses pobres
Ganhou corpo ontem, no pen?ltimo dia da reuni?o em Barcelona, a ideia de estender al?m do final da reuni?o de Copenhague boa parte da atual rodada de discuss?es sobre o clima.
Segundo a proposta, alimentada pelos pa?ses europeus, seria feito um acordo pol?tico na Dinamarca, e as negocia??es continuariam por mais tr?s ou seis meses. Uma das raz?es para isso seria ter mais tempo para atrair os EUA para um acordo obrigat?rio, esperando o tr?mite do pacote ambiental pelo Congresso americano.
Primeiro problema: sucessivos diplomatas demonstraram descontentamento nesta semana com o que entendem por acordo pol?tico, uma esp?cie de compromisso moral, algo que consideram muito fr?gil.
Voc?s conhecem algum pol?tico que cumpra suas promessas? S? h? acordos de obriga??o legal, afirmou o sudan?s Lumumba Di-Aping, que fala em nome do G77, bloco dos pa?ses em desenvolvimento.
O Brasil quer um acordo robusto, n?o quer um acordo pol?tico, quer um acordo real. H? muito investimento pol?tico feito, disse o chefe da delega??o brasileira, Luiz Alberto Figueiredo Machado.
A dificuldade de sintonizar a pol?tica dom?stica americana com a negocia??o internacional est? longe de ser a ?nica raz?o para prorrogar a rodada.
Falta ainda acordo sobre os dois pontos mais importantes da negocia??o em si: quanto cada pa?s vai se comprometer a reduzir de suas emiss?es de gases-estufa e quanto dinheiro os pa?ses ricos v?o destinar a a??es clim?ticas dos pobres.
Abaixo da m?dia
E ? no ponto das metas clim?ticas que se encaixa o segundo e gigantesco problema: a discuss?o dos pa?ses ricos n?o entrou ainda na faixa que a ci?ncia define como necess?ria para evitar grandes cat?strofes ambientais, conforme reconheceu ontem o pr?prio secret?rio-executivo da Conven??o do Clima da ONU, Yvo de Boer.
O estudo atualmente usado como maior refer?ncia pelos negociadores diz que o mundo desenvolvido precisa reduzir at? 2020 suas emiss?es de gases-estufa a um n?vel entre 25% e 40% inferior ao de 1990.
Muito da expectativa sobre o que poder? sair em Copenhague repousa agora na lista de chefes de Estado presentes. Lula dever? convidar seu colega americano, Barack Obama, para viajar ? Dinamarca. Mas ele mesmo condiciona sua ida a um quorum de l?deres.
* Noticia publicada no Jornal Folha de S. Paulo desta Sexta-Feira - 06/11/2009.
Segundo a proposta, alimentada pelos pa?ses europeus, seria feito um acordo pol?tico na Dinamarca, e as negocia??es continuariam por mais tr?s ou seis meses. Uma das raz?es para isso seria ter mais tempo para atrair os EUA para um acordo obrigat?rio, esperando o tr?mite do pacote ambiental pelo Congresso americano.
Primeiro problema: sucessivos diplomatas demonstraram descontentamento nesta semana com o que entendem por acordo pol?tico, uma esp?cie de compromisso moral, algo que consideram muito fr?gil.
Voc?s conhecem algum pol?tico que cumpra suas promessas? S? h? acordos de obriga??o legal, afirmou o sudan?s Lumumba Di-Aping, que fala em nome do G77, bloco dos pa?ses em desenvolvimento.
O Brasil quer um acordo robusto, n?o quer um acordo pol?tico, quer um acordo real. H? muito investimento pol?tico feito, disse o chefe da delega??o brasileira, Luiz Alberto Figueiredo Machado.
A dificuldade de sintonizar a pol?tica dom?stica americana com a negocia??o internacional est? longe de ser a ?nica raz?o para prorrogar a rodada.
Falta ainda acordo sobre os dois pontos mais importantes da negocia??o em si: quanto cada pa?s vai se comprometer a reduzir de suas emiss?es de gases-estufa e quanto dinheiro os pa?ses ricos v?o destinar a a??es clim?ticas dos pobres.
Abaixo da m?dia
E ? no ponto das metas clim?ticas que se encaixa o segundo e gigantesco problema: a discuss?o dos pa?ses ricos n?o entrou ainda na faixa que a ci?ncia define como necess?ria para evitar grandes cat?strofes ambientais, conforme reconheceu ontem o pr?prio secret?rio-executivo da Conven??o do Clima da ONU, Yvo de Boer.
O estudo atualmente usado como maior refer?ncia pelos negociadores diz que o mundo desenvolvido precisa reduzir at? 2020 suas emiss?es de gases-estufa a um n?vel entre 25% e 40% inferior ao de 1990.
Muito da expectativa sobre o que poder? sair em Copenhague repousa agora na lista de chefes de Estado presentes. Lula dever? convidar seu colega americano, Barack Obama, para viajar ? Dinamarca. Mas ele mesmo condiciona sua ida a um quorum de l?deres.
* Noticia publicada no Jornal Folha de S. Paulo desta Sexta-Feira - 06/11/2009.