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Um novo problema, a carne
Os consumidores brasileiros j? est?o pagando caro pela forte arrancada dos pre?os do d?lar que, nos ?ltimos dois meses, subiu mais de 40%. Os principais figror?ficos do pa?s (Marfrig, JBS, Bertin, Minerva e Independ?ncia) est?o restringindo a oferta de carne bovina no pa?s e destinando a maior parte da produ??o - que ? menor, por causa do per?odo da entressafra - para o exterior com objetivo de ampliar os lucros. Com isso, os pre?os da carne nos supermercados aumentaram, na m?dia, 21% em outubro, com picos de reajuste de at? 54%, e quase todas as promo??es com esses produtos foram suspensas.


Segundo levantamento feito pelo especialista em infla??o e economista-chefe da SLW Asset Management, Carlos Thadeu Filho, o quilo do contra-fil? saltou de R$ 12,90 para at? R$ 19,90, um aumento de 54,26%. V?rios outros tipos de cortes sofreram reajustes (veja quadro). Entre as carnes pesquisadas por Thadeu, o menor reajuste se deu no fil? mignon, de 4,18%, com o pre?o avan?ando de R$ 23,90 para R$ 24,90.


"Em todas as conversas que tive com administradores de supermercados no fim de semana, a explica??o foi a mesma: os frigor?ficos reduziram drasticamente a oferta de carnes", afirmou o economista da SLW. "Eles disseram que s? est?o recebendo produtos de menor qualidade, aqueles que os consumidores do exterior n?o aceitam comprar", acrescentou. Thadeu disse que essa escassez est? afetando, inclusive, o abastecimento dos restaurantes. Por isso, comer fora de casa ficar? ainda mais caro. "Falei com um grupo de cinco redes de restaurantes que compram carnes em conjunto para negociar valores. Mas n?o s? a oferta diminuiu para eles, como os pre?os dispararam", frisou.


O resultado dessa postura dos frigor?ficos, na avalia??o de Thadeu, ser? um salto na infla??o de outubro. At? a semana passada, a maior parte dos analistas acreditava que o ?ndice de Pre?os ao Consumidor Amplo (IPCA) deste m?s ficaria entre 0,30% e 0,35%. Mas, com o forte aumento dos pre?os das carnes, que t?m peso importante no indicador, a tend?ncia ? de a infla??o ficar entre 0,45% e 0,50%. "N?o h? d?vidas de que a infla??o de curto prazo vai aumentar muito por causa do impacto da alta do d?lar", endossou a economista Giovana Rocca Siniscalchi, do Unibanco, em relat?rio enviado a clientes.


O problema, ressaltou Thadeu, ? que os pre?os de outros produtos tamb?m est?o sendo reajustado, como o feij?o, o arroz, p?es e massas (devido ? alta do trigo). Assim acredita o economista, o grupo alimentos, que teve defla??o de quase 1% em setembro dentro do IPCA, deve fechar este m?s com aumento expressivo. "Com a infla??o em alta neste momento, refletindo a eleva??o do d?lar, o Banco Central ficar? em uma situa??o dif?cil para definir os rumos das taxas de juros. De um lado, ter? infla??o maior. De outro, sinais evidentes de desacelera??o nos n?veis da atividade produtiva por causa, principalmente, da escassez de cr?dito provocada pela crise financeira mundial", destacou.


Resposta

Procurada pelo Correio, a Associa??o Brasileira dos Exportadores de Carnes (Abiec) se limitou a dizer por meio de sua assessoria de imprensa que h? uma produ??o menor de bois no pa?s e os pre?os no exterior subiram muito neste ano. O valor m?dio da tonelada de carne passou de US$ 2,6 mil, entre janeiro de setembro de 2007, para US$ 3,8 mil no mesmo per?odo deste ano, um salto de 44,05%. O resultado disso foi que as receitas aumentaram, na mesma compara??o, de US$ 3,295 bilh?es para US$ 4,124 bilh?es (+25,16%), apesar de a quantidade exportada ter recuado 13,12% (de 1,25 milh?o para 1,086 milh?o de toneladas).


Quem acompanha o setor de perto assegura ao Correio que os frigor?ficos intensificaram as exporta??es nos ?ltimos dias, porque a maior cota??o do d?lar ajudar? v?rias dessas empresas a recuperarem parte dos preju?zos que tiveram em opera??es financeiras nos mercados de c?mbio. Os frigor?ficos, assim como a Sadia, a Aracruz Celulose e a Votorantim, que j? anunciaram preju?zos conjuntos de R$ 5 bilh?es, estavam captando recursos no exterior, aplicando o dinheiro em juros no Brasil e, na outra ponta, apostando na alta do real frente ao d?lar. Mas vieram a crise mundial e a disparada dos pre?os da moeda americana. Como as apostas no c?mbio (op??es de compra, na linguagem no mercado) eram elevad?ssimas e muito superiores ?s aplica??es em taxa de juros, as perdas ficaram al?m do recomendado pelas boas pr?ticas gerenciais.


DIRETO NO BOLSO


Pre?os do quilo de carne


Produtos Outubro Hoje Varia??o

(Em R$) (Em R$) (Em%)

Contra-fil? 12,90 19,90 54,26

Fil? mignon 23,90 24,90 4,18

Alcatra 12,90 14,90 15,50

Ch? de dentro 11,90 12,90 8,40

Ac?m 8,90 9,90 11,23

Picanha 22,00 30,00 36,36

Fonte: Pesquisa SLW Asset


Fonte: CORREIO BRAZILIENSE - DF

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