Um ter?o da carne consumida n?o passa por inspe??o, diz relat?rio
1 de setembro de 2020
Pesquisa in?dita sobre o abate bovino no Pa?s mostra que um ter?o da carne que chega ? mesa do brasileiro n?o passa sequer por inspe??o. O trabalho, realizado ao longo de oito meses pela OSCIP (Organiza??o da Sociedade Civil de Interesse P?blico) Amigos da Terra ? Amaz?nia Brasileira, ? lan?ado nesta ter?a no Congresso Nacional, em audi?ncias p?blicas marcadas no Senado (8h30) e na C?mara dos Deputados (14h).
Nova etapa de uma pesquisa sobre as cadeias da pecu?ria iniciada desde 2007, o relat?rio Radiografia da Carne no Brasil foca os empreendimentos industriais com inspe??o municipal e estadual (esta etapa n?o analisa o chamado abate clandestino). Uma ampla amostra, em estados respons?veis por mais de 60% do rebanho nacional, aponta para uma falha sist?mica: em aproximadamente 80% dos empreendimentos n?o ? sequer realizada a inspe??o sanit?ria. A falta de sanidade vai junto com o desrespeito ao meio ambiente, aos direitos trabalhistas, ao bem-estar animal e, mais em geral, ? falta de rastreabilidade e origem do produto.
"Se acabarmos com a inspe??o de fic??o, n?o vai faltar carne na mesa do brasileiro: a capacidade de abate em plantas com inspe??o federal atinge mais do que o dobro da produ??o atual" - assegura o diretor da Amigos da Terra, Roberto Smeraldi. Em discurso aos parlamentares, hoje, ele apelar? ao Congresso para ter apenas um sistema ?nico de inspe??o.
A pesquisa mostra uma situa??o paradoxal: a exist?ncia, de fato, de quatro padr?es sanit?rios diferentes dentro do Brasil, que n?o levam em conta que o risco para os consumidores ? o mesmo, independentemente de onde a carne ? consumida. Mas a realidade ? que o padr?o mais exigente ? o das carnes exportadas, depois vem o das carnes submetidas a inspe??o federal (SIF), que podem circular no territ?rio nacional, em seguida daquelas submetidas a inspe??o estadual (SIE), que podem circular dentro do estado, e finalmente daquelas objeto de inspe??o municipal (SIM), cujo tr?nsito ? permitido s? dentro do munic?pio.
O relat?rio evidencia a difusa omiss?o de veterin?rios que assinam certificados sem sequer estar presentes ao abate, o que permite que a carne circule sem ser considerada clandestina. "O Conselho dos veterin?rios tem a oportunidade de preservar a dignidade dos bons profissionais, afastando todos os que emprestam seu nome para a inspe??o de fic??o", diz Smeraldi. O relat?rio Radiografia da Carne no Brasil - composto por um documento em pdf e um v?deo de 14 minutos, est? dispon?vel na ?ntegra para download nos sites www.amazonia.org.br e www.eco-financas.org.br
Fonte: Agrolink
Nova etapa de uma pesquisa sobre as cadeias da pecu?ria iniciada desde 2007, o relat?rio Radiografia da Carne no Brasil foca os empreendimentos industriais com inspe??o municipal e estadual (esta etapa n?o analisa o chamado abate clandestino). Uma ampla amostra, em estados respons?veis por mais de 60% do rebanho nacional, aponta para uma falha sist?mica: em aproximadamente 80% dos empreendimentos n?o ? sequer realizada a inspe??o sanit?ria. A falta de sanidade vai junto com o desrespeito ao meio ambiente, aos direitos trabalhistas, ao bem-estar animal e, mais em geral, ? falta de rastreabilidade e origem do produto.
"Se acabarmos com a inspe??o de fic??o, n?o vai faltar carne na mesa do brasileiro: a capacidade de abate em plantas com inspe??o federal atinge mais do que o dobro da produ??o atual" - assegura o diretor da Amigos da Terra, Roberto Smeraldi. Em discurso aos parlamentares, hoje, ele apelar? ao Congresso para ter apenas um sistema ?nico de inspe??o.
A pesquisa mostra uma situa??o paradoxal: a exist?ncia, de fato, de quatro padr?es sanit?rios diferentes dentro do Brasil, que n?o levam em conta que o risco para os consumidores ? o mesmo, independentemente de onde a carne ? consumida. Mas a realidade ? que o padr?o mais exigente ? o das carnes exportadas, depois vem o das carnes submetidas a inspe??o federal (SIF), que podem circular no territ?rio nacional, em seguida daquelas submetidas a inspe??o estadual (SIE), que podem circular dentro do estado, e finalmente daquelas objeto de inspe??o municipal (SIM), cujo tr?nsito ? permitido s? dentro do munic?pio.
O relat?rio evidencia a difusa omiss?o de veterin?rios que assinam certificados sem sequer estar presentes ao abate, o que permite que a carne circule sem ser considerada clandestina. "O Conselho dos veterin?rios tem a oportunidade de preservar a dignidade dos bons profissionais, afastando todos os que emprestam seu nome para a inspe??o de fic??o", diz Smeraldi. O relat?rio Radiografia da Carne no Brasil - composto por um documento em pdf e um v?deo de 14 minutos, est? dispon?vel na ?ntegra para download nos sites www.amazonia.org.br e www.eco-financas.org.br
Fonte: Agrolink